PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: ALINE SOUZA MELCHIADES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALINE SOUZA MELCHIADES
DATA: 29/04/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: O RELATO DE SI EM JOÃO VÊNCIO: OS SEUS AMORES DE LUANDINO VIEIRA – DO NARRADOR À SOCIEDADE LUANDENSE
PALAVRAS-CHAVES: Literatura angolana. Luandino Vieira. Relato de si. Decolonialidade
PÁGINAS: 141
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: Este projeto objetiva realizar um estudo acerca do relato de si realizado pelo narrador personagem protagonista do romance João Vêncio: os seus amores, escrito em 1968 e publicado em 1979, cuja autoria é do escritor luso-angolano José Luandino Vieira. De acordo com Butler (2017), o sujeito não pode narrar a si mesmo sem assumir determinada responsabilidade pelas condições sociais em que surge. Nesse sentido, destacamos o discurso do narrador como categoria analítica capaz de ressignificar o plano social, subverter e descolonizar a opressão e violências agenciadas pelo sistema colonial, no cenário angolano. Contribuem para a fundamentação deste trabalho Chaves (2005), que discorre de maneira ampla sobre experiência colonial e os territórios literários; Hamilton (1999), que retrata a literatura dos Palop; Tutikian (2006) e Hall (2005), ambos analisando a questão da identidade; Santos (2009), que se posiciona a respeito de o discurso entre o narrador e o narratário; Macêdo (2002, 2004) discutindo a concepção do “pretoguês” e a temática da geografia de Luanda nas ficções angolanas; Butler (2017), trazendo uma abordagem social do relato de si, Mignolo (2017), abrangendo uma perspectiva decolonial; Candau (2011), relacionando memória e identidade, Halbwacks (1990) discorrendo sobre a memória individual e coletiva; Kilomba (2019), abordando a questão da dupla alteridade da mulher negra como consequência da opressão do sistema colonial; Foucault (1999), discorrendo sobre a vigilância das instituições e a representação do Panóptico; Bourdieu (2012), considerando a ideia da virilidade como representação da dominação masculina; (MERUJE; ROSA, 2013), discorrendo sobre a concepção do rito sacrificial elucidado por Girard (1979); Torres (2009), refletindo sobre as questões da colonização do ser, saber e poder; Fanon (1997, 2008), discutindo sobre a consciência colonial e o reconhecimento do sujeito outrorizado, inserido nesse sistema opressor; Mbembe (2001, 2018), discutindo sobre a tendência das produções literárias africanas de reinventar ou ressignificar as tradições do universo africano e a problemática racial, no âmbito psicológico dos sujeitos outrorizados; Žižec (2014), argumentando sobre as violências subjetivas e objetivas, as quais associamos em nosso estudo às marcas do sistema colonial dominante e opressor.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - RAÍRA COSTA MAIA DE VASCONCELOS
Interno - 1757884 - SAVIO ROBERTO FONSECA DE FREITAS
Presidente - 1613139 - VANESSA NEVES RIAMBAU PINHEIRO