Banca de DEFESA: GUSTAVO LIRA DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GUSTAVO LIRA DO NASCIMENTO
DATA: 30/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: CT-Sala CTJ105
TÍTULO: USO DO SCRAP CERÂMICO PROCEDENTE DE LOUÇAS SANITÁRIAS EM SUBSTITUIÇÃO PARCIAL AO AGREGADO GRAÚDO EM CONCRETO
PALAVRAS-CHAVES: Concreto; Resíduo; Louça sanitária; Agregado graúdo; Antiderrapante
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia de Materiais e Metalúrgica
SUBÁREA: Materiais Não-Metálicos
ESPECIALIDADE: Cerâmicos
RESUMO: Anualmente, muitos resíduos provenientes do descarte de louças sanitárias são gerados, muitos deles sem uma destinação correta. Esses resíduos são decorrentes de peças que já passaram pelo processo de queima, mas por apresentaram algum defeito estético ou estrutural é descartado. Nas últimas décadas, esse tipo de resíduo vem sendo estudado para aplicações de reuso, dentre as quais se destaca a que envolve o concreto. O concreto possui uma constituição base, formada pelo agregado graúdo, o agregado miúdo, o cimento portland e a água. Todos esses componentes são extraídos da natureza e geram impactos ambientais que são motivo de preocupação na atualidade. Com isso, a substituição, total ou parcial, de algum desses componentes é uma estratégia que muitos pesquisadores pelo mundo vêm usando. Dessa maneira, esta pesquisa teve por objetivo utilizar o resíduo de louça sanitária (scrap cerâmico), oriundo da Empresa, localizada em Caruaru/PE, como agregado graúdo na composição do concreto. O scrap foi britado até obter a mesma granulometria do agregado graúdo convencional utilizado (brita 1) e substituiu a mesma em proporções de 0%, 10% e 20%. Além disso, com o objetivo de mitigar os efeitos do esmalte cerâmico que algumas faces do scrap possui (originado ainda da produção de louças sanitárias para impermeabilização e acabamento), que dificulta a interação entre os demais componentes do concreto e o scrap, parte desse material passou por um tratamento prévio por meio do antiderrapante LP, que é um produto comercial que gera microventosas nas superfícies dos materiais cerâmicos, objetivando uma maior aderência em pisos e aumento do coeficiente de atrito. Com isso, foram obtidos 5 tipos de concretos: o concreto de referência (CR) sem adição de scrap, os concreto com 10% de scrap (CS10) e 20% de scrap (CS20) sem tratamento; e os concretos com 10% de scrap (CT10) e 20% de scrap (CT20) com tratamento. A pesquisa utilizou uma metodologia quantitativa, por meio de processos que iniciaram com a coleta e preparação do scrap, seguida de análises de granulometria e densidade, confecção das composições, moldagem dos corpos de prova, imersão em tanques de água, análises físicas dos corpos de prova, ensaio de abatimento do concreto e teste de resistência à compressão. Ao final, se classificou os concretos com base nos valores de resistência e de abatimento, além de se calcular a porosidade dos concretos. A pesquisa concluiu que o scrap usado pode servir como substituto da brita, tendo em vista que, com relação à trabalhabilidade, não houve efeitos negativos, já que todos os 5 tipos de concreto ficaram na classe S10 de abatimento. Com relação à resistência à compressão, com exceção do CT20, todos os concretos ficaram na classe C20, atingindo os objetivos almejados no trabalho. Ainda com relação à resistência, o melhor concreto foi o CT10, apresentando um FCK médio de 22,07 MPa, enquanto o de segundo maior valor foi o CR, que obteve 21,69 MPa. Porém, o concreto com o menor FCK médio foi o CT20, indicando que o uso do scrap depende de estudos e aplicações que leve em conta as características dos materiais locais utilizados.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1705877 - RICARDO PEIXOTO SUASSUNA DUTRA
Externo à Instituição - GABRIELLA CAVALCANTE DE SOUZA ALBUQUERQUE
Externo à Instituição - LEONARDO LEANDRO DOS SANTOS