PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MODELOS DE DECISÃO E SAÚDE (PPGMDS)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Notícias


Banca de DEFESA: REBECA BATISTA DE QUEIROZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REBECA BATISTA DE QUEIROZ
DATA: 29/08/2025
HORA: 10:00
LOCAL: NEPHF - 1
TÍTULO: A EFETIVIDADE DA TERAPIA DE FLORAIS SAINT GERMAIN EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES AUTISTAS: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO DUPLO-CEGO
PALAVRAS-CHAVES: Autismo; Práticas Integrativas e Complementares em Saúde; Terapia de Florais.
PÁGINAS: 94
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: O trabalho avaliou a efetividade da Terapia de Florais Saint Germain em crianças e adolescentes autistas atendidos em um centro especializado em reabilitação, por meio de um ensaio clínico randomizado duplo-cego. A pesquisa seguiu as diretrizes éticas do Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº 6.666.624) e Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (U1111-1305-1121). A base de dados foi elaborada a partir de dados primários coletados através da aplicação de quatro instrumentos junto aos indivíduos participantes (n = 79): a) “Formulário Sociodemográfico”; b) Autism Treatment Evaluation Checklist (ATEC) ; c) “Questionário de Avaliação de BemEstar na Percepção do Cuidador”; e d) “Ficha de Essências Florais”. A dissertação está organizada em dois artigos. No primeiro, avaliou-se a efetividade terapêutica por meio do teste de Wilcoxon pareado, considerando a comparação entre as médias antes e depois da intervenção e nível de significância de 0,05 (p < 0,05). Em relação à análise do ATEC, os resultados demonstram que no grupo intervenção a média do escore total variou de 69,8 para 69,3 (p = 0,511), enquanto no grupo placebo verificou-se aumento de 77,8 para 78,2 (p = 0,967), portanto sem significância estatística. Já a análise do “Questionário de Avaliação de Bem-Estar na Percepção do Cuidador” revelou achados significativos. O grupo intervenção apresentou melhora no quesito “Ansiedade” (p < 0,001), enquanto o grupo placebo apresentou piora (média de 5,84 para 9,92; p = 0,036). No quesito “Irritabilidade”, o grupo intervenção apresentou redução de 7,61 para 5,05 (p < 0,001), e o grupo placebo apresentou discreta redução (6,18 para 6,11; p = 0,831). Em relação à “Capacidade de Autorregulação”, verificou-se aumentou no grupo intervenção (4,61 para 6,88; p < 0,001) e no grupo placebo (4,63 para 5,21; p = 0,125); enquanto em “Qualidade do Sono” registou melhoras no grupo intervenção (7,83 para 8,39; p = 0,020) e no grupo placebo (6,39 para 7,39; p = 0,125). No quesito “Interação Social”, o grupo intervenção apresentou leve melhora (7,85 para 7,76; p = 0,351), enquanto o grupo placebo apresentou melhora significativa (6,05 para 7,71; p = 0,002). Entre os achados da pesquisa, no instrumento “Qualidade de vida pela percepção do cuidador” o grupo intervenção apresentou melhora significativa (p = 0,008). Em síntese, a partir do ATEC, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, embora tenham sido registradas melhoras nas médias dos escores totais e de algumas subescalas. Não obstante, no “Questionário de Avaliação de Bem-Estar na Percepção do Cuidador”, a intervenção demonstrou efeito positivo nas seguintes dimensões: ansiedade, irritabilidade, capacidade de autorregulação e qualidade do sono, evidenciando resposta favorável na percepção dos cuidadores. O segundo artigo traçou um perfil integrando os resultados dos instrumentos aplicados e identificando padrões por meio da análise de clusters. Constatou-se que o Grupo 1 (Nível de Suporte 3) apresentou escores mais elevados nas subescalas “Fala / Comunicação / Linguagem”, “Sociabilidade” e “Saúde / Físico / Comportamento”, evidenciando maior comprometimento nessas dimensões, além de maior ansiedade, irritabilidade e menor capacidade de autorregulação. O Grupo 2 (Nível de Suporte 1) apresentou maior comprometimento apenas na subescala “Percepção Sensorial / Cognitiva”, associado a menor ansiedade, melhor autorregulação e melhor qualidade de sono. Já o Grupo 3 (Nível de Suporte 2) demonstrou comprometimento predominantemente na dimensão “Percepção Sensorial / Cognitiva”, mas com melhor qualidade de vida e de sono. Entre as essências florais mais recorrentes nos clusters 1 (Indiferente) e 2 (Escolhidas) destacaram-se Lótus Azul, São Miguel, Algodão, Sergipe e Lírio da Paz. Esses achados revelam padrões consistentes entre níveis de suporte, perfis de bem-estar e essências florais selecionadas, evidenciando melhorias nos escores observados ao longo da intervenção. Ainda que as diferenças não tenham alcançado significância estatística no período analisado, os resultados apontam uma tendência à melhora que sugere a possibilidade de efeitos mais expressivos em acompanhamentos de maior duração e com amostras ampliadas. Trata-se de uma investigação inédita, que contribui ao fornecer dados relevantes e indicar caminhos metodológicos promissores para futuras pesquisas.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1147621 - ANA HERMINIA ANDRADE E SILVA
Interno - 588112 - JOSE CARLOS DE LACERDA LEITE
Externo ao Programa - 2370877 - LUCIANO BEZERRA GOMES
Presidente - 1663135 - RICARDO DE SOUSA SOARES
Interno - 1454201 - RODRIGO PINHEIRO DE TOLEDO VIANNA