PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CCA - PPGA)
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)
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Notícias
Banca de DEFESA: ABDIAS NASCIMENTO LUZ
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ABDIAS NASCIMENTO LUZ
DATA: 23/05/2025
HORA: 08:00
LOCAL: Virtual: Google meet
TÍTULO: Desempenho agronômico de progênies de palma forrageira (O. cochenillifera (L.) SALM DYCK Subgênero NOPALEA) obtidas por autofecundação controlada e aberta e análise da variabilidade genética em suas famílias segregantes S1
PALAVRAS-CHAVES: Autofecundação. Análise multivariada. Descritores morfológicos. Diversidade genética. Nopalea. Opuntia spp..
PÁGINAS: 135
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitotecnia
ESPECIALIDADE: Melhoramento Vegetal
RESUMO: AAs espécies dos gêneros Opuntia e Nopalea spp. (Cactaceae) apresentam um potencial para usos forrageiro, ornamental, culinário, medicinal, farmacêutico e industrial. A variabilidade genética das espécies deste gênero pode ser utilizada em programas de melhoramento genético. Neste sentido, a caracterização morfoagronômica fornece informações essenciais sobre esta diversidade, a qual pode ser analisada por meio de metodologias estatísticas aplicadas à genética. A compreensão desta variabilidade permite a formação de grupos de genótipos que, ao serem cruzados, podem maximizar os ganhos com heterose. Este estudo teve como objetivo selecionar progênies em geração segregante de palma forrageira (Opuntia spp.) com base na diversidade genética e comparar dois sistemas de autofecundsação. Os experimentos foram conduzidos no Instituto Nacional do Semiárido (INSA), utilizando um delineamento inteiramente casualizado, com uma planta por cova como unidade experimental. Os dados foram submetidos às, análise de variância com posterior agrupamento de médias pelo teste de Scott-Knott à 5% de probabilidade. Foram estimados também os valores de herdabilidade. A divergência genética foi analisada pelo método de Tocher, com base na distância generalizada de Mahalanobis. Foi realizada análise de variáveis canônicas com dispersão gráfica dos acessos. A importância relativa das variáveis foi determinada pelo método descrito por Singh e das variáveis canônicas. Todas as análises foram realizadas no software GENES. Esta tese encontra-se dividida em três capítulos: I: O objetivo deste capitulo foi avaliar famílias de palma forrageira (O. cochenillifera) por dois métodos reprodutivos: autofecundação controlada e polinização aberta. Foram analisados seis descritores quantitativos, sendo quatro relacionados a plântulas e dois a sementes, em geração segregante com 424 progênies. Adotou-se delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 × 7 correspondendo a dois tratamentos (métodos reprodutivos: autofecundação controlada e polinização aberta) e sete famílias avaliadas dentro de cada método reprodutivo. Houve efeito significativo (p ≤ 0,01) dos tratamentos, das famílias e da interação entre eles para comprimento da parte aérea, comprimento do cladódio, porcentagem de emergência e índice de velocidade de emergência. A herdabilidade variou de 89,39% (Índice de velocidade de emergência) a 99,16% (Porcentagem de emergência). Para a característica comprimento da parte aérea, a variação foi : 3.70 cm (Família 2: originada de Polinização Aberta-PA) a 5.71 cm (Família 4: originada de Autofecundação Controlada- AC). Para a característica comprimento do cladódio a variação foi : Variação: 2.40 cm (Família 1- PA ) a 4.14 cm (Família 4- AC). A Porcentagem de Emergência variou de 17.38% (Família 7, PA) a 92.09% (Família 2- AC). Para a característica Índice de Velocidade de Emergência a variação foi : 6.64 (Família 4-AC ) a 60.29 (Família 2-PA). As famílias provenientes de autofecundação controlada apresentaram valores maiores para estas características. Todavia, a polinização aberta favoreceu uma emergência mais rápida das plântulas. As famílias provenientes de autofecundação controlada apresentaram desempenho superior para maiorias da variáveis analisadas quando comparadas às famílias oriundas de polinização aberta, indicando o potencial da autofecundação como estratégia eficiente para a obtenção de genótipos superiores em programas de melhoramento da palma forrageira. O capítulo II teve como objetivo analisar a variabilidade genética em famílias S1 de palma forrageira baseadas em descritores morfológicos, foram avaliados 13 descritores quantitativos de plantas de uma geração S1 de oito famílias (198 progênies) de Opuntia spp. em um delineamento experimental inteiramente casualizado. Doze das treze características apresentaram diferenças significativas, sendo destas doze, onze a (P≤0,01) e uma (P≤0,05) com as médias agrupadas em até quatro grupos pelo teste de Scott-Knott. A herdabilidade em sentido amplo variou de 48,43% a 98,48%. Utilizando o método de Tocher, os acessos foram agrupados em dois grupos distintos. A maior divergência genética foi observada entre as famílias A1 e A4 (D² = 34,689), enquanto A5 e A6 foram as mais similares (D² = 1,562). O número de cladódios, aréolas, área do cladódio e largura da planta contribuíram com 96,12% para a divergência genética. As duas primeiras variáveis canônicas explicaram 80,97% da variação total, e o gráfico de dispersão confirmou a formação de dois grupos, evidenciando a concordância entre diversidade genética as famílias. As famílias A3, A5, A6, A8 e A4 foram recomendadas para continuidade no programa de melhoramento da palma forrageira. O Capítulo III, teve como objetivo avaliar a diversidade genética dentro uma geração de famílias S1 de palma forrageira (Opuntia spp.) e identificar genótipos e famílias para o início do desenvolvimento de linhagens na geração S2. O método de Tocher, com base na distancia Euclidiana média padronizada, foi utilizado, agrupando as 198 progênies S1 em 10 grupos distintos. A análise de variáveis canônicas revelou que as três primeiras variáveis explicaram 72,75% da variação entre as progênies. O método de Singh indicou que 8 (oito) das 13 (treze) características analisadas contribuíram com 74,84% da divergência genética total. O número total de cladódios de segunda ordem (4,17%) e a área fotossintética total da planta (4,32%) foram as características que menos contribuíram para a variabilidade. A seleção dentre famílias e genótipos é recomendada para dar continuidade ao programa de melhoramento da palma forrageira, considerando a variabilidade encontrada. A família 7A foi a única que não apresentou progênies com características desejáveis, não sendo recomendada para abertura de linha na geração S2.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 388165 - ELIZANILDA RAMALHO DO REGO
Interno - 388164 - MAILSON MONTEIRO DO REGO
Externo à Instituição - ANGELA MARIA DOS SANTOS PESSOA
Externo à Instituição - MARIA DO PERPETUO SOCORRO DAMASCENO COST
Externo à Instituição - RENATO PEREIRA LIMA