PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS (CT - PPCEM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: DEBORA JAMILA NOBREGA DE MELO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DEBORA JAMILA NOBREGA DE MELO
DATA: 04/12/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Sala multimidia PPGEQ 01
TÍTULO: PRODUÇÃO DE POLI-HIDROXIBUTIRATO POR BACTÉRIA Cupriavidus Necator UTILIZANDO MELAÇO DE CANA COMO SUBSTRATO
PALAVRAS-CHAVES: Polihidroxibutirato, PHB, melaço de cana, polímero biodegradável, cinética de degradação térmica, sustentabilidade
PÁGINAS: 100
RESUMO: O crescimento populacional, associado ao consumo desenfreado, acarreta o aumento do uso de plásticos de origem petrolífera. Como forma de minimizar os problemas ambientais oriundos da sua longevidade, cada vez mais se busca produzir polímeros de fácil degradação e de baixos custos de produção. O objetivo dessa pesquisa foi obter um polímero de origem microbiana a partir de uma fonte renovável. O polihidroxibutirato bacteriano (PHB-B) foi produzido por meio de cultivo submerso pela bactéria Cupriavidus Necator, utilizando melaço de cana comercial (CCM) como substrato alternativo. Foi realizado um planejamento experimental fatorial 22 com três repetições no ponto central para avaliar a melhor condição de cultivo. O melaço de cana se mostrou eficaz como fonte de carbono, com a máxima produção de 35.70% de PHB-B ocorrendo a 30 °C com 15 g.L-1 em concentração de açúcares redutores, sob agitação de 180 rpm. O PHB-B apresentou os mesmos grupos funcionais do polihidroxibutirato comercial (PHB-C), como também a mesma estrutura cristalina para ambos. O grau de cristalinidade do PHB-B e PHB-C foram de 51,71 e 62,01 %, respectivamente. O PHB-B apresentou pico duplo de fusão a 160,79 e 170,05 oC, enquanto o PHB-C apresentou temperatura de cristalização no segundo aquecimento de 39,93 oC e apenas um pico de fusão a 166,09 oC. As temperaturas iniciais e máximas de degradação térmica foram de 262 e 233 oC e de 279 e 258 oC para o PHB-B e PHB-C, respectivamente e o processo de degradação se deu em uma única etapa. A energia de ativação revelou que o PHB-B é mais resistente a degradação térmica do que o PHB-C. Os parâmetros termodinâmicos indicam que o perfil de degradação térmica é do tipo endotérmico e que os processos de degradação térmica ocorrem espontaneamente para ambos biopolímeros estudados. Nesse estudo se comprova que um substrato de baixo custo pode produzir PHB bacteriano resistente a degradação térmica, propriedade de interesse para o processamento e a estocagem desse biopolímero valorizando as suas aplicações.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1549171 - LUCINEIDE BALBINO DA SILVA
Interno - 1753238 - AMELIA SEVERINO FERREIRA E SANTOS
Externo ao Programa - 1859841 - ANDREA FARIAS DE ALMEIDA
Externo ao Programa - 3150920 - MARCIO JOSE BATISTA CARDOSO
Externo ao Programa - 1742365 - SHARLINE FLORENTINO DE MELO SANTOS