PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS (CCJ - PPGCJ)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: ALLAN JONES ANDREZA SILVA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALLAN JONES ANDREZA SILVA
DATA: 25/10/2024
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/boc-phfx-nhb
TÍTULO: TEMPO, DIREITO E RISCO: A CONSTRUÇÃO DE UMA DOGMÁTICA PENAL DO TEMPO
PALAVRAS-CHAVES: Risco. Direito Penal. Paradoxo. Tempo. Sociedade.
PÁGINAS: 208
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Direito
RESUMO: A presente tese versa sobre o risco, enquanto contingência para sociedade e que, em
muitos casos, implementa uma ameaça ou a prospecção de efeitos danosos em larga
escala, diante do que é analisado o papel do direito e, em especial, do direito penal para
elaboração de formas de contenção, gestão ou, pelo menos, minimização de sua
incidência. Assim, tem-se como problema de pesquisa a seguinte indagação: como o
direito penal pode lidar com os riscos? Ao tratar sobre esta questão verificou-se que
atualmente o direito penal não detém estrutura para lidar com o risco sem afetar sua
base principiológica e suas regras clássicas de legitimação e humanização, diante do que
há o objetivo de elaborar um sentido comunicativo, um modelo jurídico-penal, capaz de
reduzir a complexidade dos riscos. Ao tematizar o tempo como matriz sistêmica e
estrutural da realidade social e jurídica e verificar sua condição como contingência do
risco para o direito penal, buscou-se desenvolver uma análise sistêmico-temporal do
direito, em especial do direito penal, a partir de onde se propõe formular um modelo de
dogmática penal (do tempo), instrumentalmente adequada à gestão do risco.
Metodologicamente, fora adotado um processo investigativo que, nas palavras de
Luhmann (1993) é chamado de observação de segunda ordem, sinteticamente
considerado como observação dos observadores, oportunidade na qual há de ser
verificar como os observadores consideram ou abordam as categorias risco, direito
penal e tempo e a relação que estabelecem entre estes elementos para construção de
uma síntese (direito penal do tempo). Desta maneira, há uma abordagem metodológica
hipotético-dedutiva, uma vez que os conhecimentos teóricos em torno do risco, de
dogmática penal e do tempo irão subsidiar a construção de uma proposta (direito penal
do tempo) que servirá de plano para formulação de uma resposta ao problema de
pesquisa. Sob a perspectiva procedimental, o método adotado se aproxima do
construtivismo sistêmico, na medida em que as análises das diferentes perspectivas
teóricas coletadas permitem a construção de uma novo modelo conceitual-sistêmico,
polarizado na perspectiva temporal, a partir do qual é realizada uma (re)leitura sobre o
direito, em especial sobre o direito penal, e sobre o risco. Como técnica de pesquisa,
adotar-se-á a investigação bibliográfica, a qual deve subsidiar teoricamente a apreciação
de diferentes abordagens sobre o objeto pesquisado. A formulação do trabalho está
estruturado em cinco capítulos: o primeiro, versa sobre as considerações iniciais e do
caráter metodológico da pesquisa; o segundo trata sobre a modernidade, a globalização
e o desenvolvimento como recursos aptos a construção da concepção de risco,
notadamente uma forma de situar o problema da pesquisa; o terceiro, discorre sobre o
que é o risco, algumas das principais concepções teóricas de compreensão deste
elemento e sua condição como contingência do e para o direito, em especial, do e para o
direito penal; o quarto, analisa o que é e como o tempo constitui uma matriz sistêmica
e estrutural da realidade social e jurídica; o quinto, conduz a formulação de uma matriz
dogmática de direito penal do tempo e sua condição de operacionalização para
intervenção perante o risco. Por fim, considera-se que o direito penal do tempo construir
uma matriz de intervenção jurídica baseada numa análise sistêmico-temporal da prática
penal e que possibilita repensar sua estrutura funcional, a partir de um exercício
jurisdicional dinâmico, centrado na elaboração de um conteúdo jurídico-penal a partir
da memória sistêmica.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ARTUR STAMFORD DA SILVA
Externo à Instituição - JORGE EDUARDO DOUGLAS PRICE
Presidente - 809.148.454-20 - LUCIANO DO NASCIMENTO SILVA - UEPB
Interno - 1646564 - NEWTON DE OLIVEIRA LIMA