PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ALESSANDRA GOMES COUTINHO FERREIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALESSANDRA GOMES COUTINHO FERREIRA
DATA: 26/09/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Laboratório de Letras Clássicas
TÍTULO: Labirinto de um feminino: o mal de Fedra em Hipólito de Eurípides
PALAVRAS-CHAVES: mal de Fedra; amor; desejo; tragédia grega; Freud e Lacan
PÁGINAS: 322
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: A tragédia grega surgiu entre o final do século VI a. C. e início do século V a. C. Teve seu apogeu e queda no intervalo desse último século. Este gênero literário apresenta em sua estrutura textual situações conflitantes entre as personagens do drama. A personagem trágica é uma “personagem em queda”, conforme as categorias aristotélicas em seu livro Poética. Trata-se de personagens que suportam grandes sofrimentos. A tragédia grega ao mostrar em cena afetos difíceis de serem expressos, como o amor, a paixão, o horror, a dor de existir, a vontade de morrer entre outros, põe em evidência a conflitiva humana, através da construção literária, suscitadora de sensibilidades e de representações imaginárias. Assim, tem-se no domínio da palavra o entrelaçamento entre a Literatura e a Psicanálise. O sofrimento, o mal-estar é um tema fundamental para a Psicanálise, com grande desenvolvimento teórico de Freud e, posteriormente, de Lacan, o que estabelece uma profícua afinidade entre a tragédia grega e a Psicanálise. A proposta dessa pesquisa consiste em investigar o mal de Fedra, um mal de amor pelo viés trágico – em direção à desmedida amorosa – que denota nessa arte uma orientação ética que ilumina a ética da Psicanálise, a ética do desejo. No texto da tragédia não há recalque para o pior do ser humano, que habita o mais profundo do ser e que se desconhece, pois de acordo com o aforismo de Lacan “o inconsciente é o discurso do Outro” – este é uma espécie de exterioridade que habita o mais íntimo do ser, ao mesmo tempo, orienta e revela que o ser humano também é comandado por esse Outro como objeto que falta e direciona a existência de um ser desejante. O corpus a ser pesquisado é a tragédia Hipólito, de Eurípides, no entanto, far-se-á um estudo prévio da origem literária de alguns males da humanidade na épica e em algumas tragédias de Eurípides. Na sequência, demonstrar-seá alguns aspectos filosóficos e psicanalíticos dos males a partir de Aristóteles, Freud e Lacan, a fim de compreender as semelhanças e as diferenças de como se elaborava o mal como forma de sofrimento. E por fim, o estudo aprofundado do corpus proposto, analisando o mal de Fedra a partir das relações entre o amor amargo, a angústia da mulher de pior sorte e o agir conforme um desejo como fios de um labirinto feminino.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2582175 - ALCIONE LUCENA DE ALBERTIM
Externo à Instituição - ANA LUCIA TEIXEIRA DE CARVALHO
Interno - 3567041 - HERMANO DE FRANCA RODRIGUES
Externo à Instituição - PRISCIANE PINTO FABRICIO RIBEIRO
Externo à Instituição - VIVIANE MORAES DE CALDAS