Banca de DEFESA: ELISIANDRE MARTINS DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELISIANDRE MARTINS DE LIMA
DATA: 28/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: : https://meet.google.com/xps-etre-ina
TÍTULO: INSEGURANÇA ALIMENTAR NA ZONA RURAL E O ACESSO AOS PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS EM UM MUNICÍPIO DO SEMIÁRIDO NORDESTINO
PALAVRAS-CHAVES: Insegurança alimentar. Área rural. Programas governamentais.
PÁGINAS: 58
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: A insegurança alimentar (IA) se mantém prevalente na população brasileira, especialmente nas regiões rurais do Norte e Nordeste. Um desafio ainda maior na região Nordeste está no território do semiárido, que apresenta uma vulnerabilidade histórica relacionada à seca persistente e pouco investimento no desenvolvimento local, que conduzem a fatores econômicos e sociais desfavoráveis. Ainda assim, desde 2015 pesquisadores têm registrado uma redução no orçamento de programas de relevância para a Segurança Alimentar (SA) e nutricional, inclusive no contexto da zona rural, o que aliado ao contexto da pandemia da COVID-19 expôs essa população a um maior risco de IA. O objetivo desta pesquisa foi rastrear a prevalência de IA relacionada com a produção de alimentos, acesso à água e acesso a programas governamentais na zona rural de um município do Semiárido brasileiro. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, representativo da região rural do município de Cuité, Paraíba. Participaram do estudo 273 famílias moradoras de domicílios localizados em 17 unidades primárias de amostragem da zona rural do município. Através de um questionário semi-estruturado foram pesquisadas características socioeconômicas, acesso a programas sociais, assim como o nível de IA, mensurado pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Modelos de regressão logística multivariada tendo a IA como desfecho foram utilizados para avaliar a relação com variáveis socioeconômicas, produção de alimentos, e para os programas governamentais. A situação de SA foi encontrada em apenas 49,5% da população estudada. No que se refere às características da família, foram considerados fatores de exposição à IA, a pessoa de referência do domicílio ser mulher, a composição de famílias com três membros ou mais e ter uma renda familiar abaixo ¼ do salário-mínimo. Quanto aos programas governamentais, foi observado maior acesso das famílias com IA (63%), quando comparado às famílias em SA (45,1%). Houve uma associação entre a IA e o acesso aos programas cesta básica, garantia safra, e o programa nacional de alimentação escolar. A produção de alimentos ou criação de animais para alimentação esteve associada com a IA e o acesso à água foi a maior dificuldade referida para a produção de alimentos. Os achados deste estudo reforçam o cenário de vulnerabilidade encontrado nas regiões rurais, especificamente aqueles localizados no semiárido nordestino. Destaca-se ainda, que apesar da baixa participação nos programas governamentais, o acesso a estas iniciativas é fundamental para o enfrentamento da IA.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CATARINE SANTOS DA SILVA
Presidente - 043.754.484-23 - POLIANA DE ARAÚJO PALMEIRA - UFPB
Interno - 1690607 - RAFAELA LIRA FORMIGA CAVALCANTI DE LIMA