PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MODELOS DE DECISÃO E SAÚDE (PPGMDS)
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)
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Notícias
Banca de DEFESA: NADJEANNY INGRID GALDINO GOMES
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NADJEANNY INGRID GALDINO GOMES
DATA: 21/02/2025
HORA: 09:00
LOCAL: NIESN-UFPB (Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Saúde e Nutrição)
TÍTULO: Análise do Consumo Alimentar e a Situação de Insegurança Alimentar de Mulheres Adultas Usuárias do SUS de João Pessoa, Paraíba
PALAVRAS-CHAVES: Consumo alimentar; Padrões alimentares; Mulheres; Insegurança alimentar; Aprendizagem de máquina.
PÁGINAS: 114
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: Compreender o comportamento alimentar é essencial para direcionar intervenções nutricionais eficazes, uma vez que reflete as escolhas e práticas alimentares da população, influenciadas por transformações ao longo dos anos. Essas mudanças contribuem para a transição nutricional que afetam os padrões alimentares. Entretanto, fatores socioeconômicos impactam diretamente esses padrões, entre mulheres de baixa renda, que enfrentam maior vulnerabilidade social e dificuldades no acesso a alimentos de qualidade. A insegurança alimentar, marcada pela preocupação, incerteza e privação de alimentos adequados, afeta milhões de brasileiros, sendo mais intensa entre famílias chefiadas por mulheres. Em 2022, cerca de 125,2 milhões de pessoas enfrentavam algum grau desse problema, evidenciando a necessidade de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades e garantia da segurança alimentar. O objetivo deste trabalho foi analisar o consumo alimentar e a situação de insegurança alimentar de mulheres adultas usuárias do SUS de João Pessoa. Trata-se de um estudo transversal aninhado a uma coorte prospectiva, com 268 mulheres entre 18 e 59 anos recrutadas em 10 Unidades Básicas de Saúde da Família para a análise do consumo alimentar, e 262 mulheres para a avaliação da insegurança alimenta. Foram realizadas entrevistas face a face para a caracterização da amostra,avaliação do estado nutricional, avaliação do consumo alimentar a partir de recordatórios alimentares de 24 horas, avaliação da insegurança alimentar, inventário de ansiedade traço-estado e questionário de qualidade de vida da OMS. Os padrões alimentares foram identificados por análise fatorial exploratória, utilizando extração por componentes principais, considerando fatores com autovalor maior que 1 e rotação varimax. A adesão a esses padrões foi avaliada por testes de comparação de médias (T-Student e ANOVA), enquanto a associação com variáveis independentes foi analisada por regressão logística múltipla, com cada fator dicotomizado como variável dependente. Além disso, foram aplicados 14 modelos de aprendizagem de máquina para classificação e identificação dos fatores associados. A seleção do melhor conjunto de hiperparâmetros foi feita com base na área sob a curva ROC, além das métricas de acurácia, F-measure, precisão, recall, especificidade e coeficiente Kappa. Foram identificados quatro padrões alimentares: Não saudável, Misto 1, Misto 2 e Tradicional, que explicam 36%da variância total da amostra. Estar gestante esteve associado com maior adesão tanto ao padrãoNão saudável (OR: 7,62; IC95%: 3,59 16,19) como ao padrão Tradicional (OR: 6,00;IC95%: 2,82-12,78). Ter mais que 35 anos esteve relacionado com o padrão Tradicional (OR:2,10; IC95%: 1,06 4,18) e a baixa escolaridade com o padrão Não saudável (OR: 3,10;IC95%: 1,18 8,12). O modelo RDA demonstrou bom desempenho na classificação da insegurança alimentar, atingindo 81% de acurácia, ou seja, classificando corretamente oito em cada 10 mulheres. Sua precisão foi de 73%, indicando que, a cada 10 mulheres preditas com insegurança alimentar, sete foram corretamente identificadas. A baixa renda também esteve associada a esse fator, porém perdeu significância no modelo multivariado. Ainda assim, a escolha de alimentos não saudáveis entre mulheres de menor nível socioeconômico deve ser considerada em estratégias de saúde que promovam educação nutricional e acesso a alimentos saudáveis. Além disso, a maior adesão ao padrão tradicional entre mulheres mais velhas sugere que a piora na qualidade da alimentação pode ser um fenômeno recente. Os modelos de aprendizagem de máquina demonstraram capacidade de identificar populações em vulnerabilidade, contribuindo para a promoção e prevenção da insegurança alimentar de forma ágil e eficaz. Entre eles, o RDA apresentou o melhor desempenho ao incluir fatores sociodemográficos e de saúde mental.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1724406 - LUIZ MEDEIROS DE ARAUJO LIMA FILHO
Interno - 1584539 - MARCELO RODRIGO PORTELA FERREIRA
Interno - 1690607 - RAFAELA LIRA FORMIGA CAVALCANTI DE LIMA
Externo à Instituição - RICARDO ALVES DE OLINDA
Interno - 1663135 - RICARDO DE SOUSA SOARES
Interno - 1454201 - RODRIGO PINHEIRO DE TOLEDO VIANNA