Banca de DEFESA: ANA CARLA AQUINO DE ARAÚJO FALCONE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CARLA AQUINO DE ARAÚJO FALCONE
DATA: 27/02/2025
HORA: 13:00
LOCAL: https://meet.google.com/chz-cuod-etc
TÍTULO: IMPACTO DO TEMPO DE CONVIVÊNCIA COM A PSORÍASE EM PACIENTES DE UM CENTRO DE REFERÊNCIA NA PARAÍBA: ANÁLISE DE COMORBIDADES E FATORES DE RISCO
PALAVRAS-CHAVES: Psoríase; Comorbidade; Fatores de Risco.
PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: A psoríase é uma doença sistêmica, crônica e imunomediada que afeta aproximadamente 0,5% a 11,4% dos adultos e cerca de 1,4% das crianças em todo o mundo. No Brasil, a prevalência da psoríase é estimada em 1,31%, sendo 1.15% em mulheres e 1.47% em homens. A psoríase apresenta etiologia multifatorial, que associa o fator genético como determinante, bem como os fatores ambientais. A manifestação sistêmica da doença resulta em comorbidades como síndrome metabólica, eventos cardiovasculares, artrite psoriásica, depressão, ansiedade e câncer. O objetivo do estudo é investigar o impacto do tempo de convivência com a psoríase em pacientes atendidos em um centro de referência da Paraíba, suas comorbidades e fatores de risco. Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter observacional, transversal e ecológico, utilizando dados secundários, coletados dos prontuários de pesquisa do Centro de Referência na Paraíba. O estudo foi aprovado pelo CEP/CCM, com parecer n o 7.208.756 e logo após a coleta de dados foi iniciada. Por se tratar de pesquisa documental, não apresenta Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e/ou Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE). O estudo apresenta variáveis referentes ao perfil sociodemográfico, informações clínicas/comorbidades e índices de avaliação de gravidade da psoríase, risco para artrite psoriásica e qualidade de vida. Na análise estatística foram utilizados os softwares Jamovi e R. O Jamovi foi usado para gerar estatísticas descritivas dos dados quantitativos com cálculos de medidas de tendência central (média e mediana) e medidas de dispersão (desvio padrão) e para as variáveis categóricas os dados foram apresentados com valores relativos e percentuais. Devido ao alto percentual de missings no banco de dados completo (n=1178), optou-se por omiti-los, gerando um novo banco com n= 274. No Jamovi, foi aplicado o modelo de regressão incluindo todas as variáveis do novo banco e em seguida excluindo uma a uma as variáveis com maior p-valor (método stepwise), até chegarmos em um resultado com variáveis significativas, para no R aplicarmos o modelo de regressão logística. Os resultados sociodemográficos mostraram predominância entre mulheres, faixa etária acima de 50 anos, maior prevalência de casos na mesorregião da mata paraibana, a maioria dos casos sem história familiar, uma minoria de fumantes e etilistas, mas uma prevalência de significativa de artralgia. Foram observados dados significativos de artrite psoriásica, hipertensão, diabetes, um pequeno percentual para prática de exercício físico e poucos registros de tuberculose latente e lesões bucais. Observou-se que mais da metade da amostra estava acima do peso (sobrepeso+obesos), além de dados de risco significativos para circunferência abdominal, HDL, colesterol total, triglicerídeos e glicose. A análise do modelo de regressão revelou que os pacientes com grandes placas apresentam 2,23 mais chances de terem a psoríase há mais de 10 anos (OD=2,23; IC[0,80; 1,29]) e (RP=1,02; IC[0,80; 1,29]). Aqueles que possuem história familiar têm 2,54 vezes mais chance de terem o desfecho (OD=2,54; IC[1,34; 5,04]), com uma razão de prevalência estatisticamente significativa (RP=1,39; IC[1,12; 1,72]), enquanto os que apresentam artralgia têm 1,92 vezes mais chances de terem o desfecho (OD=1,92; IC[1,02; 3,60]) e (RP=1,29; IC[0,99; 1,67]). Os resultados deste estudo contribuem para entendermos o perfil epidemiológico dos pacientes com psoríase, usuários do Centro de Referência da Paraíba e também para identificarmos fatores de risco e comorbidades que estão presentes nesta população, mas além dos dados, devemos ver indivíduos que convivem com uma doença crônica e estigmatizante que requer políticas públicas que auxiliem no diagnóstico e tratamento precoce, bem como um serviço de atenção humanizado e multidisciplinar.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3145833 - ESTHER BASTOS PALITOT DE BRITO
Externo ao Programa - 6337281 - FABIO CORREIA SAMPAIO
Interno - 1643224 - HEMILIO FERNANDES CAMPOS COELHO
Externo ao Programa - 2561614 - JOANNE ELIZABETH FERRAZ DA COSTA
Externo à Instituição - OSCAR FELIPE FALCAO RAPOSO