PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO (PPGCN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: LARISSA ARAUJO MAIA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LARISSA ARAUJO MAIA
DATA: 26/02/2024
HORA: 08:00
LOCAL: https://meet.google.com/pww-deqp-nqe
TÍTULO: Efeitos da administração de probióticos sobre biomarcadores inflamatórios e suas associações com a função autonômica cardíaca de mulheres com hipertensão arterial sistêmica: análise secundária de um ensaio randomizado, triplo-cego e controlado por placebo
PALAVRAS-CHAVES: probióticos; hipertensão; inflamação; disfunção autonômica
PÁGINAS: 58
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: O papel da inflamação na patogênese da hipertensão arterial sistêmica (HAS) tem sido descrito. O comprometimento da integridade de barreira intestinal conduz a exposição sistêmica a patógenos, antígenos e endotoxinas luminais, podendo desencadear um processo inflamatório crônico de baixo grau que pode contribuir para disfunção autonômica cardíaca e o desenvolvimento e manutenção da HAS. O objetivo deste estudo foi investigar se a terapia com probióticos é capaz de reduzir a inflamação em pacientes com HAS e analisar a correlação de biomarcadores inflamatórios com parâmetros de função autonômica cardíaca. Esta é uma análise secundária de um estudo triplo-cego, em que um total de 36 mulheres foram randomizadas em dois grupos: probiótico (n=19) ou placebo (n=17). O grupo probiótico recebeu 109 UFC/dia de cada cepa de Lactobacillus paracasei LPC-37, Lactobacillus rhamnosus HN001, Lactobacillus acidophilus NCFM e Bifidobacterium lactis HN019. O grupo placebo recebeu um sachê idêntico de polidextrose (1g/dia). Dados clínicos, bioquímicos (concentrações séricas de IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17a, IFN- γ e TNF-α) e análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foram obtidos no início e após 8 semanas de intervenção. As mulheres que receberam probióticos apresentaram um aumento nas concentrações séricas de IL- 17A (p=0,02) e diminuição do IFN-γ (p=0,01) em comparação a sua linha de base, e um aumento de IL-10 (p=0,03), em comparação ao grupo placebo. A administração de probióticos ou placebo não alteraram os níveis séricos de TNF-α e IL-6 (p>0,05). Os níveis séricos de IL-2 e IL-4 foram reduzidos em mulheres que receberam placebo ou probióticos (p<0,001). Correlações entre VFC e variáveis inflamatórias mostraram que o IFN-γ foi positivamente correlacionado com frequência cardíaca, LF, LF/HF e relação SD2/SD, e negativamente correlacionado com HF. A IL-10 foi correlacionada negativamente com FC, LF, LF/HF e SD2/SD1 e positivamente correlacionada com HF. A IL-6 correlacionou-se negativamente com RMSSD e SD1 e positivamente com a relação SD2/SD1. Por fim, a IL-4 apresentou correlação negativa com SDRR, RMSSD, pRR50, SD1 e SD2. Em geral, a terapia probiótica pareceu exibir um efeito anti-inflamatório, observado pela elevação de IL-10 em mulheres com HAS. Biomarcadores pró-inflamatórios correlacionaram-se positivamente com maior atividade do tônus simpático na análise da VFC.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2293231 - JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
Interno - 335378 - MARIA DA CONCEICAO RODRIGUES GONCALVES
Externo à Instituição - ELIANE LOPES ROSADO