Banca de DEFESA: INGRID JENNIFER GOUVEIA FERNANDES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: INGRID JENNIFER GOUVEIA FERNANDES
DATA: 30/10/2025
HORA: 10:00
LOCAL: LEPES.CCHLA
TÍTULO: PARA ALÉM DO DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO: ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES USUÁRIOS DE UM CAPS INFANTOJUVENIL
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: Saúde mental. Diagnóstico. Despatologização. Crianças. Adolescentes
PÁGINAS: 153
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
SUBÁREA: Serviço Social Aplicado
ESPECIALIDADE: Serviço Social da Saúde
RESUMO: O presente estudo tem como objetivo geral analisar os impactos do diagnóstico psiquiátrico e do tratamento na vida de crianças e dos adolescentes acompanhados em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) infantojuvenil do município de João Pessoa–PB, sob a perspectiva dos familiares. Tem como objetivos específicos: traçar o perfil das crianças e adolescentes acompanhados pelo CAPS infantojuvenil; identificar as condições de tratamento e acolhimento ofertados no serviço; delinear a rede de apoio disponível no território; identificar as dificuldades enfrentadas pela família a partir do diagnóstico e tratamento dos seus filhos e analisar as formas de cuidado ofertadas às crianças e adolescentes acompanhados no serviço considerando o debate sobre a despatologização. Trata-se de uma pesquisa exploratória de natureza qualiquantitativa. Para tanto, utilizou-se a revisão bibliográfica narrativa da literatura sobre a temática da patologização e medicalização da vida com ênfase nos diagnósticos psiquiátricos; análise documental nos prontuários para traçar o perfil das crianças e adolescentes atendidos no serviço e pesquisa de campo com realização de Grupo Focal com os familiares responsáveis por estes. A coleta ocorreu no período de abril a maio de 2024 com o levantamento de 189 prontuários de crianças e adolescentes ativos no serviço e a realização de 8 grupos focais com os familiares responsáveis. O estudo adota a perspectiva crítica de saúde mental coletiva e o debate sobre a despatologização que emerge neste campo. Essa proposta investigativa surgiu após discussões provocadas no Setor de Estudos e Pesquisas em Saúde e Serviço Social (SEPSASS) e na disciplina da Pós-graduação em Serviço Social da UFPB, “Política de Saúde e Saúde Mental”, bem como pela experiência profissional da pesquisadora que atua na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do município, especificamente em um CAPS. A pesquisa revelou que a maioria dos assistidos no CAPS infanto-juvenil, 52%, já receberam um diagnóstico, enquanto outros 36,4% possuem ao menos uma hipótese diagnóstica. Os impactos do diagnóstico foram diversos, dentre eles a resistência e negação inicial. Além disso corroborou com o preconceito, sofrimento e falta de apoio familiar. O diagnóstico também provocou mudanças na vida dos sujeitos, através da necessidade de participação em diversas atividades. Com isso, os responsáveis tiveram que dedicar maior tempo de suas vidas a estes, dificultando conciliar o tratamento com o trabalho. Espera-se que o estudo possibilite maior reflexão acerca da despatologização da vida, compreendendo que o processo de medicalização e patologização desconsidera o sujeito em sua integralidade, priorizando um olhar meramente biomédico.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 1725398 - RAFAEL NICOLAU CARVALHO
Interno(a) - 3440915 - DANIELLE VIANA LUGO PEREIRA
Externo(a) ao Programa - 3243832 - ANA LUCIA BATISTA AURINO
Externo(a) à Instituição - RAPHAELA SCHIASSI HERNANDES