CT - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL (CT - PPGECAM)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: IANA CHAIENE DE ARAUJO VIDAL
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IANA CHAIENE DE ARAUJO VIDAL
DATA: 28/03/2025
HORA: 13:30
LOCAL: Sala do PPGECAM
TÍTULO: LODO DE FOTO-FENTON: DO RESÍDUO AO RECURSO APLICADO COMO
CATALISADOR EM PROCESSOS ELETROQUÍMICOS VISANDO O TRATAMENTO DE
LIXIVIADO
PALAVRAS-CHAVES: ProKnow-C, lodo férrico, tecnologias eletroquímicas, economia circular
PÁGINAS: 127
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Civil
RESUMO: O lixiviado é uma matriz aquosa de elevada complexidade resultante da combinação entre a
degradação dos resíduos sólidos e o ciclo da água em um aterro sanitário. Dentre as tecnologias
para seu tratamento, o processo foto-Fenton solar destaca-se pela eficiência na redução de carga
orgânica recalcitrante e cor, entretanto, possui um interveniente significativo que é a geração do
lodo decorrente da precipitação dos íons férricos. Isto posto, a presente pesquisa buscou avaliar o
potencial desse lodo que é um resíduo ser transformado em um recurso atrativo a ser utilizado como
matéria prima em novos processos de tratamento. Para tanto utilizando, inicialmente, o método
ProKnow-C (Knowledge Development Process Constructivist) foi desenvolvido um estudo
bibliométrico e sistêmico acerca das alternativas adotadas na literatura para reutilização do lodo
férrico. O destaque dos resultados desse estudo versa sobre a transformação do lodo férrico em
catalisador a ser utilizado na reação Fenton heterogênea que correspondeu há cerca de 73% dos
artigos do portfólio bibliográfico final. Posteriormente foi avaliado o desempenho catalítico do lodo
férrico seco a 100°C, e após tratamento térmico nas temperaturas de 600 e 750 °C no processo
eletro-Fenton heterogêneo, sob diferentes condições de pH e de densidade de corrente. Os
resultados mostraram que o tratamento do lixiviado via eletro-Fenton heterogêneo utilizando lodo
seco a 100°C e sob condição de pH 3 apresentou melhor desempenho quando comparado ao
tratamento sem ajuste de pH, alcançando, respectivamente, nas densidades de corrente avaliadas
(30, 60 e 90 mA/cm²), eficiência de remoção de DQO de 47%, 48% e 50% (pH 3) - 15 %, 25% e
36% (pH sem ajuste) e eficiência de remoção de COT de 36%, 36% e 42% (pH 3) - 16% , 20% e
30% (pH sem ajuste). Constatou-se que na condição ácida a densidade de corrente não ocasionou
influência significativa em termos de degradação e mineralização dos compostos após 240 min de
operação. Contudo, ocorreu a formação de produtos de alto valor agregado (ácidos carboxílicos)
com possibilidade de eletroconversão seletiva em ácido acético e fórmico. Sob a ótica da
descoloração observou-se resultados exitosos em todas as condições avaliadas, especialmente nos
tratamentos os quais foram aplicados a densidade de corrente de 90 mA/cm² no qual obteve-se
descoloração mínima de 80% e máxima de 94%. Complementarmente, o lodo férrico foi avaliado
como catalisador na oxidação eletroquímica com produção simultânea de hidrogênio verde o que
ensejou em 61% de remoção de DQO, 44% de COT, 94% de descoloração, além de uma taxa média
de produção de hidrogênio verde de 14,64 mL/min, resultados esses que despontam como
promissores quando comparados ao mesmo processo de tratamento, porém, sem utilizar o lodo. O
tratamento proposto tem ganhos ambientais e constitui um caminho inovador, eficiente e
sustentável para economia circular e alcance das ODS 6 e 12, uma vez que, um rejeito de
tratamento foi reinserido em um novo processo de tratamento de efluentes perigosos possibilitando
novas investigações científicas.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1117941 - CLAUDIA COUTINHO NOBREGA
Presidente - 1821373 - ELISANGELA MARIA RODRIGUES ROCHA
Externo à Instituição - FERNANDO FERNANDES VIEIRA