PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: REGINA MARIA P. PIMENTEL DE OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REGINA MARIA P. PIMENTEL DE OLIVEIRA
DATA: 16/04/2012
HORA: 08:00
LOCAL: Sala PPGL
TÍTULO: O Declínio do Nome do Pai e a Violência na Contemporaneidade
PALAVRAS-CHAVES: violência, simbólico, excesso, gozo.
PÁGINAS: 84
RESUMO:

Resumo

 

OLIVEIRA, Regina Maria Peregrino Pimentel. O declínio do Nome-do-Pai e a violência na contemporaneidade. Dissertação (Mestrado em Letras. Universidade Federal da Paraíba).

 

 

 

É no declínio do simbólico e na falta do significante o Nome-do-Pai, fenômeno corrente na sociedade hipermoderna, que os chamados novos sintomas encontram seu espaço de fixação e aparecem na clínica como uma indicação de que algo não vai bem, mas ao mesmo tempo apontando para a necessidade da busca por uma nova ordem simbólica. A violência, enquanto passagem ao ato, talvez possa ser entendida também como um novo sintoma, muito embora esteja presente na história da humanidade e não possua o termo um conceito propriamente psicanalítico.           Nas civilizações hipermodernas o discurso da ciência agregado ao discurso capitalista trataram de promover uma cultura do direito à igualdade social e à satisfação total, onde o universal da lei do interdito apoiado no mito freudiano e depois no significante lacaniano do Nome-do-Pai não encontram mais lugar. O sujeito então perde as suas referências, pois agora se encontra diante da inexistência do Outro simbólico e de um discurso que pretende suturar isso utilizando o objeto a como semblante. Essa tentativa de suturar a falta negando a castração através da utilização do objeto a como semblante, materializado nos objetos de consumo, leva a relação entre os registros imaginário e real às últimas conseqüências, pois atinge o supereu, como um mandamento do mais-de-gozar, com imagens impregnadas pelo real impossível de suportar causando no sujeito um profundo mal-estar. A palavra perde então a relevância como suporte do pensamento e da subjetividade, além da perda como suporte do vínculo social. Há um visível processo de mutação: da palavra que remete a outra palavra, num processo de simbolização, para a palavra que faz signo, ou seja, do que faz sentido ao sem sentido, ou talvez se possa dizer, a um sentido gozado; de uma economia psíquica fundada no recalque para uma economia psíquica fundada na exibição do gozo. Segundo Lacan, aquilo que é foracluído do simbólico retorna no real. A violência surge como um gozo não balizado pelo simbólico, como o que escapa a ordem simbólica. Onde falta a palavra, resta o ato.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338188 - MONICA NOBREGA
Interno - 337907 - MARGARIDA MARIA ELIA ASSAD
Interno - 337034 - SOCORRO DE FATIMA PACIFICO BARBOSA