PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL (PPGSS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JÉSSICA JULIANA BATISTA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JÉSSICA JULIANA BATISTA DA SILVA
DATA: 28/09/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de videoconferência do CCHLA
TÍTULO: O PRECARIADO SEXUADO: configurações das relações sociais de sexo e sexualidade na inserção de LGBT’s em Centrais de Teleatendimento
PALAVRAS-CHAVES: Crise. Precariado. Teleatendimento. Relações Sociais de Sexo e Sexualidade. Segmento LGBT.
PÁGINAS: 217
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
SUBÁREA: Serviço Social Aplicado
ESPECIALIDADE: Serviço Social da Saúde
RESUMO: A presente dissertacao de mestrado parte da problematizacao de que no atual estagio do capitalismo tem se forjado no contexto de crise, estrategias de retomada do crescimento economico a partir da reestruturacao dos mercados com a incorporacao de novas tecnologias e reducao de custos com a forca de trabalho, mobilizando setores especificos da classe trabalhadora para atender a esta realidade. Este segmento, denominamos, de acordo com Braga (2012) de precariado, caracterizado em nossa analise pelo proletariado precarizado inserido em Centrais de Teleatendimento, com forte apelo ao trabalho considerado feminino (Falquet, 2008). Em periodo recente, partindo dos anos 2000, podemos nos remeter as estrategias no recrutamento e insercao do segmento de lesbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) nesses mercados, onde se expressa de maneira contundente a recriacao das modalidades da divisao sexual do trabalho. Nesse sentido, o objetivo central deste trabalho consiste em analisar como as relacoes sociais de sexo e sexualidade estruturam as mediacoes entre precarizacao e opressao na configuracao do precariado LGBT em Centrais de Teleatendimento. Seus objetivos especificos sao: identificar as configuracoes atuais do Sistema Capitalista no contexto de Reestruturacao Produtiva e informatizacao do mundo do trabalho, de modo a apreender os elementos que caracterizam as particularidades do Setor de Servicos na conformacao do precariado brasileiro; identificar como no capitalismo os determinantes de classe, sexo, sexualidade e raca estruturam a classe trabalhadora e a divisao sexual do trabalho para mulheres e LGBT’s; e, por fim, investigar as mediacoes entre precarizacao do trabalho e relacoes sociais de sexo e sexualidade na insercao de LGBT’s em Centrais de Teleatendimento. A pesquisa empreendida e de carater qualitativo, articulando as tres categorias nucleares do metodo materialista historico dialetico: contradicao, mediacao e totalidade. Seu percurso teorico-metodologico conduziu-se mediante levantamento bibliografico, balizado no Feminismo Materialista Francofono e autores(as) referenciados(as) da Sociologia do Trabalho e levantamento bibliografico de dissertacoes de mestrado e teses de doutorado, defendidos entre os anos 2006 e 2016, tendo como criterio de inclusao as que abordam a perspectiva da divisao sexual do trabalho em Centrais de Teleatendimento. Como resultados da pesquisa, orientadas pelas questoes que nortearam nossa analise, identificamos que a insercao de LGBT’s neste nicho ocupacional reconfigura a Divisao Sexual do Trabalho incorporando o elemento da sexualidade. Esta acepcao e compreendida por dois vieses igualmente contraditorios: as desigualdades vivenciadas pelo segmento que foge a regra da heterossexualidade e cisgeneridade que condicionam ou determinam as formas de acesso e ingresso ao mercado de trabalho e os niveis salariais; e as possibilidades concretas de ascensao e construcao de uma carreira profissional. Dito de outro modo, os empregos mais precarizados vao ser absorvidos em grande parte por esses grupos, marcados por uma maior precariedade das condicoes de vida e exploracao da forca de trabalho. Por outro lado, as empresas estrategicamente se utilizam dessas desigualdades oferecendo possibilidades de admissao em emprego formal via politicas de fomento a diversidade, mas pela atividade ser realizada sem o contato direto com os(as) clientes, reforca as opressoes de sexo e sexualidade, portanto, nao rompe com as discriminacoes heteropatriarcais as quais o segmento LGBT historicamente sao submetidos(as).
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2214513 - CLAUDIA MARIA COSTA GOMES
Externo ao Programa - 2441073 - LUCIANA BATISTA DE OLIVEIRA CANTALICE
Externo à Instituição - MIRLA CISNE ÁLVORO
Externo à Instituição - VERÔNICA MARIA FERREIRA