PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL (PPGSS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: LEID JANE MODESTO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEID JANE MODESTO DA SILVA
DATA: 01/12/2021
HORA: 19:30
LOCAL: NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM POLÍTICAS SOCIAIS/NEPPS
TÍTULO: (SOBRE) VIVER NO SERTÃO DA PARAÍBA: TERRITÓRIO DE ESCASSEZ DE PROTEÇÃO SOCIAL PARA CIDADÃOS EM TEMPOS DE CRISE SANITÁRIA DA COVID-19
PALAVRAS-CHAVES: Desigualdade social. Proteção Social. Crise sócio-sanitária. Território de vivência
PÁGINAS: 146
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
SUBÁREA: Serviço Social Aplicado
ESPECIALIDADE: Serviço Social da Saúde
RESUMO: O presente estudo dissertativo consiste em elucidar as interfaces entre desigualdades, pobreza e território no Sertão da Paraíba, no contexto da crise da pandemia da COVID-19, em suas interpelações com às políticas públicas de proteção social. Tendo como referência o âmbito territorial para a sua materialização com base na espacialização e distribuição de índices e taxas nos municípios dessa mesorregião. O foco desse estudo centra-se na análise dos impactos sócio-sanitários da COVID-19 e de como estes incidem no aumento das desigualdades socioeconômicas historicamente atreladas ao território de vivência, na pobreza, de modo especial, na vida dos cidadãos inscritos no Cadastro Único no Sertão, um dos territórios mais vulneráveis do estado da Paraíba. Porquanto: a precariedade histórica das condições sócioeconômicas, impressas e expressas no território de vivência, incide no aumento dos indicadores de desigualdades em relação aos demais territórios paraibanos. Por sua vez, os processos que incidem sobre a dinâmica da relação entre desigualdade e pobreza são multidimensionais, e, consequentemente, incidem sobre à dimensão da (des)proteção social. O construto teórico e metodológico parte do direcionamento de pensar a proteção social de modo ampliado, ou seja: considerar as multidimensões das desigualdades, e assim, para além da centralidade do fator renda como seu determinante, buscando elucidar o debate de outras dimensões e indicadores que subsidiem a compreensão e suas interfaces da pobreza no território de vivência. A partir de uma abordagem metodológica quanti-quali, o processo investigativo utilizado envolveu pesquisa bibliográfica, documental e construção de mapas temáticos para expressar a realidade dos 83 municípios do território do Sertão, através da abordagem do método dialético para compreensão da realidade, com espaço temporal referente à junho de 2021. A partir de fontes secundárias, com centralidade documental nos materiais elucidados a partir do Relatório Final do Projeto – PLATAFORMA COVID19/PARAÍBA: indicadores sociais e de saúde para gestão do SUS e do SUAS. A ferramenta do Cadastro Único dos municípios do Sertão configurou-se como central para elucidação de indicadores de proteção social para os cidadãos em situação de pobreza e extrema pobreza no Sertão, revelando desafios a serem enfrentados quando analisados conjuntamente com outros indicadores para superação da desigualdade e da pobreza. Assim trilhamos um caminho de construção analítica e discussões em diversas bases de informações governamentais e agências de pesquisas: IPEA, IBGE, SAGI/MC; além de teses e dissertações que abordavam as temáticas similares. O estudo também resgata o processo de pandemia instaurado no país e a sua ligação como processo de proteção social de todos os cidadãos. Os resultados principais elucidam, por um lado, a importância do aprofundamento da realidade socioterritorial e demográfica da população em situação de pobreza nos municípios estudados, por outro, explicitam a necessidade de ações e serviços a serem trabalhadas para intervenções intersetoriais a partir de todas as esferas federativas. Ademais, à luz dos resultados da análise para os municípios foi possível realizar uma compreensão da desigualdade social no território do Sertão da Paraíba através de uma perspectiva multidimensional, quais sejam: os dados demográficos expressaram através dos indicadores, altos índices de desigualdade de renda através dos dados do PIB per capita que se apresenta inferior à média do estado. Além disso, os municípios apresentam um IDHM abaixo da média estadual de forma homogênea em praticamente todo o território, considerando também, os dados IDHM renda e educação, preocupantes, que indicam a necessidade para uma maior proteção social. Identificamos ainda 10 que nos municípios de Pequeno Porte I, mais da metade da população está inscrita no Cadastro Único, atentando para uma alta nos dados referentes aos números dessa população em situação de pobreza. No que concernem os dados do Auxílio Emergencial no período pandêmico, a abrangência pecuniária emergencial ainda não atinge a todos de quem dele necessita. Por fim, as reflexões tecidas nos permitiram constatar a necessidade de afirmar que os territórios possuem dinâmicas distintas entre si, uns com maior presença de desigualdades e que necessitam de intervenções urgentes no campo da proteção social para manutenção da vida em suas várias dimensões.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALICE DIANEZZI GAMBARDELLA
Presidente - 338385 - MARINALVA DE SOUSA CONSERVA
Externo à Instituição - RACKYNELLY ALVES SARMENTO SOARES