CT - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL (CT - PPGECAM)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de QUALIFICAÇÃO: EDUARDO GONÇALVES PATRIOTA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDUARDO GONÇALVES PATRIOTA
DATA: 29/09/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Sala de Reuniões do Larhena
TÍTULO: ANÁLISE DOS PADRÕES, FATORES E TENDÊNCIAS DAS ILHAS DE CALOR DE SUPERFÍCIE (SUHIS) NO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: sensoriamento remoto, parâmetros biofísicos da superfície, ilhas de calor urbano da superfície, cidades sustentáveis, conforto térmico.
PÁGINAS: 59
RESUMO: A expansão progressiva das áreas urbanas ocorre com as constantes modificações nas superfícies naturais, trazendo vários efeitos ambientais, como mudanças nos parâmetros biofísicos da superfície (e.g., índices de vegetação, albedo de superfície, saldo de radiação, evapotranspiração real ET e temperatura de superfície) e formação de ilhas de calor urbanas de superfície (SUHIs). Com base em análises da literatura, verificou-se que ainda existe uma falta de conhecimento da relação entre a variação espaço-temporal da urbanização e seus efeitos nas SUHIs diurnas e noturnas e, por consequência, nos parâmetros biofísicos da superfície nas regiões metropolitanas (RMs) do Brasil. Esse contexto destaca a necessidade de preencher esse conhecimento para fornecer uma gestão urbana aprimorada que garanta a qualidade de vida da população. Portanto, o presente estudo tem como objetivo fornecer informações sobre a evolução e as tendências espaço-temporais dos efeitos da SUHIs em 21 RMs do Brasil, seus principais fatores contribuintes e sua relação com os parâmetros biofísicos de superfície. Para isso, foram utilizados dados de temperatura (LST) e reflectância espectral da superfície dos sensores MODIS presentes nas plataformas Terra e Aqua, abrangendo o período de 2003 a 2022, bem como produtos de reanálise (GLDAS 2.1 e ERA5-Land) para avaliar a relação das SUHIs com o Índice de Vegetação Melhorado-2 (EVI2), o albedo de
superfície (α), a taxa de crescimento das áreas urbanas (UA), o saldo de radiação (Rn) e a ET. O
teste de tendência de Mann-Kendall foi conduzido para todas as variáveis, com associação entre
elas investigada por meio de correlação de Pearson e modelos de regressão linear. As tendências
obtidas foram positivas para as SUHIs em dezessete RMs durante o dia e onze durante a noite. As
tendências para as UA mostraram crescimento em dezoito RMs. Em contraste, EVI2, α e ET apresentaram tendências decrescentes. Os valores de Rn diurnos diminuíram em 67% das regiões
metropolitanas analisadas e os noturnos aumentaram durante a noite em todas as RMs. As
correlações indicaram que a expansão das áreas urbanas contribuiu para o aumento do Rn noturno e diurno, a diminuição da ET e, consequentemente, o crescimento da LST urbana. O relacionamento
observado entre EVI2, α e ET com a LST urbana enfatizou seu caráter negativo, indicando a
necessidade de preservar áreas verdes, aumentar o α e promover o crescimento de ET como fatores
mitigadores para as SUHIs. A associação positiva entre Rn e LST urbana destacou que a
instabilidade de Rn levou à intensificação térmica tanto durante o dia quanto durante a noite, com
uma maior disponibilidade de calor sensível em detrimento da redução do calor latente. Essas
descobertas podem proporcionar novas perspectivas sobre os impactos da expansão da urbanização
no microclima das cidades brasileiras.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1550262 - CRISTIANO DAS NEVES ALMEIDA
Interno - 1375747 - GUILLAUME FRANCIS BERTRAND
Externo à Instituição - IANA ALEXANDRA ALVES RUFINO
Presidente - 1067435 - VICTOR HUGO RABELO COELHO