PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL (PPGECAM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FABIANNE AZEVEDO DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABIANNE AZEVEDO DOS SANTOS
DATA: 27/03/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Sala do PPGECAM
TÍTULO: Avaliação do envelhecimento de placas cimentícias com resíduo de EVA como material resiliente alternativo em sistema de piso flutuante.
PALAVRAS-CHAVES: Material resiliente; Envelhecimento; EVA; Ruído de Impacto; Rigidez dinâmica.
PÁGINAS: 156
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Civil
RESUMO: Os ruídos de impactos nos pisos de edifícios multipavimentos tem se caracterizado como algo que compromete, cada vez mais, a convivência entre vizinhos de unidades autônomas sobrepostas. As medidas práticas para enfrentar tal problemática recorrem a execução de pisos flutuantes, ainda durante as obras do edifício, no qual se utiliza um material resiliente entre a laje estrutural e o contrapiso. A problemática em foco no presente estudo está centrada na alteração da rigidez dinâmica do material resiliente, durante sua vida útil, e na possível variação da capacidade de isolamento acústico do sistema de piso. O objetivo foi avaliar em que medida a alteração da rigidez dinâmica compromete o desempenho acústico do material. Os estudos experimentais avaliam materiais resilientes diferentes, sendo comparadas amostras alternativa e comercial, ambas confeccionadas com aproveitamento de resíduos: os resíduos de EVA da indústria de calçados, transformados em agregados leves e utilizados na produção de placas cimentícias (PEVA1,8); e a manta composta por fibras recicladas a partir de resíduos de garrafas PET (MantaPET). O destaque das análises é para a placa PEVA1,8, produzida em laboratório, através de um processo diferente de moldagem, visando obter características adequadas para um material resiliente alternativo. A avaliação desses materiais baseou-se num procedimento de envelhecimento natural, até três anos com o material resiliente confinado entre duas placas (simulação do material entre laje e contrapiso), e numa estimativa de comportamento para dez anos, buscando relacionar o desempenho acústico e a vida útil, quando aplicados em sistemas de pisos flutuantes. Os indicadores adotados foram rigidez dinâmica e isolamento ao ruído de impacto, com avaliações parciais a cada 12 meses, sendo uma das amostras com placas PEVA1,8 avaliada sem interromper o processo de envelhecimento nos três anos. Os ensaios acústicos com os materiais resilientes foram realizados numa câmara que contém uma laje pré-moldada convencional. Os procedimentos de análise adotados nos testes de ruído de impacto no sistema de piso, de rigidez dinâmica e de fluência à compressão dos materiais resilientes se apoiaram em normas vigentes. A variação do capacidade de isolamento acústico inicial da placa PEVA1,8 foi de apenas 1 dB (61 dB/60 dB) após três anos de envelhecimento natural, mantendo a mesma classificação de desempenho intermediário, segundo a NBR 15575:2013, enquanto a sua rigidez dinâmica variou de 20,0 MN/m³ para 17,7 MN/m³ e para 13 MN/m³, quando não interrompeu envelhecimento. Ou seja, ao longo de três anos, a placa PEVA1,8 tende a perder rigidez, mas praticamente sem correspondência com aumento no isolamento acústico. A MantaPET variou sua rigidez dinâmica de 2 MN/m³ para 3,5 MN/m³ após dois anos de envelhecimento natural. O fato notável é que enquanto a placa PEVA1,8 tende a perder rigidez durante o envelhecimento, a MantaPET tende a aumentar sua rigidez, embora tal manta ainda se mantenha bastante eficiente na capacidade de isolamento acústico. Na estimativa de comportamento para dez anos, foi possível verificar uma deformação menor para PEVA1,8 (média de 0,56 mm; 2,65 %), comparado com a MantaPET (média de 2,75 mm; 34,46 %), bem como se confirmaram as tendências semelhantes relativas às variações da rigidez dinâmica: redução para PEVA1,8 e aumento para MantaPET. Contudo, tais estimativas, calculadas com base em modelos teóricos, mostraram que não se teria comprometimento na capacidade de isolamento de ambos os materiais resilientes estudados, depois de dez anos de aplicados em piso flutuante. Logo, pode-se afirmar que placa PEVA1,8 não possui a mesma eficiência de isolamento ao ruído de impacto no piso, comparado com a MantaPET, mas a placa tem potencial para ser utilizada como material resiliente em sistemas de piso flutuantes, uma vez que em sua composição o EVA, em combinação com cimento Portland, confere uma interessante característica, que devido à pouca deformação das placas ao longo do tempo, pode propiciar maior estabilidade para suportar o peso dos materiais adicionados sobre elas, após a execução do piso flutuante.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 031.094.674-37 - ALINE FIGUEIREDO DA NÓBREGA AZEREDO - IFPB
Presidente - 1346053 - ALUISIO BRAZ DE MELO
Externo à Instituição - BIANCA CARLA DANTAS DE ARAUJO
Interno - 1117941 - CLAUDIA COUTINHO NOBREGA
Externo à Instituição - MARIA FERNANDA DE OLIVEIRA