PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, EM NÍVEL DE MESTRADO ACADÊMICO (PPGSC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Dissertações/Teses


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2023
Descrição
  • JOÃO PAULO LOPES DA SILVA
  • COTIDIANO DO TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM TERRITÓRIO RURAL NO NORDESTE BRASILEIRO
  • Orientador : MARIA DO SOCORRO TRINDADE MORAIS
  • Data: 16/03/2023
  • Hora: 14:00
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  • O cenário rural, historicamente, foi marcado por embates populares, disparidades sociais e iniquidades em saúde. A população rural há muito tempo carece do olhar das políticas públicas, em especial do Sistema Único de Saúde, devido às desfavoráveis condições de saúde e de organização dos serviços de Atenção Primária à Saúde. Na área rural, apesar da expansão das unidades da Estratégia de Saúde da Família, a dispersão populacional e a vasta área territorial têm sido agravantes à cobertura da Estratégia, insuficientes para uma Atenção Primária resolutiva. Este estudo teve por objetivo analisar as concepções dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família sobre o cotidiano do trabalho em territórios rurais de municípios no Nordeste brasileiro, com vistas à reflexão e transformação das práticas de saúde em Atenção Primária. Tratou-se de um estudo com abordagem qualitativa que teve como cenário quatro municípios localizados no interior do Estado da Paraíba: Juru, Manaíra, Princesa Isabel e Tavares. Foram entrevistadas uma equipe da Estratégia de Saúde da Família de cada município, totalizando 23 entrevistados. A coleta foi realizada entre período de maio a julho de 2022, mediante aplicação de uma entrevista semiestruturada. O material empírico foi organizado no software Atlas.ti22 e fundamentado a partir da Análise de Conteúdo de Bardin. O projeto foi aprovado sob CAAE: 5660212.5.0000.4188. Os resultados são apresentados em quatro subcapítulos: perfil sociodemográfico e profissional dos trabalhadores da Estratégia Saúde da Família em área rural; Construções e organização do trabalho na equipe de Saúde da Família em área rural; Olhar profissional sobre as especificidades no cuidar da população rural e Desafios e potencialidades no trabalho na Estratégia de Saúde da Família rural. Os relatos dos profissionais emergiram diversas categorias e subcategorias que estavam relacionados ao processo de construção e organização do cotidiano dos trabalhadores, assim como, as barreiras territoriais, evidenciando os desafios e potencialidades do trabalho dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família em comunidades rurais. Espera-se que os resultados possam servir como elemento norteador para subsidiar o aperfeiçoamento das políticas públicas de saúde voltadas para a população rural e para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, considerando as especificidades e singularidades dessa população vulnerável.
  • TEODORA TCHUTCHO TAVARES
  • Fatores Associados à Avaliação do Trabalho em Equipe nos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica
  • Orientador : GERALDO EDUARDO GUEDES DE BRITO
  • Data: 14/03/2023
  • Hora: 07:00
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  • Introdução. Entende-se, como trabalho em equipe, a junção de várias pessoas que unem esforços para solucionar determinado problema que têm em comum. Em outra vertente, quando duas ou mais pessoas trabalham juntas para executar uma tarefa, essa dinâmica permite compartilhamento de saberes de diversas categorias profissionais, e assim a colaboração facilita a produção do cuidado eficiente. Nesse contexto, o trabalho em conjunto entre as equipes do NASF-AB e as Equipes de Saúde da Família (EqSF) possibilita a elaboração de estratégias como da educação permanente para os profissionais e para os usuários, identificação de problemas de saúde e elaboração de abordagens terapêuticas ampliadas. Com vistas a consolidar e apoiar a inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviço de saúde e acrescer a cobertura, a resolutividade, a regionalização e a territorialização assim como ampliar as ações das AB, o Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio da Saúde da Família (NASF), em 2008, sob a Portaria GM nº 154 de 24/01/2008. Em 2017, os NASF foram renomeados com a reformulação da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e passaram a se chamar Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica - NASF-AB. Objetivo. Analisar os fatores associados à avaliação do trabalho em equipe entre profissionais do NASF-AB de duas capitais do Brasil. Materiais e Método. Trata-se de um estudo quantitativo e transversal com 182 profissionais do NASF-AB, foram definidas como unidades-caso duas capitais do Brasil: João Pessoa, capital da Paraíba (PB), e Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul (MS). O processo de coleta foi realizado de fevereiro a março de 2020. Para coletar os dados, foi aplicado um questionário estruturado a uma amostra aleatória de trabalhadores de nível superior que compõem as equipes do NASF-AB. Para verificar a homogeneidade da amostra entre os municípios, foi realizado o teste de qui-quadrado (χ2) para comparar a frequência de cada variável independente e dependente nos municípios de João Pessoa e Campo Grande. Para verificar a associação individual entre as variáveis dependentes e as independentes os desfechos foram ajustados nos modelos de Regressão Logística Binária e inseridas no modelo de Regressão Logística Múltipla. As associações foram expressas em valores de Odds Ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%). A pesquisa foi aprovada pelas SMS das duas cidades, e pelos Comitês de Ética em Pesquisa de ciências da saúde da UFPB parecer no. 3.281.041 e da UFMS o parecer nº.3.584.953. Resultados. Verificou-se, a predominância do sexo feminino (n=151; 83%), entre 25 a 45 anos de idade (n= 153; 84%), a maioria tinha mais de cinco anos de formado (n=137; 75,2%). Os trabalhadores satisfeitos com a comunicação entre seus parceiros da equipe (OR= 4,83; IC95% 1,52 – 16,49). Apresentaram mais chances de avaliar positivamente o trabalho interprofissional entre o NASF-AB e a ESF os trabalhadores com mais tempo no NASF-AB (OR= 5,82; IC95% 1,39 – 40,77) e que se sentiam realizados com o seu trabalho no NASF-AB (OR= 2,85; IC95% 1,31 – 6,40). Considerações Finais. Pode-se afirmar que este estudo foi capaz de alcançar seus objetivos. O instrumento utilizado para avaliar os fatores pessoais e de satisfação com o trabalho interprofissional, a relação entre os membros do NASF-AB e uma avaliação positiva do trabalho possibilitaram identificar os perfis e as relações interpessoais entre os trabalhadores do NASF-AB com NASF-AB e NASF-AB com ESF.
  • BRUNA DE OLIVEIRA ABREU
  • A educação interprofissional e o trabalho colaborativo nas Residências em Saúde da Família no Município de João Pessoa-PB
  • Orientador : TALITHA RODRIGUES RIBEIRO FERNANDES PESSOA
  • Data: 16/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • Introdução: A reorganização dos processos formativos, tanto na graduação quanto nos programas de pós-graduação, tem despertado as mais diversas reflexões a respeito da importância do trabalho em equipe, de práticas colaborativas e da educação interprofissional. Objetivo: Compreender a percepção dos residentes e egressos sobre o papel da educação interprofissional e os elementos do trabalho colaborativo dentro dos dois Programas de Residências em Saúde da Família no Munícipio de João Pessoa - Paraíba. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva de abordagem qualitativa. Foi adotado o protocolo Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research e elaborado um instrumento semiestruturado. Participaram da pesquisa os egressos que haviam concluído a residência em março de 2022 e foram escolhidos por acessibilidade e conveniência. A realização da coleta de dados aconteceu por via remota com gravação de tela (imagem e áudio) sob permissão dos participantes. As entrevistas foram realizadas no período de maio a junho de 2022. Utilizando o critério de saturação, os registros foram analisados sob a perspectiva da análise de conteúdo de Bardin, na modalidade categorização temática. Resultados e discussão: A análise resultou em quatro categorias: trabalho colaborativo interprofissional, prática interprofissional colaborativa, efeitos da residência no trabalho interprofissional e a interprofissionallidade no período pandêmico. Observou-se o entendimento da importância da interprofissionalidade para a formação nos programas de residência, pela compreensão de como os egressos percebem-na e, diante disso, colocam-na em prática, inclusive imersos em um contexto pandêmico, desencadeando mudanças de práticas interpessoais estimuladas pelo programa. Considerações finais: Os egressos apresentaram em suas falas domínio do conceito da interprofissionalidade e entendem o papel da educação interprofissional nas práticas profissionais e do cuidado em saúde. À luz da perpesctiva dos egressos, constatou-se que os programas de residência em saúde da família, apesar de fragilidades percebidas, são ótimos campos de atuação para o desenvolvimento da interprofissionalidade, favorecendo uma visão de clínica ampliada e cuidado integral na assistência.
  • ERIKA MAYRA DE ALMEIDA BARRETO
  • DURAÇÃO DO SONO, EXCESSO DE PESO E O CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM ADOLESCENTES: ESTUDO LONGITUDINAL
  • Orientador : FLAVIA EMILIA LEITE DE LIMA FERREIRA
  • Data: 31/01/2023
  • Hora: 09:00
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  • Objetivo: analisar prospectivamente a relação entre duração do sono, excesso de peso e o consumo de alimentos ultraprocessados em adolescentes escolares. Métodos: Estudo longitudinal, realizado entre 2014 e 2017, com adolescentes de 10 a 14 anos. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista face a face, com aplicação de questionário, de forma individual. As variáveis selecionadas foram fatores sociodemográficos, turno de aula, duração do sono, comportamento sedentário, peso, altura, IMC/idade, consumo alimentar, nível de atividade física. Para testar a prospectivamente a relação entre duração do sono, IMC e consumo de alimentos ultraprocessados o banco foi avaliado em painel, não balanceado, estratificado por sexo, utilizando-se a regressão quantílica para testar a associação entre as variáveis. Resultados: os valores de IMC/idade mudaram pouco entre os sexos, nos anos de 2015 (meninos 20,1 kg/m² e meninas 20,5 kg/m²) e 2017 (meninos 20,4 kg/m² e meninas 21,5 kg/m²). As meninas apresentaram maior percentual de sobrepeso e obesidade nos últimos dois anos (2016 30,7% e 2017 27,5%) e redução da prática de atividade física em minutos por dia ao longo dos anos, iniciando com 67 min/dia no ano de 2014 e finalizando com 41 min/dia em 2017. Ao observar o tempo de sono, IMC e comportamento sedentário no percentil 50 o sexo feminino mostrou um aumento de 0,7 kg/m² (P 0,003) para cada hora de sono perdida e o sexo masculino no percentil 25 0,9 kg/m² (P 0,003). Modelo 3 as meninas e meninos no percentil 25, aumentaram 0,8 kg/m² e 0,9 kg/m² respectivamente com valor de P 0,003 para ambos os sexos. No modelo 4, ao inserir a idade, os meninos no percentil 25 obteve aumento de 0,7 kg/m² para cada hora de sono perdida. No tempo de sono e percentual de energia dos ultraprocessados, no modelo 2,3 e 4 destacou-se o percentil 90 do sexo masculino com maior valor no consumo de ultraprocessados para cada hora de sono perdida 0,7% (P 0,265), 0,7 % (P 0,268), 0,7% (P 0,307) respectivamente. Conclusão: A média de sono dos adolescentes apesar de diminuir ao longo dos anos, permaneceu dentro do recomendado para a faixa etária, de tal maneira que o tempo de sono não influenciou no aumento do IMC para os grupos com estado nutricional acima do indicado para a idade. Porém o sono influenciou no aumento do consumo de alimentos ultraprocessados pelos meninos com obesidade.
2022
Descrição
  • ÍTALO ASSIS BEZERRA DA SILVA
  • Impacto do cuidado farmacêutico em unidades de terapia intensiva de ambiente materno-infantil: uma revisão sistemática de estudos primários
  • Orientador : WALLERI CHRISTINI TORELLI REIS
  • Data: 28/11/2022
  • Hora: 18:00
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  • O profissional farmacêutico, a partir dos Serviços Clínicos providos por Farmacêuticos (SCF), assume papel importante no que tange a promoção e recuperação da saúde dos pacientes, por atuar na otimização da farmacoterapia e influenciar diretamente na melhoria de desfechos clínicos, humanísticos e econômicos. A farmácia clínica é considerada a área da farmácia direcionada ao uso racional de medicamentos e em ambiente hospitalar tem potencial para reduzir erros de medicação, reações adversas a medicamentos e tempo de internação. Neste sentido, o presente trabalho avaliou os desfechos de processo gerados a partir da intervenção farmacêutica em unidades de terapia intensiva de ambiente materno-infantil, por meio da realização de uma revisão sistemática, que seguiu as recomendações PRISMA e COCHRANE, respeitando todas as etapas, e sendo realizada por dois revisores independentes. Foram incluídos 08 estudos primários (02 coorte, 04 transversais e 02 ensaios comunitários), totalizando uma população de aproximadamente 1.400 pacientes. A qualidade dos estudos incluídos variou de baixo a alto risco de viés de acordo com a Newcastle-Ottawa Scale (NOS) para os estudos coorte e transversais, e de moderado a grave risco de viés, de acordo com o ROBINS-I para os estudos intervencionais não-randomizados. Os resultados demonstraram que as intervenções do profissional farmacêutico clínico reduzem PRM, EM, RAM, EAPP, MI, OT, FT, OV em pacientes críticos de UTI de ambiente materno-infantil, além de ter possível influencia na redução de custos para instituição hospitalar. Evidenciando, assim, que o profissional farmacêutico, através de suas habilidades clínicas, tem impacto positivo nos desfechos clínicos, humanísticos e econômicos dos pacientes em cuidados intensivos. Dada a escassez de estudos primários e secundários sobre a temática, sugere-se a realização de novos estudos, a fim de fomentar a literatura da saúde baseada e evidências e, assim, servir de suporte para o adequado manejo clínico de pacientes em cuidados intensivos no ambiente supracitado.
  • SEMIRAMES MARLEXANDRA DE LIMA COQUEIJO
  • DESIGUALDADES SOCIAIS E A PERCEPÇÃO DE MUDANÇAS NOS MODOS DE VIDA DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19 NA PARAÍBA
  • Orientador : FILIPE FERREIRA DA COSTA
  • Data: 30/08/2022
  • Hora: 10:00
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  • As desigualdades econômicas, políticas e sociais resultam diretamente nas implicações da crise sanitária e em como a população é atingida. A população brasileira passa diariamente pela falta de justiça social e por iniquidades em saúde, influenciadas por fatores econômicos, culturais, de gênero e cor da pele/ etnia, intensificadas pela pandemia do COVID-19. Assim, uma grande parcela da população não alcança as necessidades básicas para uma vida cotidiana satisfatória. A pandemia do COVID-19 interfere nos modos de vida de todos os brasileiros e os fatores socioeconômicos paralelamente às desigualdades sociais fazem desses modos de vida uma pluralidade de possibilidades e percepções, assim busca-se compreender como os impactos da pandemia se deram na percepção de mudança nos modos de vida. Objetivo: Analisar como as desigualdades sociais se relacionam à percepção de mudanças nos modos de vida dos moradores da cidade de João Pessoa- PB em função da pandemia do COVID-19. Métodos: trata-se de estudo de abordagem mista, com posterior discussão dos dados através da triangulação de métodos. A etapa quantitativa se deu por survey online disponibilizado na plataforma Google Forms, sendo publicizado por meio das mídias sociais e contatos com representantes com articulação em vários âmbitos da cidade. A amostra foi não probabilística com auto seleção irrestrita e puderam participar moradores do município de João Pessoa - PB de 18 anos à 59 anos. Para o cálculo da amostra foi considerada uma prevalência de 50%, com margem de erro de quatro pontos percentuais, e intervalo de confiança de 95%, sendo estimado, portanto, uma amostra de 600 participantes. Buscou-se a representatividade no município pelos seguintes estratos: sexo, cor da pele/etnia, renda e escolaridade. Por meio de análise de classes latentes encontraremos as interações, homogeneidades e heterogeneidades entre os fatores sociodemográficos e as percepções dos modos de vida. Assim encontraremos os grupos para a entrevista em profundidade na qual faremos a análise qualitativa. Para as entrevistas serão selecionados sujeitos em cada grupo formado na análise de classes latentes, considerando-se o critério de saturação teórica. A partir da triangulação dos resultados, buscarse-á compreender como os diferentes subgrupos populacionais estão sendo afetados em seus modos de viver, sugerindo aos tomadores de decisão a implementação de estratégias mais eficientes de enfrentamento às consequências deixadas pela pandemia, assim como a seguridade dos itens básicos para acesso e manutenção da saúde.
  • JOSÉ AUGUSTO DE SOUSA RODRIGUES
  • EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE E COVID-19: Analise de experiências para o enfrentamento da pandemia na cidade de João Pessoa-PB
  • Orientador : PEDRO JOSÉ SANTOS CARNEIRO CRUZ
  • Data: 31/01/2022
  • Hora: 19:00
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  • INTRODUÇÃO: A educação popular é entendida como um movimento teórico prático de construção do conhecimento, que se estrutura a partir do contato do homem com o mundo e com o trabalho, visa contribuir na construção de uma consciência crítica das classes populares. No decorrer dos anos, a educação popular e as experiências de educação popular em saúde têm sido muito importantes no que diz respeito ao enfrentamento das desigualdades sociais e na busca da autonomia das comunidades populares do país. Desde o início do ano de 2020 viemos enfrentando um período atípico para todos pela ocorrência da pandemia da COVID-19. Esse momento nos revela problemas que vão além da doença, como a grande vulnerabilidade estrutural, as quais diversas comunidades do país estão expostas cotidianamente. Por outro lado, percebe-se a importância das ações colaborativas, das redes de solidariedade e da necessidade que temos em viver em coletividade. OBJETIVO: Analisar experiências de Educação Popular em Saúde desenvolvidas no âmbito da Atenção Primária a Saúde da cidade de João Pessoa-PB para o enfrentamento da COVID-19. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratória e com abordagem qualitativa, realizada com onze protagonistas de experiências de educação popular em saúde desenvolvidas no âmbito da atenção primária para auxílio das comunidades no enfrentamento da pandemia da COVID-19. A produção dos dados da pesquisa foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas guiadas por um questionário; as entrevistas foram realizadas por meio da plataforma Google Meet, gravadas e posteriormente transcritas e analisadas pelo pesquisador. O material referente aos resultados da pesquisa foi analisado a partir da perspectiva de análise da hermenêutica-dialética fundamentada por Minayo. A pesquisa foi realizada de acordo com os princípios éticos da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovada pelo comitê de ética em Pesquisa do Centro de Ciências Médicas –CCM da Universidade Federal da Paraíba-UFPB, sob o número CAAE 40491120.5.0000.8069 e parecer de número 4.452.938. RESULTADOS: Os resultados da pesquisa apresentam o desenvolvimento de diversas experiências voltadas ao enfrentamento da pandemia da COVID-19, que tiveram como pressupostos metodológicos os princípios e bases da educação popular em saúde, principalmente de iniciativa dos movimentos sociais, profissionais da atenção primária à saúde e projetos de extensão da Universidade Federal da Paraíba. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observa-se um forte aumento das campanhas de solidariedade dentro das comunidades carentes da cidade de João Pessoa. Essas iniciativas tornam-se a principal alternativa de combate a fome que se alastrava nessas localidades. Além disso, destaca-se também as estratégias de prevenção e promoção da saúde organizadas em conjunto com profissionais de saúde e movimentos sociais das comunidades para o enfrentamento da COVID19, as quais foram organizadas visando tanto prevenção, como também levar o conhecimento para a comunidade de forma dialógica, objetivando a desconstrução de informações falsas disseminadas nas mídias.
2021
Descrição
  • MARIA JOYCE TAVARES ALVES
  • REPERCUSSÕES DA MASTECTOMIA EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA: autopercepção identitária e acessibilidade frente as políticas públicas
  • Data: 29/11/2021
  • Hora: 14:00
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  • INTRODUÇÃO: Hoje, mesmo com as inúmeras campanhas enfatizando a importância em diagnosticar precocemente o câncer de mama, o índice de mastectomias realizadas continua bastante elevado devido à detecção tardia. As repercussões da mastectomia podem ser muito complexas, e intervir na rotina e modo de vida da mulher, o que dificulta o processo de readaptação pós mastectomia. Frente a isso, o sistema público de saúde dispõe de leis, resoluções e políticas públicas, que oferecem serviços no intuito de apoiar as mulheres mastectomizadas, porém, existem alguns problemas, que por vezes, impossibilitam a acessibilidade. OBJETIVO: Analisar as repercussões da mastectomia em mulheres com câncer de mama, participantes de grupos de apoio, enfatizando a autopercepção identitária, adaptação e acessibilidade aos serviços públicos que apoiam as peculiaridades desta população específica. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de campo, descritivo, com abordagem qualitativa, realizado na Paraíba com dois grupos de apoio que atendem às mulheres com câncer de mama, em Cajazeiras, e na capital João Pessoa. A amostra, delimitada de acordo com o critério de saturação, foi de 20 mulheres. As entrevistas foram conduzidas por formulário semiestruturado. A análise dos dados foi realizada por meio da Análise de Conteúdo de Bardin nos três artigos, sendo que os (artigos 1 e 2) foram discutidos a luz da teoria da adaptatividade da sister Callista Roy, enquanto que no (artigo 3), após a criação de pré-categorias com auxílio da análise de Bardin, cada categoria foi transformada em corpus e analisada separadamente por meio do software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ), utilizando-se da ferramenta: Análise de similitude. As figuras e análise descritiva gerados pelo software direcionaram os caminhos da discussão, organizando a contextualização dos resultados do estudo. O Projeto possui aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), sob parecer nº 4.095.949, emitido pelo Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). RESULTADOS: Os resultados do estudo foram expressos em três artigos, o (Artigo 1) trata da autopercepção identitária das mulheres mastectomizadas, o (Artigo 2) diz respeito ao processo adaptativo da mulher pós mastectomia, e o (Artigo 3) discorre acerca da percepção das mulheres mastectomizadas sobre a acessibilidades aos serviços públicos de apoio. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observou-se que as mulheres participantes dos grupos de apoio apresentaram um comportamento espontâneo nas respostas, o que facilitou a identificação de bastante dificuldade de reconhecimento identitário. Algumas mulheres precisaram recorrer a ajuda de profissionais, além do apoio familiar e social para reconhecer que as modificações de vida exigiam uma dinâmica diferenciada, adaptada à nova condição, o que destaca a importância dos serviços públicos que apoiam as mulheres pós mastectomia.
  • EDJAVANE DA ROCHA RODRIGUES DE ANDRADE SILVA
  • PARCERIA ENTRE O TERCEIRO SETOR E O ESTADO DA PARAÍBA: análise da Rede de Cardiologia Pediátrica Pernambuco-Paraíba
  • Data: 29/10/2021
  • Hora: 15:00
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  • A parceria entre o Terceiro Setor e o Estado tem se configurado prática consistente na oferta de assistência à saúde no Brasil deste a década de 1990. As razões para o crescimento e consolidação dessa prática decorrem das pressões que as demandas sociais exercem sobre a relação entre sociedade e Estado, provocadas pelo capitalismo e seu aprofundamento. Nesse sentido, o presente trabalho analisou a estratégia de implantação da Rede de Cardiologia Pediátrica Pernambuco – Paraíba (RCP), convênio entre a Fundação Círculo do Coração e o Estado da Paraíba. Trata-se de um estudo de caso, descritivo e exploratório com abordagem qualitativa, tendo como sujeitos de estudo 2 gestores e 9 profissionais da RCP. A coleta de informações ocorreu por meio de documentos oficiais da RCP, documentos da Gestão Estadual, reportagens, entrevistas semiestruturadas e questionários.A análise dos dados se fez por meio de Avaliação de implantação com base na elaboração do Diagrama de Modelo-lógico e análise de discurso. Os resultados apontam para uma estratégia de implantação de coordenação unidirecional e regionalização horizontal, com a possibilidade de ser replicada, mas qualificando a democratização do processo de implantação, por meio dos espaços de gestão e controle social.
  • EDJAVANE DA ROCHA RODRIGUES DE ANDRADE SILVA
  • PARCERIA ENTRE O TERCEIRO SETOR E O ESTADO DA PARAÍBA: análise da Rede de Cardiologia Pediátrica Pernambuco-Paraíba
  • Data: 29/10/2021
  • Hora: 15:00
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  • A parceria entre o Terceiro Setor e o Estado tem se configurado prática consistente na oferta de assistência à saúde no Brasil deste a década de 1990. As razões para o crescimento e consolidação dessa prática decorrem das pressões que as demandas sociais exercem sobre a relação entre sociedade e Estado, provocadas pelo capitalismo e seu aprofundamento. Nesse sentido, o presente trabalho analisou a estratégia de implantação da Rede de Cardiologia Pediátrica Pernambuco – Paraíba (RCP), convênio entre a Fundação Círculo do Coração e o Estado da Paraíba. Trata-se de um estudo de caso, descritivo e exploratório com abordagem qualitativa, tendo como sujeitos de estudo 2 gestores e 9 profissionais da RCP. A coleta de informações ocorreu por meio de documentos oficiais da RCP, documentos da Gestão Estadual, reportagens, entrevistas semiestruturadas e questionários.A análise dos dados se fez por meio de Avaliação de implantação com base na elaboração do Diagrama de Modelo-lógico e análise de discurso. Os resultados apontam para uma estratégia de implantação de coordenação unidirecional e regionalização horizontal, com a possibilidade de ser replicada, mas qualificando a democratização do processo de implantação, por meio dos espaços de gestão e controle social.
  • GABRIELLE MANGUEIRA LACERDA
  • A Educação Interprofissional na Formação em Saúde da Paraíba
  • Data: 27/10/2021
  • Hora: 14:00
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  • A atenção à saúde vivencia um contexto complexo de novas circunstâncias de vulnerabilidade em saúde. A Educação Interprofissional (EIP) destaca-se como estratégia que pode promover uma reformulação e regulação da atividade profissional com disposição para a colaboração entre diferentes categorias profissionais no serviço. Teve por objetivo conhecer a percepção dos discentes sobre a formação para atuação no SUS, na perspectiva da interprofissionalidade e práticas colaborativas em equipe; e investigar experiências e vivências na formação na perspectiva da interprofissionalidade e práticas colaborativas em equipe. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com estudantes matriculados no último período dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Odontologia, Educação Física, Fisioterapia e Serviço Social de duas Instituições Públicas de Ensino do nordeste brasileiro. Utilizou-se como técnica para coleta dos dados empíricos o grupo focal, os quais foram transcritos e analisados na perspectiva de análise temática de conteúdo. O estudo obedeceu aos preceitos éticos dispostos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal da Paraíba sob parecer de número 3.222.362. Observou-se o potencial dos estágios supervisionados como cenários de aprendizagem para a EIP. Os estudantes relataram que a partir do trabalho em equipe foi possível o aprender com, sobre o outro e entre si. Os estudantes destacaram fragilidades na formação as quais sinalizam para a necessidade de institucionalização da EIP nos currículos, movimento de educação permanente em saúde e desenvolvimento docente. Sendo assim, é importante a intencionalidade nesse percurso formativo para o aprendizado com, sobre os outros e entre si. A EIP é uma estratégia de formação visando uma produção de cuidado comprometida com sujeitos e suas famílias, comunidade e territórios.
  • ERLAINE SOUZA DA SILVA
  • CONTRIBUIÇÕES DO PMAQ-AB PARA O ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM JOÃO PESSOA: percepções dos trabalhadores de saúde de um Distrito Sanitário de João Pessoa - PB
  • Data: 22/10/2021
  • Hora: 08:30
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  • O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma proposta de inovação no âmbito da gestão e do cuidado em saúde do Brasil. Nesse contexto, insere-se a Estratégia Saúde da Família (ESF) que busca o desenvolvimento da Atenção Primária a Saúde (APS) com abrangência, qualidade e acesso aos serviços. No sentido de corroborar com esses preceitos, em 2011 foi criado o Programa de Melhoria da Qualidade e do Acesso da Atenção Básica (PMAQ-AB), que visa ampliar o acesso e a qualidade da assistência à saúde na APS. Este estudo teve como objetivo analisar as contribuições do PMAQ-AB para o acesso da população aos serviços de saúde da APS em João Pessoa/PB, a partir das percepções dos trabalhadores de saúde de um Distrito Sanitário do município de João Pessoa-PB. Trata - se de uma pesquisa exploratória descritiva com abordagem qualitativa, na qual ocorreram entrevistas semiestruturadas por modo remoto com 15 trabalhadores de saúde, do Distrito Sanitário IV do município supracitado. Os resultados indicam que houve ampliação do acesso aos serviços de saúde, impulsionados pelo PMAQ-AB. Contudo, ainda são identificadas fragilidades na gestão dos recursos com transparência, a efetiva participação dos trabalhadores, limitando o processo de construção de uma visão crítico-reflexiva dos gestores públicos e trabalhadores da ESF sobre o acesso aos serviços de saúde na APS.
  • SARAH BARBOSA SEGALLA
  • ATUAÇÃO POLÍTICA DE MÉDICAS E MÉDICOS DE FAMÍLIA E COMUNIDADE NO BRASIL: discursos e projetos em disputa e sua relação com políticas neoliberais
  • Data: 21/10/2021
  • Hora: 09:00
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  • A medicina de família e comunidade (MFC) é uma especialidade médica importante na estruturação da atenção primária à saúde (APS) nos sistemas de saúde e, nos últimos anos, médicas e médicos de família e comunidade têm ocupado cada vez mais espaços na formulação de políticas, na gestão de serviços e no mercado privado da saúde. Propõe-se através desta pesquisa analisar os discursos de modelos de APS e MFC defendidos por figuras relevantes na formação da especialidade no Brasil, notadamente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, e médicos de família e comunidade que protagonizam os discursos da especialidade em cargos de corporações, ligados ao governo ou nas formulações acadêmicas. Esses discursos foram analisados em relação às recomendações de organismos internacionais (o Banco Mundial e a Organização Pan-americana de Saúde/ Organização Mundial de Saúde), às políticas para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para o mercado privado de planos e seguradoras. Os dados foram produzidos a partir de revisão bibliográfica sobre a temática e análise de documentos e produções públicas das entidades e de sujeitos implicados com o objeto do estudo, e analisados por método de análise de discurso crítica. A partir desta análise, identificou-se uma inclinação discursiva de alguns grupos, aliados ao capital médico-financeiro, em direção a modelos liberais-privatistas de MFC e projetos seletivos de APS, mas também discursos de resistência, que pretendem defender o SUS e recuperar para a atenção básica o papel histórico de construção das condições para a garantia do direito à saúde. A pesquisa também permitiu explorar possíveis cenários que o SUS protagonizará no próximo período e identificar pontos estratégicos de disputa discursiva, política e prática, em especial no lugar de fala e prática da medicina de família e comunidade.
  • SARAH BARBOSA SEGALLA
  • ATUAÇÃO POLÍTICA DE MÉDICAS E MÉDICOS DE FAMÍLIA E COMUNIDADE NO BRASIL: discursos e projetos em disputa e sua relação com políticas neoliberais
  • Data: 21/10/2021
  • Hora: 09:00
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  • A medicina de família e comunidade (MFC) é uma especialidade médica importante na estruturação da atenção primária à saúde (APS) nos sistemas de saúde e, nos últimos anos, médicas e médicos de família e comunidade têm ocupado cada vez mais espaços na formulação de políticas, na gestão de serviços e no mercado privado da saúde. Propõe-se através desta pesquisa analisar os discursos de modelos de APS e MFC defendidos por figuras relevantes na formação da especialidade no Brasil, notadamente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, e médicos de família e comunidade que protagonizam os discursos da especialidade em cargos de corporações, ligados ao governo ou nas formulações acadêmicas. Esses discursos foram analisados em relação às recomendações de organismos internacionais (o Banco Mundial e a Organização Pan-americana de Saúde/ Organização Mundial de Saúde), às políticas para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para o mercado privado de planos e seguradoras. Os dados foram produzidos a partir de revisão bibliográfica sobre a temática e análise de documentos e produções públicas das entidades e de sujeitos implicados com o objeto do estudo, e analisados por método de análise de discurso crítica. A partir desta análise, identificou-se uma inclinação discursiva de alguns grupos, aliados ao capital médico-financeiro, em direção a modelos liberais-privatistas de MFC e projetos seletivos de APS, mas também discursos de resistência, que pretendem defender o SUS e recuperar para a atenção básica o papel histórico de construção das condições para a garantia do direito à saúde. A pesquisa também permitiu explorar possíveis cenários que o SUS protagonizará no próximo período e identificar pontos estratégicos de disputa discursiva, política e prática, em especial no lugar de fala e prática da medicina de família e comunidade.
  • AUGUSTO JOSE BEZERRA DE ANDRADE
  • Fatores associados ao clima de trabalho em equipe na estratégia saúde da família
  • Data: 09/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • INTRODUÇÃO: Os Sistemas de Saúde mundiais são desafiados cada vez mais a darem respostas resolutivas e de qualidade as dinâmicas e complexas necessidades de saúde da população, demandando uma mudança na lógica assistencial, na qual os serviços e profissionais de saúde são estimulados a atuarem na perspectiva da colaboração interprofissional. Nesse contexto destaca-se a Atenção Primaria a Saúde-APS, a qual melhor incorporou esse modelo de organização do trabalho, proposta pela Estratégia de Saúde da Família-ESF. Ela se apresenta como espaço propício para o trabalho colaborativo, possibilitando assim o desenvolvimento de estudos acerca da temática. OBJETIVO: Neste contexto, este estudo tem como objetivo geral: Analisar o clima de equipe na Estratégia Saúde da Família em uma capital do Brasil, e como objetivos específicos: traçar um perfil dos profissionais e do trabalho da Estratégia Saúde da Família; avaliar o clima de equipe de trabalhadores da Estratégia Saúde da Família; verificar os fatores associados aos escores da Escala de Clima de Equipe-ECE. MÉTODO: Trata-se de um estudo de caso, de cunho quantitativo, definindo como unidade-caso uma capital brasileira (João Pessoa-PB). A população alvo para o estudo foram os trabalhados de nível superior da ESF (cirurgiões dentistas, médicos e enfermeiros) e os agentes comunitários de saúde. A coleta dos dados foi realizada por uma equipe treinada, que aplicou aos sujeitos da pesquisa um questionário estruturado. Os dados foram submetidos a análise de estatística descritiva e empregados os devidos testes de validação, qui-quadrado e ANOVA. A pesquisa foi aprova pelo comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal da Paraíba. RESULTADOS: Os resultados estão apresentados em forma de dois artigos originais, o primeiro: O TRABALHO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM UMA CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO trata do perfil profissional e das características do trabalho em equipe, encontrando-se uma população em sua maioria feminina, jovem com alto grau de fixação na ESF e satisfação profissional e com predomínio de práticas individuais e desarticuladas. No segundo: CLIMA DE TRABALHO EM EQUIPE E SEUS FATORES ASSOCIADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE abordou-se o clima de equipe por meio dos resultados da ECE dando origem a um modelo de blocos hierárquicos sobre os fatores que se relacionam as variáveis analisadas e a ECE, apontadno que na realidade estudada observa-se um clima de equipe satisfatório, mas que elementos relacionados ao processo de trabalho, a satisfação e a realização profissional interferem positiva e/ou negativamente com o trabalho colaborativo. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES: Na APS de João Pessoa/Pb, percebe-se avanços e desafios que permeiam o clima de equipe e consequentemente a colaboração interprofissional, os quais estão envoltos ao perfil profissional e ao processo de trabalho das equipes, sendo necessário investimentos em estratégias que venham a qualificar o trabalho e fortalecer as práticas colaborativas.
  • TARCISIO ALMEIDA MENEZES
  • As Mães Na Produção Do Cuidado À Pessoa Com Deficiência
  • Data: 29/07/2021
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: Os cuidados às Pessoas com Deficiência (PcD) são atribuições majoritariamente executadas por mulheres, sendo a mãe a principal provedora. Na centralidade desses encargos, impostos culturalmente, as mulheres produzem diversas conexões existenciais para garantia do cuidado do outro, em diferentes contextos, através da articulação de redes institucionais e Redes Vivas. O estudo dos movimentos construídos pelas mulheres, mães de PcD, no exercício do cuidado de si e de seus filhos contribui para o entendimento da tessitura de suas próprias redes de sociabilidades e cuidados. Objetivo: O presente estudo objetiva analisar os agenciamentos para produção de cuidados operados por mães de PcD, na cidade de João Pessoa – PB, em suas experiências cotidianas. Método: Para tanto, foi realizada uma cartografia das produções de cuidado dessas mães, a partir de uma abordagem qualitativa, em um estudo do tipo exploratório e analítico. Foram utilizados diversos dispositivos cartográficos, que permitiram o rastreamento das afecções e tensões que o encontro com os “outros” agenciou para a produção do cuidado a PcD por suas mães, tais como: conversas com mães que têm filhos com deficiência, entrevista virtual em profundidade com uma delas, e o mapeamento por geoprocessamento da rede. Todas as produções foram registradas em diário cartográfico e processadas em grupo de pesquisa. Resultados: O percurso cartográfico resultou em três (03) produtos, sendo eles: (i) uma discussão teórico-metodológica acerca da potência das mães como guias para o estudo de produções de cuidado para seus filhos; (ii) um mapeamento das instituições de saúde, evidenciando acessos e barreiras da rede especializada no atendimento a PcD no Sistema Único de Saúde em João Pessoa; e (iii) a cartografia dos movimentos de uma mãe-guia enquanto efetiva Rede Viva em produção para garantia do cuidado de si e de seu filho com deficiência. Conclusões: Diante do exposto, foi possível aprofundar teórico metodologicamente o conceito-ferramenta mãe-guia para a discussão das redes de cuidados a PcD. Nesse percurso foi evidenciado movimentos entre as redes institucionais e vivas construídos por mães de PcD que são atravessados por diferentes relações de poder. No que se refere às articulações que acontecem para garantia do cuidado operado pelas mães de PcD, observa-se a existência de barreiras territoriais e a potência de produções inventivas de cuidado que não se prendem ao diagnóstico clínico e que em acontecimento vão sendo tecidas, montadas e desmontadas, em um processo vivo.
  • DEBORA THAISE FREIRES DE BRITO
  • O cuidado de si e do outro: a Saúde do Trabalhador em foco em tempos de pandemia sob o olhar dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família
  • Data: 29/06/2021
  • Hora: 14:00
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  • A Saúde do Trabalhador (ST) se caracteriza como um campo de práticas político-ideológicas e saberes interdisciplinares que leva em consideração a relação trabalho, saúde e ambiente como determinantes do processo saúde-doença. No âmbito da Atenção Primária a Saúde (APS), as ações em ST ainda se constituem como um desafio para gestores e trabalhadores de saúde, principalmente em tempos de pandemia de COVID-19, que pedem mais vigilância e cuidado a saúde dos trabalhadores do território. Nessa perspectiva, o objetivo do estudo é compreender os significados relacionados aos temas abordados pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) sobre a ST em tempos de pandemia. Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, realizada com 16 profissionais da ESF de João Pessoa, dentre eles médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas, entre junho e setembro de 2020, por meio da plataforma digital Skype. A técnica de entrevista foi utilizada, sendo orientada por um roteiro semiestruturado. Para a análise de dados, utilizou-se a técnica de Análise de Conteúdo Temática proposta por Bardin. Está pesquisa se integra a um projeto maior intitulado “A ST no território da APS: do contexto ao significado para trabalhadores”, que teve aprovação pelo Comité de Ética em Pesquisa sob CAEE: 87110318.0.0000.5188. Observou-se que a pandemia contribuiu para o agravamento da precarização do trabalho na ESF e na escassez de ações de promoção, prevenção e vigilância em ST. Os trabalhadores de saúde tiveram que reorganizar os processos de trabalho para enfrentar a pandemia, e a partir de acordos coletivos locais e do apoio das residências médicas e multiprofissionais em saúde, conseguiram autogerir o trabalho. Visando a manutenção da saúde, elaboraram alternativas individuais de sobrevivência para minimizar os impactos que a pandemia impôs em suas dimensões biopsicossociais e espirituais, como monitoramento dos sinais vitais, manutenção de alimentação saudável, prática de exercícios físicos, adesão às medidas de biossegurança de forma assertiva e a prática da espiritualidade. No que tange a atenção à saúde dos usuários-trabalhadores, os profissionais realizaram ações de gerenciamento do risco de infecção por COVID-19, ações de educação em saúde sobre as medidas de prevenção da doença; asseguram a continuidade dos atendimentos e monitoramento dos usuários com doenças crônicas por meio do teleatendimento; e garantiram o afastamento do trabalho aos usuários com COVID-19, por meio dos atestados médicos, ações que contribuíram para minimizar o risco de propagação da doença nos ambiente de trabalho e na comunidade e, sobretudo, garantir a empregabilidade. O estudo possibilitou compreender a realidade vivenciada pelos profissionais da ESF em tempos de pandemia, denotando a necessidade de valorização desse trabalhador, uma vez que tiveram a capacidade de entender as novas demandas e reorganizar o processo de trabalho, a partir da implementação de novas estratégias de cuidado de si e de outros trabalhadores do território de atuação, assegurando assim, a continuidade da atenção a saúde.