PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS (PPGCJ)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: SAMARA MONTEIRO DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SAMARA MONTEIRO DOS SANTOS
DATA: 28/02/2019
HORA: 10:30
LOCAL: PPGCJ
TÍTULO: FEMINISTAS EM PRIMEIRA PESSOA: análise da gestão da violência contra a mulher pelos movimentos feministas brasileiros à luz da criminologia crítica
PALAVRAS-CHAVES: Movimentos Feministas; Criminologia Crítica; Pensamento Feminista.
PÁGINAS: 73
RESUMO: A presente pesquisa consiste em um estudo de caso acerca das demandas político criminais feministas, propondo-se a compreender a dinâmica da violência contra as mulheres pelos movimentos feministas no Brasil, bem como avaliar como os impactos da intervenção penal são observados pela criminologia crítica e pelo pensamento feminista. Parte-se da problemática brasileira de inoperância do Estado em apresentar resolutividade aos casos de violência contra a mulher, somada ao caráter seletivo, racista e violento com que o poder penal atua no Brasil. Neste sentido, a análise de como os movimentos feministas tem analisado e enfrentado a questão da violência contra a mulher requer a delimitação de um marco teórico que considere a função histórica de controle social racialmente programada por parte do poder punitivo e os efeitos deletérios do cárcere nas perspectivas da criminologia crítica, mas que também observe o panorama de genocídio de gênero alimentado pela “tolerância” estatal para com o caráter endêmico da violência contra as mulheres no Brasil, tal como vem sendo apontado pelo pensamento feminista. Diante deste cenário, o marco teórico escolhido tem o intuito de promover desconfortos políticos e teóricos capazes de fomentar críticas tanto ao possível uso de estratégias punitivistas e populistas na obtenção da justiça de gênero, quanto na forma como a criminologia crítica historicamente ignorou as demandas dos movimentos feministas, se absteve de uma postura propositiva quanto às estratégias de enfrentamento à violência contra a mulher e silenciou diante do uso estratégico e “oportunista” do referencial teórico garantista e abolicionista penal para legitimar a não intervenção do Estado nestes casos, reforçando estereótipos e contribuindo para a manutenção do status quo de subordinação das mulheres.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1189964 - ANA LUISA CELINO COUTINHO
Presidente - 1453013 - GUSTAVO BARBOSA DE MESQUITA BATISTA
Externo ao Programa - 1700164 - NELSON GOMES DE SANT ANA E SILVA JUNIOR
Externo ao Programa - 1857265 - TATYANE GUIMARAES OLIVEIRA