Banca de DEFESA: MANOEL MIRANDA NETO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MANOEL MIRANDA NETO
DATA: 27/09/2023
HORA: 14:30
LOCAL: http://meet.google.com/eph-rjwn-bsn
TÍTULO: INFLUÊNCIA DOS POLIMORFISMOS GENÉTICOS DA ECA, CYP1A2 e ACTN3 SOBRE OS EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM O ÓLEO ESSENCIAL DE HORTELÃ-PIMENTA (Mentha piperita L.) NO DESEMPENHO FÍSICO DE CORREDORES RECREACIONAIS
PALAVRAS-CHAVES: Alimento Ergogênico. Exercício Aeróbio. Hortelã-pimenta. Óleo Essencial. Polimorfismo genético
PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: Diversos alimentos têm sido propostos para melhorar a performance física. O óleo essencial de hortelã-pimenta (OEHP) está entre esses alimentos, por conter em sua composição o mentol e constituintes antioxidantes, mas ainda não existem dados na literatura do seu uso em atletas e em provas de longa duração, além de os mecanismos envolvidos dos estudos existentes ainda não se mostrarem claros. Enquanto isso, uma variabilidade individual na resposta ergogênica para o tempo até a exaustão (TAE) tem sido observada nos estudos prévios, e uma possível explicação para esta variabilidade pode ser a presença de polimorfismos genéticos. O objetivo deste estudo foi investigar a influência da suplementação com o OEHP no TAE de corredores e se polimorfismos no gene da CYP1A2, da ECA e da ACTN3 influenciam as respostas desta suplementação. Quarenta corredores recreacionais homens (36,5±2,0 anos; 24,3±0,6 kg/m2; 52,4±1,2 ml.kg.min) realizaram dois procedimentos em modelo cross over, sendo um experimental (500ml de água adicionada de 0,05ml do OEHP) e outro placebo isovolumétrico adicionado de 0,05ml da essência de hortelã. Trinta minutos depois, realizaram uma corrida até a exaustão em esteira a 70% do VO2máx, mantendo a ingestão de 100 ml da bebida experimental ou placebo a cada 10 minutos durante os primeiros 40 minutos da corrida. Antes e a cada 10 minutos durante o exercício foram registradas a temperatura corporal e a frequência cardíaca. Medidas de sensação térmica, conforto térmico e percepção subjetiva de esforço foram realizadas a cada 10 minutos durante o teste físico. Coleta da urina foi feita antes e após o exercício para registro de volume e densidade urinária. A taxa de sudorese foi calculada. Coletas sanguíneas foram feitas em repouso, imediatamente após o fim do exercício e 2 horas pós exercício, para dosagem de Malondialdeído e Capacidade Oxidante Total. Coleta da mucosa oral foi feita para genotipagem dos genes da CYP1A2, ECA e ACTN3. Os atletas correram 104,0 ± 5,1 minutos após a ingestão do OEHP e 95,5 ± 3,9 minutos no procedimento placebo, o que foi equivalente a uma melhora significativa de 9,6 ± 3,6 % (p=0,011; d=0,421). Após a divisão genotípica para CYP1A2, não foi observada diferença estatística quando comparados os procedimentos experimental e placebo para os atletas com o genótipo AA (95,6 ± 6,6 minutos; 88,6 ± 4,3 minutos, respectivamente; p=0,374; d=0,261). Para o genótipo AC+CC, o TAE foi significativamente maior após a ingestão do OEHP em comparação ao placebo (113,2 ± 7,4 minutos; 103,1 ± 6,4 minutos, respectivamente; p=0,026; d=0,330). Atletas com genótipos AC+CC para o gene da CYP1A2 apresentaram maior percentual de aumento no TAE quando comparados com o genótipo AA (14,9 ± 2,9 % vs 2,3 ± 4,3 % respectivamente) (p=0.008; d=0,80). Não foram observadas alterações significativas nas variáveis termorregulatórias, de hidratação e sanguíneas (p>0,05), mesmo após a divisão por genótipo (p>0,05). Concluímos que o OEHP aumenta o TAE de corredores, mas este efeito só acontece nos atletas que possuem a presença do alelo C, não ocorrendo nos atletas com o genótipo AA para o gene da CYP1A2.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2338179 - ALEXANDRE SERGIO SILVA
Interno - 1860244 - DARLENE CAMATI PERSUHN
Externo à Instituição - Guilherme Giannini Artioli
Externo à Instituição - Luis Felipe Castelli Correia de Campos
Interno - 335378 - MARIA DA CONCEICAO RODRIGUES GONCALVES