PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS (PPGCJ)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ WELHINJTON CAVALCANTE RODRIGUES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ WELHINJTON CAVALCANTE RODRIGUES
DATA: 10/06/2022
HORA: 14:00
LOCAL: ambiente virtual
TÍTULO: “TRABALHOU ATÉ MORRER AFOGADO PRA NÃO DEIXAR A ECONOMIA PARAR”: reflexões sobre o desejo eugênico nas “práticas de Estado” durante a pandemia
PALAVRAS-CHAVES: Desejo eugênico. Governamentalidade. Estado de direito. Direitos Humanos. Pandemia.
PÁGINAS: 148
RESUMO: Fui acertado em cheio com uma visão do intolerável do mundo: o descarte de parcela da população brasileira no decorrer da pandemia. Constrangido com essa visão e pela força da necessidade, fui obrigado a agir escrevendo esta tese que tem por objetivo analisar a expressão da máquina desejante eugênica nas “práticas de Estado” durante a pandemia. Começarei tratando sobre o discurso eugênico, depois cartografando tecnologias modernas de governamentalidade, e, por derradeiro, mapearei “práticas de Estado” ao longo da pandemia. Agi tal qual o mecânico deleuziano e guattariano que olha para máquina e pergunta sobre sua funcionalidade, e não busca essencialismos: como o desejo eugênico é agenciado pelas práticas de Estado? Quase cego com a memória viva desse problema e saturado das palavras de ordem desse mundo, sobretudo, daquelas que afirmam “a economia não pode parar”, me aventurei em tatear a hipótese de que com o estabelecimento de uma cultura patriarcal, da modernidade, de uma mentalidade colonial e da expansão do liberalismo, sedimentou-se no Brasil um paradigma biopolítico-eugênico que desembocou na dispensabilidade dos “incluídos” e na impossibilidade de concretização do direito à vida e ao luto do “Outro”, agora formulado como “grupos de risco”. Atirados na Grande Noite, não é possível lançar luz sobre esse descarte em massa do humano, por isso esta tese utiliza o método cartográfico para lançar sombras sobre essas vidas que não gozam do direito ao luto, de modo que elas possam brilhar por conta própria, semelhante ao vagalume. Escrevendo para forçar a palavra ao limite que divide o saber, do não-saber; torcendo a língua como quem deseja tornar dizível, o indizível; tornar dito, o não-dito; tenho tateado a recalibragem do desejo eugênico e a elaboração de um sujeito racial passível de exclusão por fazer operar o negativo do binômio puro/impuro, saudável/doente e forte/fraco.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2169403 - ABRAHAO COSTA ANDRADE
Externo à Instituição - EDMUNDO DE OLIVEIRA GAUDENCIO
Externo ao Programa - 1779954 - LUZIANA RAMALHO RIBEIRO
Presidente - 1521208 - NARBAL DE MARSILLAC FONTES
Interno - 3210302 - ROBSON ANTAO DE MEDEIROS