PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: SILVIA MARIA FERNANDES ALVES DA SILVA COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SILVIA MARIA FERNANDES ALVES DA SILVA COSTA
DATA: 25/02/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: A VIDA ESCRITA DO POETA ESCRAVO JUAN FRANCISCO MANZANO: CAMINHOS, PEDRAS E VERSOS
PALAVRAS-CHAVES: Autobiografia. Memória. Identidade. Oralidade. Juan Francisco Manzano.
PÁGINAS: 204
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: Esta tese apresenta um estudo sobre a composição da Autobiografía de un esclavo, do poeta cubano Juan Francisco Manzano (1797?-1853), para determinar os procedimentos criativos da obra e verificar a possibilidade do seu texto autobiográfico ser fundacional na América Latina, construindo uma identidade e memória do negro, logo uma subversão da escrita colonial. Para isto, utilizou-se uma metodologia de natureza básica, enfoque qualitativo, nível exploratório e procedimentos de investigação bibliográfica, que deu suporte teórico à discussão, elucidando o assunto em questão, no intento de explicar o corpus deste estudo e a fim de reconhecer o autorretrato (ou a imagem) de Manzano, tanto direto quanto indiretamente. O texto autógrafo de Manzano foi escrito em 1835 por incentivo do crítico literário Domingo del Monte (1804-1853) e publicado em Londres em língua inglesa em 1840, uma vez que a censura metropolitana espanhola não permitia a publicação de textos com fundo escravocrata em Cuba. Porém, a primeira publicação em língua espanhola aconteceu em Havana em 1937 com base no texto autógrafo. Foi também baseado nesse texto, o qual está na Biblioteca Nacional José Martí em Havana, que William Luis fez a sua publicação em 2007 com todas as emendas e correções que este texto apresenta. É a partir dessa publicação que esta tese se desdobra, primeiramente, sob a perspectiva do “pacto autobiográfico”, de Philippe Lejeune (1994), que se comprovou a autenticidade da autobiografia de Manzano ao cumprir esse pacto. Ademais, utilizou-se sete das cartas de Manzano a Del Monte para apoiar esta análise e revelar a sua imagem ou o seu autorretrato direto. Posteriormente, estabeleceu-se o espaço autobiográfico do poeta em um diálogo possível entre a sua única peça teatral publicada, Zafira (1842) – supostamente uma história de colonização africana – e sete poesias selecionadas de Manzano com teor antiescravagista, todas analisadas sob o viés pós-colonial para desprender a imagem indireta do poeta. Finalmente, este estudo examinou a autobiografia, de Manzano, sob a ótica da psicodinâmica da oralidade em relação a psicodinâmica da escrita que, segundo Walter Ong (1998), diferenciam-se, o que permitiu determinar o fundamento da escrita literária latino-americana, sendo Manzano e sua autobiografia de fundamental importância no papel de construção da identidade do negro nas Américas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1347382 - ANA CRISTINA MARINHO LUCIO
Externo à Instituição - DOUGLAS RODRIGUES DE SOUSA
Interno - 1350518 - LIANE SCHNEIDER
Interno - 2301171 - LUCIANA ELEONORA DE FREITAS CALADO DEPLAGNE
Externo à Instituição - MANUEL ALBERCA SERRANO
Externo à Instituição - MARIA BELEN MOLINA HUETE
Externo à Instituição - NAIARA SALES ARAÚJO SANTOS