PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS (CCJ - PPGCJ)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: NAYHARA HELLENA PEREIRA ANDRADE
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NAYHARA HELLENA PEREIRA ANDRADE
DATA: 28/04/2025
HORA: 14:00
LOCAL: SALA VIRTUAL: meet.google.com/seu-semz-ytj
TÍTULO: Pederastia, Homoafetividade e Direito Penal Militar: Uma análise jurídica da relação entre preconceito e garantias fundamentais
PALAVRAS-CHAVES: Pederastia; abjeto; habitus da masculinidade; militares; dispositivo da performatividade
militar.
PÁGINAS: 145
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Direito
SUBÁREA: Direito Público
ESPECIALIDADE: Direito Penal
RESUMO: Os juristas especialistas em direitos humanos defendem que a condição para ser sujeito
de direito dos direitos humanos é apenas o fato de pertencer a espécie humana. Essa
premissa nasce atrelada a uma invenção de grande importância, a lei escrita, coadunandose com o princípio da legalidade, pilar fundamental para o positivismo jurídico e para a
garantia dos direitos fundamentais à condição de humanidade. Todavia, a teórica Judith
Butler tece críticas a essa condição sine qua non para ser considerado sujeito de direito
dos direitos humanos, quando afirmar que existe um paradoxo nesse critério de
reconhecimento, pois já há um prévio conhecimento sobre os seres humanos que serão
protegidos pelos direitos humanos fundamentais. Dessa forma, esta pesquisa qualitativa,
exploratória e documental tem por objetivo fazer uma discussão genealógica das
estruturas que constituem o sujeito ativo do antigo crime de pederastia do Código Penal
Militar, dispostos nas jurisprudências produzidas sobre a temática. Para tanto, foi feita
uma digressão histórica do anormal, citando a passagem da aplicação dos grandes
suplícios para o processo de humanização das penas, juntamente com os debates sobre o
indivíduo abjeto em um recorte de gênero entendido como um ato performativo. Ademais,
será feita uma análise do discurso sobre o habitus da masculinidade e a sua influência nas
correntes filosóficas que fundamentaram o Código Penal Militar Brasileiro. Por último,
serão estudados os julgados do crime do art. 235 do CPM, cometido por militares do
Exército Brasileiro, focando no entendimento de que os símbolos do estigma do passivo
constituem o dispositivo da performatividade militar, concedendo inteligibilidade aos
indivíduos que correspondem ao padrão normalizador e excluindo da égide das garantias
fundamentais os combatentes que não observam os ditames do dispositivo da
performatividade militar.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1453013 - GUSTAVO BARBOSA DE MESQUITA BATISTA
Interno - 1646564 - NEWTON DE OLIVEIRA LIMA
Externo ao Programa - 1779954 - LUZIANA RAMALHO RIBEIRO
Externo ao Programa - 1645118 - RENATA MONTEIRO GARCIA
Externo à Instituição - ANTONELLA BRUNA MACHADO TORRES GALINDO