PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL (PPGSS)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: KÍSSIA WENDY SILVA DE SOUSA
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KÍSSIA WENDY SILVA DE SOUSA
DATA: 28/09/2021
HORA: 09:30
LOCAL: Ambiente Virtual/CCHLA
TÍTULO: A REALIDADE DAS MULHERES NEGRAS TRABALHADORAS INFORMAIS DO MERCADO PÚBLICO DE JOÃO PESSOA/PB: MEDIAÇÕES DO RACISMO, DO PATRIARCADO E DA EXPLORAÇÃO DE CLASSE
PALAVRAS-CHAVES: Palavras Chave:
Racismo; patriarcado; luta de classes; mulheres negras; trabalho informal
PÁGINAS: 294
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
SUBÁREA: Serviço Social Aplicado
ESPECIALIDADE: Serviço Social do Trabalho
RESUMO: Este trabalho consubstancia-se enquanto uma dissertação de mestrado cuja
proposta investigativa teve por objeto as mulheres negras trabalhadoras
informais que exercem suas atividades no Mercado Central, em João
Pessoa/PB. A realização dessa pesquisa exigiu uma análise acerca dos
processos históricos da força de trabalho no Brasil e da formação sóciohistórica
desse país, bem como dos delineamentos contemporâneos dessa
problemática. A condição periférica desta nação na divisão internacional do
trabalho repercute no aprofundamento da precarização para a classe
trabalhadora em seu conjunto e, especialmente, para os grupos mais
subalternizados em virtude da hierarquização racial, das relações patriarcais
de gênero e dos mecanismos de estratificação social. A intersecção entre o
racismo, o patriarcado e o capitalismo tem agido como determinante
fundamental para o agravamento dos processos de superexploração da força
de trabalho negra e feminina no Brasil. As trabalhadoras negras são as mais
atingidas pelo agudizamento das expressões da Questão Social, de modo a
engrossar a inserção destas no espaço da informalidade pela dificuldade de
acessarem o mercado formal de trabalho e pela necessidade imanente de
buscar estratégias de sobrevivência. O nosso percurso investigativo, em seu
objetivo geral, analisou a condição de produção e reprodução das mulheres
negras inseridas no espaço informal do trabalho no mercado público na
cidade de João Pessoa/PB, aferindo as determinações do racismo, do
patriarcado e da desigualdade de classes. Para tanto, partimos das seguintes
questões norteadoras: Quais são os rebatimentos do racismo, do patriarcado e
da classe na condição de vida e de reprodução das mulheres negras? Quais
mediações podem ser observadas entre a condição da mulher negra na
sociedade capitalista e o mundo do trabalho? Quais espaços essas mulheres
ocupam na informalidade e sob que condições? A metodologia pautou-se na
revisão bibliográfica e documental e também na pesquisa empírica do tipo
quanti-qualitativa, embasada no materialismo histórico dialético, respeitando
as diretrizes e os critérios estabelecidos na Resolução Nº 466/2012 do
Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário Lauro
Wanderley e, em especial, aos critérios e normas aplicáveis a pesquisas em
Ciências Humanas e Sociais conforme Resolução Nº 510/2016 do Conselho
Nacional de Saúde (CNS) ao qual a pesquisa foi submetida. A nossa
investigação centrou-se na articulação de elementos universais-particularessingulares
mediante o levantamento de conhecimentos teórico-conceituais e
de dados empíricos. Ao término de nosso estudo assimilamos os impactos da
ação interseccional do sistema de exploração/opressão/subalternização que
opera mediante uma lógica racista, patriarcal e classista e que conforma as
relações sociais, funcionando como a base de sustentação da sociabilidade
vigente e como mola propulsora da realidade aviltante da classe trabalhadora
e suas frações, dos grupos de mulheres, da população negra e principalmente
das mulheres negras. A ação do referido sistema (pautado nas divisões
social, racial e sexual do trabalho) é determinante no que concerne às
dimensões econômica, social, cultural, política e ideológica, abrange a
realidade em suas extensões material e simbólica. Daí decorreu a
importância de termos buscado elencar fatores heurísticos que apontassem
caminhos para o entendimento da problemática em questão e para a
construção de subsídios para seu enfrentamento.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2441073 - LUCIANA BATISTA DE OLIVEIRA CANTALICE
Presidente - 338368 - MARIA DE LOURDES SOARES
Externo ao Programa - 1009018 - MARIA DE NAZARE TAVARES ZENAIDE
Externo à Instituição - MÁRCIA CAMPOS EURICO
Externo ao Programa - 2511636 - NIVIA CRISTIANE PEREIRA DA SILVA