PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MODELOS DE DECISÃO E SAÚDE (PPGMDS)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Notícias


Banca de DEFESA: NIEDJA DIAS DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NIEDJA DIAS DA SILVA
DATA: 27/08/2025
HORA: 10:00
LOCAL: meet.google.com/wvb-hsrc-usc
TÍTULO: ANÁLISE DA TAXA DE HOSPITALIZAÇÃO DEVIDO A DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR NO BRASIL EM 2021
PALAVRAS-CHAVES: DTHA. Saúde pública. Taxa de hospitalização. Modelo de regressão beta inflacionado.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: As Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) configuram um importante problema de saúde pública, com impactos significativos na morbidade, mortalidade e sobrecarga dos serviços de saúde. A ingestão de alimentos ou água contaminados por agentes biológicos, químicos ou físicos pode desencadear surtos com diferentes graus de gravidade clínica, exigindo, em muitos casos, hospitalização. Diante desse cenário, o presente estudo teve como objetivo analisar os fatores associados à taxa de hospitalização decorrente de surtos de DTHA no Brasil, com foco nos dados epidemiológicos do ano de 2021. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, baseado em dados secundários extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), acessados por meio do Tabwin/DATASUS. A análise estatística foi conduzida no software R, utilizando o modelo de regressão beta inflacionado em zero e um, adequado para variáveis proporcionais com concentração de valores extremos (0 e 1), como é o caso da taxa de hospitalização. Os resultados revelaram que surtos causados por bactérias foram os mais prevalentes, com destaque para Escherichia coli e Salmonella spp. A maioria dos surtos ocorreu em residências, seguidas por restaurantes e eventos. O açaí foi o principal alimento associado a surtos por protozoários, enquanto a água esteve fortemente ligada a surtos bacterianos e virais. A modelagem estatística indicou que surtos classificados como “casos dispersos” apresentaram menor média de hospitalização, sugerindo menor gravidade clínica. Por outro lado, sintomas como diarreia e vômito estiveram significativamente associados à hospitalização, enquanto a febre apresentou associação inversa. A ausência de informações sobre manipulação inadequada esteve relacionada à maior chance de surtos sem hospitalização, o que pode indicar subnotificação ou menor gravidade dos casos. A análise dos parâmetros do modelo (μ, σ, ν e τ) permitiu identificar os fatores associados à média da taxa de hospitalização, à sua dispersão, à ausência total de hospitalizações e à hospitalização completa dos casos, respectivamente. O modelo apresentou bom ajuste estatístico, com log-verossimilhança superior ao modelo nulo, pseudo-R² de 28,4% e valores de AIC e deviance favoráveis. Esses achados reforçam a importância da vigilância epidemiológica, da qualidade dos dados e da adoção de medidas preventivas rigorosas, especialmente no ambiente doméstico, para a redução da gravidade dos surtos e da necessidade de hospitalizações. Este estudo contribui para o entendimento dos determinantes da hospitalização por DTHA e oferece subsídios para o aprimoramento das políticas públicas de segurança alimentar e saúde coletiva no Brasil.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1147621 - ANA HERMINIA ANDRADE E SILVA
Externo ao Programa - 2570315 - CALIANDRA MARIA BEZERRA LUNA LIMA
Externo ao Programa - 1186427 - FABIO MARCEL DA SILVA SANTOS
Externo à Instituição - SADRAQUE ENEAS DE FIGUEIREDO LUCENA
Interno - 1489452 - TATIENE CORREIA DE SOUZA