PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, EM NÍVEL DE MESTRADO ACADÊMICO (PPGSC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Dissertações/Teses


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2024
Descrição
  • MÁRCIA CAMILA FIGUEIREDO CARNEIRO
  • Perfil das pessoas com deficiência física no Brasil: Uso de órteses, próteses e auxiliares de locomoção e movimento segundo a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019
  • Orientador : WILTON WILNEY NASCIMENTO PADILHA
  • Data: 12/12/2024
  • Hora: 09:00
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  • Ao longo dos anos, a definição de deficiência física tem evoluído no Brasil, sendo explorada quanto aos seus impactos nos contextos social e de saúde. Este estudo, de natureza transversal, observacional, descritiva e abordagem quantitativa, baseou-se nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 para investigar a prevalência do uso de Tecnologias Assistivas (TAs) entre indivíduos com deficiência física. Foram consideradas variáveis sociodemográficas, o uso de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção (OPM), além do acesso a TAs pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a participação em programas de reabilitação. A análise estatística, conduzida com o IBM SPSS Statistics, revelou que, entre os 9.800 participantes examinados, o uso de TAs foi mais prevalente nos membros inferiores (MMII), com uma distribuição equilibrada entre os sexos. A faixa etária predominante foi de 38 a 47 anos, com ascendência parda, estado civil casado(a), nível educacional até o ensino fundamental e renda variada, especialmente com dois salários-mínimos ou superior, caracterizando a maioria dos usuários de TA. Bengalas, muletas e andadores foram os dispositivos mais utilizados para membros inferiores, enquanto próteses foram predominantes para membros superiores. A obtenção de dispositivos pelo SUS foi mais frequente para membros inferiores, e a maioria dos participantes recebeu cuidados regulares de reabilitação nos últimos doze meses, principalmente através de serviços de saúde ou conveniados ao SUS. Este estudo destaca a importância das TAs na promoção da inclusão e funcionalidade das pessoas com deficiência física, ao mesmo tempo em que evidencia desafios no acesso regular aos cuidados de reabilitação. O acesso predominante via SUS sublinha a relevância do setor público na prestação de serviços para essa população, oferecendo subsídios para o desenvolvimento de políticas e estratégias de saúde pública voltadas à promoção da acessibilidade e qualidade de vida para pessoas com deficiência física no Brasil.
  • DANIELLE VICTOR FERNANDES
  • MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE: necessidades em saúde, determinantes sociais e repercussões em uma penitenciária da Paraíba
  • Orientador : MARIA DO SOCORRO TRINDADE MORAIS
  • Data: 10/12/2024
  • Hora: 13:00
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  • Introdução: O sistema prisional brasileiro, que sofre com superlotação e condições insalubres, oferece pouca assistência à saúde, afetando negativamente a qualidade de vida dessas mulheres. O aumento no aprisionamento feminino, especialmente por crimes relacionados ao tráfico de drogas, é associado a fatores como pobreza, baixa escolaridade e violência doméstica Objetivo: Este estudo tem como objetivo compreender as razões do cárcere e as necessidades de saúde de mulheres privadas de liberdade em uma penitenciária do estado da Paraíba. Metodologia: A pesquisa é de abordagem qualitativa, exploratória e descritiva. Foi realizada com 23 mulheres encarceradas, com idades entre 20 e 74 anos, os critérios de inclusão consideraram mulheres em regime fechado e com pena há mais de seis meses. Os dados coletados foram transcritos e analisados para compreender as necessidades de saúde das participantes. Resultados e Discussão: As mulheres relataram problemas de saúde como insônia, dores musculares e dores de cabeça, frequentemente subestimados pela percepção subjetiva de saúde. A alimentação foi outro fator crítico, com queixas sobre a qualidade da comida fornecida pela instituição. As entrevistas também destacaram o impacto psicológico do encarceramento, com altos níveis de ansiedade, depressão e falta de apoio emocional adequado. A precariedade no atendimento médico e psicológico agrava o sofrimento dessas mulheres, que muitas vezes dependem de familiares para medicamentos e alimentos. Considerações finais: Conclui-se que as condições de saúde das mulheres encarceradas são precárias, refletindo a fragilidade do sistema prisional brasileiro em atender suas necessidades básicas. Políticas públicas voltadas para a saúde prisional precisam ser reformuladas para garantir assistência integral e dignidade às mulheres privadas de liberdade.
  • LEONARDA CARNEIRO ROCHA BEZERRA
  • TERAPIAS COMPLEMENTARES COMO ESTRATÉGIAS DE CUIDADO NA PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL DOS AGENTES COMUNITÁRIOS
  • Orientador : MARIA DO SOCORRO TRINDADE MORAIS
  • Data: 10/12/2024
  • Hora: 10:30
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  • Introdução: Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) são profissionais essenciais na atenção básica, mediando o cuidado entre a comunidade e os serviços de saúde, desempenhando funções como orientação em saúde, integração das ações de promoção e prevenção, visitas domiciliares e acompanhamento de programas sociais, integrando-se à equipe de saúde da família, além de outras atribuições mais técnicas e burocráticas. No entanto, enfrentam diversas sobrecargas físicas, cognitivas e psíquicas, como exposição a condições adversas, riscos de violência, agravos biomecânicos, desconfortos físicos, estresse, falta de apoio, falta de estrutura e capacitação adequada, afetando assim sua performance profissional e comprometendo sua qualidade laboral e saúde mental. Portanto, deve-se ter uma atenção voltada ao âmbito da qualidade de vida no trabalho, principalmente direcionado ao campo da saúde mental, com o propósito de reduzir as repercussões negativas no processo de trabalho. Objetivo: Avaliar os efeitos das terapias complementares na promoção da saúde mental dos ACS na atenção básica de saúde. Metodologia: Primeiramente foi desenvolvido um um estudo descritivo e transversal com abordagem quantitativa e em seguida uma pesquisa quase experimental com um ensaio clínico não randomizado utilizando a abordagem mista. A pesquisa foi desenvolvida nas Unidades de Saúde da Família (USFs) localizadas no Distrito Sanitário II e IV na cidade de João Pessoa-PB. A amostra não probabilística foi por conveniência e incluiu nove equipes das USFs selecionadas, totalizando 35 ACS, porém, na fase quase experimental participaram 24 ACS devido aos critérios de inclusão e exclusão. Foram utilizados três instrumentos para coleta de dados, sendo eles, o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), o formulário criado utilizando a plataforma do Google Forms e a entrevista estruturada. Os dados quantitativos foram analisados com o auxílio do software estatístico Jamovi 2.6 e os qualitativos no IRAMUTEQ utilizando-se da Classificação Hierárquica Descendente, por fim foi realizada a análise de conteúdo sugerida por Bardin. Resultados: Amostra foi majoritariamente do sexo feminino 77,1%, com média de idade de 51,7 anos. A maioria se identificou como parda 62,9% e mais de 60% completaram o ensino médio. Em relação ao estado civil, 57,1% eram casados ou viviam em união estável, e 77,1% tinham filhos. Em termos econômicos, 77,1% recebiam cerca de dois salários mínimos. Todos os participantes tinham pelo menos 10 anos de experiência, sendo 45,7% com 21 a 25 anos de trabalho. Na autopercepção de saúde, 51,5% consideraram seu estado regular, mesmo referindo sintomas frequentes como preocupação 88,6%, dores físicas 85,7% e estresse 82,9%. Inicialmente, 74,2% dos ACS apresentaram sofrimento mental, mas após as terapias, a maioria dos participantes apresentou redução significativa desse sofrimento, com apenas um ACS mantendo os sintomas elevados. Conclusão: Nota-se que as terapias utilizadas são estratégias potencialmente eficazes para a promoção da saúde mental nos ACS, com resultados positivos indicados pela redução do sofrimento mental e sintomas apresentados inicialmente na amostra participante após a intervenção.
  • LARISSA KARLA SILVEIRA DIAS
  • Fatores relacionados ao conhecimento sobre aleitamento materno em gestantes de alto risco: estudo transversal
  • Orientador : MARIA DO SOCORRO TRINDADE MORAIS
  • Data: 05/12/2024
  • Hora: 09:30
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  • Introdução: Apesar de todos os benefícios do leite materno amplamente reconhecidos e comprovados cientificamente, ainda existem diversos impedimentos que levam a mulher a não amamentar exclusivamente: não receber informações sobre aleitamento materno durante o pré-natal, não amamentar ainda na primeira hora de vida do bebê, ter problemas com a amamentação no hospital e também no domicílio. Para as gestantes de alto risco, essas barreiras estão relacionadas às suas comorbidades, ao uso de medicamentos, ao trabalho e à falta de informação. Objetivos: analisar os fatores relacionados ao conhecimento sobre aleitamento materno em gestantes de alto risco. Método: Estudo observacional, transversal, analítico exploratório, realizado no Hospital Universitário Lauro Wanderley com gestantes de alto risco no período de setembro de 2023 a abril de 2024. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário sociodemográfico e a escala Knowledge Breastfeeding Scale (KNOWL). As variáveis com significância estatística na análise inferencial foram pré-selecionadas e seguiram para testagem no modelo multivariado, por meio da Regressão de Poisson com variância robusta, permanecendo no modelo final as variáveis com a significância estatística de 5%. Resultados: Participaram da pesquisa 253 gestantes. Com relação ao conhecimento acerca do aleitamento materno em gestantes de alto risco em 210 (83,0%) das gestantes, o conhecimento foi considerado suficiente; 40 (15,8%) foi considerado intermediário, e em 03 (1,2%) foi considerado insuficiente. Após análise de regressão de Poisson, é possível inferir que para cada ano a mais de estudo houve 9% de aumento do escore de conhecimento sobre aleitamento materno e para cada filho a mais houve 17% de aumento do escore de conhecimento sobre aleitamento materno. Conclusões: O conhecimento sobre aleitamento materno das gestantes de alto risco foi considerado suficiente. No entanto, ter menos anos de estudo e ter menos filhos são os principais fatores relacionados com o menor conhecimento sobre aleitamento materno em gestantes de alto risco. É essencial realizar mais estudos usando a escala KNOWL, bem como realizar mais pesquisas, como estudos de intervenção, voltadas para o aleitamento materno e para gestantes de alto risco. Isso contribuiria para ampliar a compreensão e aprimorar as práticas de assistência para essa população específica.
  • CYNTHYA GONÇALVES ARRUDA BENEVIDES
  • PLANEJAMENTO MUNICIPAL EM SAÚDE: desafios para os municípios da 9ª região de saúde da Paraíba.
  • Orientador : ANDRE LUIS BONIFACIO DE CARVALHO
  • Data: 04/12/2024
  • Hora: 18:00
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  • Introdução: A efetivação do planejamento municipal de saúde é fundamental para o sucesso do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo o plano de saúde o instrumento central desse processo. Sua principal atribuição é orientar a gestão para a tomada de decisões eficazes, visando alcançar resultados significativos na melhoria da saúde da população. Para garantir um planejamento ascendente, integrado, regionalizado e hierarquizado dos serviços do SUS, é crucial implementar de forma eficiente o planejamento municipal de saúde. Objetivo: O estudo tem como objetivo principal compreender o processo de elaboração dos planos municipais de saúde na 9ª região de saúde da Paraíba. Referencial teórico: Fundamenta-se na legislação do planejamento ascendente do SUS, especialmente, no enfoque no Planejamento Estratégico Situacional – PES. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, realizada por meio de análise documental. Foram analisados os planos de saúde de 13 municípios do Estado da Paraíba e sua interface com algumas informações extraídas dos documentos do Projeto de Aperfeiçoamento das Ações de Gestão, Planejamento e Regionalização da Saúde na Paraíba. Os dados obtidos foram analisados utilizando-se os elementos teóricos derivados da revisão bibliográfica realizada, com foco particular nas variáveis Capacidade de Governo, Governabilidade do Sistema e Projeto de Governo, as quais compõem o Triângulo de Governo do PES. Resultados: Os resultados indicam que a elaboração dos Planos Municipais de Saúde ocorreu em um contexto de desarticulação das variáveis do triângulo de governo. Esse contexto é caracterizado pela baixa governabilidade, pela reduzida capacidade de governo e pela incoerência do projeto de governo. Como consequência, foram originados planos de saúde fragmentados, com fragilidade na participação social e de difícil monitoramento. O fator primordial evidenciado por esta pesquisa é a consolidação progressiva do planejamento ascendente nos territórios do estado da Paraíba. Conclusão: Apesar dos avanços, grandes são os desafios para um efetivo e integrado processo de planejamento ascendente. Esses desafios perpassam pela necessidade de fomentar ações que ampliem a capacidade de gestores e atores do SUS, no gerenciamento do sistema frente às peculiaridades territoriais.
  • YNNAIANA NAVARRO DE LIMA SANTANA QUINTANS
  • SENSIBILIZAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER INFANTOJUVENIL: DOS DESAFIOS ÀS POSSIBILIDADES
  • Data: 03/12/2024
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: O câncer em crianças e adolescentes consiste em um grupo de patologias que apresentam chances de cura cada vez melhor, porém que ainda enfrenta atrasos de confirmação diagnóstica. Os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) têm uma condição privilegiada para a identificação dos sinais e sintomas da doença, propiciando maior agilidade na suspeita e no diagnóstico oncológico infantojuvenil. Assim, ações educativas sobre o tema para equipes da Atenção Primária à Saúde (APS), trazem a possibilidade de que os pacientes tenham diagnósticos realizados em fases mais precoces de sua doença, possibilitando, assim, melhor prognóstico para os mesmos. Objetivos: Dialogar com os profissionais que compõem unidades básica de saúdes (UBSs) sobre as fragilidades e as potencialidades na abordagem do câncer infantojuvenil na APS e desenvolver estratégias educativas de sensibilização sobre a suspeição de diagnósticos novos oncológicos em crianças e adolescentes. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-intervenção, desenvolvido em quatro UBSs, na cidade de Cabedelo, Paraíba. A condução do estudo foi por meio de grupos focais, oficinas e entrevistas com os profissionais que compõem essas UBSs. As ações foram gravadas por áudio e posteriormente transcritas. O material transcrito foi submetido à técnica de análise de conteúdo temática, originando categorias, subcategorias e unidades de análise que foram discutidas com base no referencial teórico existente. Resultados: Foram realizados quatro grupos focais (GF), quatro oficinas e dezesseis entrevistas individuais nas UBSs. Nos GF, as falas dos profissionais apontaram, como potencialidades para suspeição/ diagnóstico do cancer infantojuvenil, o espaço estratégico da APS na interlocução com a população e o trabalho em equipe nas USFs. Como fragilidades, foram identificadas dificuldades na realização de alguns exames e no acesso de crianças e adolescentes aos níveis secundário e terciário de atenção à saúde. As oficinas favoreceram a reflexão e o debate sobre como os profissionais poderiam ser mais assertivos na suspeição/diagnóstico, gerando expressiva preocupação quanto ao prognóstico e à chance de cura desta patologia, bem como reforçaram a necessidade de mais momentos de educação em saúde. E, nas entrevistas, a partir das narrativas dos profissionais, percebeu-se que estes reportaram diferentes ações no seu cotidiano de trabalho que fortaleceriam a linha de cuidado ao paciente pediátrico com suspeita/diagnóstico de cancêr. E ainda, foram identificados e referenciados casos suspeitos de câncer infantojuvenil. Conclusão: Com o presente estudo pode-se observar que o tema do câncer infantil é pouco abordado durante a formação dos profissionais de saúde. Além disso, identificamos dificuldades e potencialidades da APS para a realização de uma suspeição precoce dessa doença. Outra importante conclusão foi a capacidade das ações de Educação Permanente em Saúde (EPS) em impactar positivamente na sensibilização dos profissionais da APS sobre o tema.
  • PATRICIA MOREIRA BATISTA DE SOUZA
  • MONITORAMENTO DE INFEÇÃO HOSPITALAR NA UNIDADE NEONATAL: IMPACTO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS
  • Orientador : JULIANA SOUSA SOARES DE ARAUJO
  • Data: 02/12/2024
  • Hora: 08:00
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  • INTRODUÇÃO: Os objetivos do desenvolvimento do milênio atualizados no ano de 2015, aprimoraram objetivos já existentes. Seu terceiro objetivo, que trata da saúde e bem-estar, visa em seus tópicos a redução da mortalidade materna e neonatal, onde esta última está associada à diversos fatores relacionados à prematuridade, malformação congênita, asfixia intra-parto, infecções perinatais e fatores maternos associados. Buscando reduzir esses índices, estratégias de monitoramento da segurança do paciente como: huddle, brieffing e debrieffing estão à disposição para serem utilizadas pelas equipes hospitalares. Dessa forma, o presente trabalho visa analisar o impacto dos processos de trabalho na prevenção de infecção hospitalar por medidas que evitem a Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica (PAV) e a infecção primária de corrente sanguínea associada a Manutenção de Cateter Venoso Central (CVC) através de um huddle de segurança. OBJETIVO: Analisar uma ferramenta de monitoramento da segurança do paciente dentro de uma unidade neonatal, nas ações de prevenção de infecção hospitalar. MÉTODO: Estudo do tipo retrospectivo, descritivo e analítico, transversal, com abordagem quantitativa, a ser realizado com os prontuários dos recém-nascidos internos no Instituto Cândida Vargas, nas dependências da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. A coleta de dados iniciou-se após apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba, onde recebeu aprovação sob o número 6.966.547/2024 e está de acordo com o que preconiza a Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Para análise das variáveis, foi aplicada estatística descritiva, já as variáveis independentes foram dicotomizadas e suas diferenças calculadas através do teste não paramétrico de Mann-Whitney. Para análise de hipóteses nulas ou não nulas, foi realizado o Teste T de Student e para inferir o grau de associação entre as variáveis categóricas, foi aplicada a Matriz de Correlação. O software utilizado para os testes estatísticos foi o JAMOVI. Adotado o nível de significância de 5% para este estudo. RESULTADOS: A amostra incluiu 850 neonatos, com distribuição semelhante entre os sexos (50,9% do sexo feminino e 49,1% masculino). A maioria nasceu com baixo peso (n=425; 50%) e idade gestacional entre 32 e 36 semanas (n=429; 50,5%). Dos prontuários analisados, 3,2% dos neonatos apresentaram pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e 2,0% infecção associada ao catéter venoso central (CVC). A taxa média de ventilação mecânica foi de 92,7%, com um desvio padrão de 7,68, enquanto a taxa de utilização de CVC alcançou média de 90,2% e desvio padrão de 9,89. As medidas preventivas foram eficazes em manter as taxas de infecção controladas, mesmo com o uso frequente de dispositivos invasivos, sugerindo a efetividade dos protocolos adotados. A taxa de mortalidade foi de 14,1%, e o estudo não encontrou correlação estatisticamente significativa entre a mortalidade e as taxas de infecção, reforçando o impacto positivo das estratégias preventivas aplicadas. CONCLUSÃO: A rotina exímia da equipe na aplicação dos protocolos foi crucial para alcançar taxas de infecção extremamente baixas, mesmo em situações em que as taxas de VM e CVC tenham sido altas, principalmente quando comparadas com a média nacional. A experiência obtida permite, no futuro, o desenvolvimento me medidas que também influenciem no desfecho da assistência.
  • JACIMAURA CAVALCANTI DE LIMA GALVAO
  • Processo de Trabalho dos CAPS III de João Pessoa- PB na Perspectiva dos Trabalhadores
  • Orientador : WILTON WILNEY NASCIMENTO PADILHA
  • Data: 13/11/2024
  • Hora: 09:00
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  • Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são dispositivos estratégicos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), inseridos na lógica da Reforma Psiquiátrica no Brasil, que visa substituir o modelo manicomial por serviços comunitários e territorializados. Contudo, nos últimos anos, vêm enfrentando desafios significativos, por conta de políticas insuficientes e descontinuadas que provocaram uma série de dificuldades ao atendimento e na assistência às pessoas com transtornos mentais. Nesse contexto, investigar o processo de trabalho nos CAPS, se apresenta relevante, uma vez que é capaz de instigar debates, e tomada de decisões importantes para as práticas cotidianas e políticas de cuidado à saúde mental. Dessa forma, este estudo se propõe a analisar o processo de trabalho nos CAPS tipo III do município de João Pessoa, a partir da perspectiva dos profissionais. Trata-se de um estudo descritivo utilizando de uma abordagem mista, com trabalhadores que atuam diretamente no cuidado dos CAPS III da Capital Paraibana. Os entrevistados responderam um questionário de informações gerais e sociodemográficas, e participaram de entrevistas individuais durante o horário de trabalho. Para tal, seguiu-se um roteiro semi-estruturado composto por oito temáticas: direito dos usuários, família, relações de trabalho, projeto terapêutico singular, atividades e oficinas, uso da medicação, atenção à crise e educação permanente. Utilizou-se da análise do Discurso do Sujeito Coletivo de Lefévre para análise dos dados quali-quanti provenientes das entrevistas, e da estatística descritiva para a caracterização dos profissionais. Participaram 21 profissionais, a maioria mulheres, autodeclaradas brancas, com idade entre 30 e 39 anos, assistentes sociais e psicólogas, contratadas sob regime de plantão e com experiência de trabalho no CAPS entre 2 e 7 anos. Encontrou-se como categorias de análise: práticas em grupos como produtor de autonomia, dificuldades da intersetorialidade no manejo à crise dos usuários e o projeto terapêutico singular na perspectiva do profissional do CAPS. Observou-se que o processo de trabalho nos CAPS III de João Pessoa, é caracterizado por uma equipe multiprofissional, mas a integração é limitada, e tem sido dificultada pela falta de integração com a categoria médica, disputas ideológicas e fragilidades na comunicação entre equipes noturnas e diurnas. A autonomia é estimulada principalmente por meio de práticas grupais de música, arte e geração de renda, exercícios físicos no território e psicoeducação para usuários e suas famílias. A intersetorialidade tem sido comprometida especialmente no manejo à crises intensas, com dificuldades de pactuação entre o CAPS, SAMU e Pronto Atendimento à Saúde Mental. Há diferentes concepções de projeto terapêutico singular na perspectiva do profissional do CAPS, frequentemente limitado à inclusão dos usuários nas oficinas terapêuticas, impactando a plena integralidade do cuidado. Conclui-se que há avanços concretos nos processos de trabalho em relação ao modelo tradicional manicomial, mas ainda persistem desafios subjetivos e estruturais nos CAPS, os quais comprometem a integração da equipe, a plena autonomia do usuário, a articulação intersetorial no manejo as crises e uma construção efetiva do projeto terapêutico singular para promoção da integralidade do cuidado em saúde mental.
  • JANIELE PAULINO ALVES
  • Prevalência da hipertensão arterial na população brasileira, acesso e utilização dos serviços de saúde: PNS 2019
  • Orientador : FILIPE FERREIRA DA COSTA
  • Data: 12/11/2024
  • Hora: 13:00
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  • Introdução: Dentre as DCNT, destaca-se a hipertensão arterial, esta condição complexa é influenciada por múltiplos fatores, incluindo genética, ambiente, estilo de vida e aspectos socioeconômicos. Objetivos: Identificar a prevalência de indivíduos com HAS e o acesso e utilização aos serviços de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, utilizando-se de dados da Pesquisa Nacional de saúde de 2019. A amostra prevista da PNS 2019 foi de 108.525 domicílios particulares e os dados foram coletados em 90.836 domicílios. Para as análises do presente estudo, considerou-se apenas as entrevistas de moradores ≥15 anos, que responderam ter recebido o diagnóstico de hipertensão arterial, totalizando 21.315 indivíduos. Foram utilizados variáveis do módulo de características gerais dos moradores para os dados sociodemográficos, e variáveis do módulo de doenças crônicas(hipertensão) e cobertura por plano de saúde para verificar prevalência de HAS e o acesso e utilização dos serviços de saúde. O desfecho estudado foi a hipertensão arterial, obtido por meio de questionamento: “Algum médico já lhe deu o diagnóstico de hipertensão arterial?”. As prevalências da hipertensão arterial em cada grupo das variáveis escolhidas foram calculadas juntamente com respectivos intervalos de confiança (95%), todas as análises foram realizadas no programa estatísticos com auxílio dos pacotes PNSIBGE e analisadas no pacote survey. Em relação aos dados sociodemográficos dos participantes do estudo, notou-se uma predomínio de HAS em indivíduos do sexo feminino (25,15%), idosos (54,99%), pretos (24,58%), viúvos (55,30%), com baixo nível de escolaridade (32.38%), domiciliados na zona urbana (22,83%), região sudeste (24,64%) seguida da região sul (23,33%), com renda entre 1 e 3 salários mínimos (24,78%) no período da pesquisa indivíduos desempregados (29,97%).Os resultados descreve que o acesso e utilização dos serviços de saúde por pessoas com hipertensão, acontece da seguinte forma, 59,47% frequentam regularmente o médico ou os serviços de saúde. Entre os que não procuram atendimento regular, 38,69% alegaram que a pressão estava controlada e 38,58% não acharam necessário. 95,27% dos entrevistados receberam prescrição de medicamentos para hipertensão; 59,15% não obtiveram os medicamentos pelo serviço público e 54,29% pagaram do próprio bolso. Quanto ao local de atendimento, 45,80% foram atendidos na unidade básica de saúde e 28,78% em consultório particular. Além disso, 85,25% não pagaram pelo atendimento, que foi realizado pelo SUS para 65,64% deles. Por fim, 51,90% foram atendidos pelo mesmo médico da consulta anterior. No que se diz respeito ao uso de plano de saúde constatou-se que 23,46% tem plano de saúde particular, seja de empresa ou de órgão público. Outros 32,45% afirmaram que seu plano de saúde principal é de instituição de assistência a servidores públicos (municipal, estadual ou militar). Quando perguntados sobre a qualidade do plano de saúde, 29,77% classificaram como ruim. Conclusão: Os resultados revelaram que a hipertensão arterial sistêmica (HAS) apresenta uma prevalência significativa entre determinados grupos da população brasileira. Em relação ao acesso e utilização dos serviços de saúde, ficou evidente uma maior procura de atendimento nas UBS.
  • THALYTA VICTORIA LOURENÇO DOS SANTOS
  • Perspectiva futura no cuidado do pé torto congênito no estado da Paraíba: uma comparação com incidências mundiais
  • Orientador : JULIANA SOUSA SOARES DE ARAUJO
  • Data: 07/10/2024
  • Hora: 10:00
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  • O Pé torto congênito (PTC) é uma deformidade complexa que compromete a flexibilidade e a estrutura do alinhamento do pé. Sendo uma das malformações pediátricas mais recorrentes no mundo, o PTC apresenta disparidades na sua incidência entre diferentes grupos populacionais. Compreender o perfil epidemiológico desses pacientes e entender essa variação é crucial para o planejamento de estratégias de saúde eficientes, garantindo o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes com pé torto congênito atendidos em uma maternidade de referência no estado da Paraíba, Brasil. Metodologia: O estudo foi desenvolvido em duas partes, na primeira foi realizada uma revisão sistemática visando caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes com PTC a partir das evidências cientificas. Na segunda etapa foram acessadas informações relativas às crianças nascidas com malformações congênitas de uma maternidade na Paraíba, no período de 2018 a 2023, analisando seu perfil e determinando sua incidência. Resultados: Encontrou-se 18 artigos elegíveis para compor a revisão sistemática, evidenciando uma maior prevalência em meninos e influência genética associada a histórico familiar. Fatores socioeconômicos, como baixa renda, local de moradia, nível de escolaridade dos pais, influenciaram significativamente a adesão ao tratamento, impactando nos resultados clínicos e dificultando o acesso aos serviços de saúde. Os nascimentos de pé torto congênito na Paraíba mostraram uma incidência superior à média global, com diferenças significativas entre os tipos neurológicos e não neurológicos. Os resultados apontaram para a importância de um diagnóstico precoce e de um acompanhamento multidisciplinar, especialmente para crianças com condições socioeconômicas desfavorecidas. Conclusão: Os achados desta pesquisa destacam a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado do PTC para garantir o desenvolvimento motor e a qualidade de vida das crianças acometidas. Os resultados também evidenciam a necessidade de políticas públicas que visem ampliar o acesso aos serviços de saúde, especialmente para as populações mais vulneráveis.
  • ANA PAULA MELO DA SILVA
  • ESTIGMA DA OBESIDADE: perspectiva de profissionais da saúde da atenção básica da Paraíba
  • Orientador : WALLERI CHRISTINI TORELLI REIS
  • Data: 29/07/2024
  • Hora: 18:30
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  • A obesidade é considerada um grande problema da área da saúde pública. Diante dessa realidade, reconhece-se a importância de compreender as diversas dimensões envolvidas nessa condição que é parte integrante do cotidiano da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (AB-SUS). O objetivo do presente estudo foi analisar entre os profissionais de saúde atuantes na atenção básica da Paraíba quais os impactos de uma formação relacionada ao estigma da obesidade nas práticas de cuidado. A pesquisa corresponde a um estudo qualitativo, descritivo, exploratório, do tipo transversal. A população desse estudo foi composta por profissionais da área da saúde atuantes na AB-SUS de municípios paraibanos. Desse modo, seguindo os critérios de inclusão, a amostra final incluiu n=24 profissionais de saúde. O material empírico foi produzido com base em um roteiro semiestruturado. A coleta de dados ocorreu entre Julho e Novembro de 2022. Os conteúdos que emergirem das discussões foram transcritos e analisados utilizando a metodologia de Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Após as análises, definiram-se duas classes temáticas: I. estigma da obesidade - (trans)formação e desafios no cuidado em saúde; II.os dois lados da moeda do estigma do peso. Estas refletem elementos em comum nas entrevistas: como a formação contribuiu para a ampliação do olhar sobre o tema do estigma do peso e os auxiliou na identificação de dificuldades e obstáculos no cuidado com a obesidade; e, a partir disso, como foi possível perceber a presença de práticas estigmatizantes entre as equipes que atuam e seus impactos negativos sobre os cuidados em saúde. O estigma em torno da obesidade ainda é uma questão iminente nas relações de cuidado em saúde. Os participantes pontuaram que a formação Teiker como um meio que auxiliou a (trans)formar, uma vez que os ajudou a mitigar o estigma do peso existente e a adotar um cuidado integral em relação à obesidade e aos usuários nessa condição.
  • AGDA CRISTHINA DE MEDEIROS BATISTA
  • GESTÃO DO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: Análise Da Produção De Cuidado Em Um Caps Ad De João Pessoa
  • Data: 29/07/2024
  • Hora: 09:00
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  • Dentro do processo de tratamento farmacológico, uma das questões mais importantes é a maneira indiscriminada que as prescrições vêm sendo feitas e como isso afeta a construção de cuidado. A presente pesquisa tem como objetivo analisar o uso de medicamentos na produção de cuidado de um CAPS AD III, utilizando como dados observações participantes em um CAPS AD III localizado no município de João Pessoa - PB. E entrevistas semiestruturadas com usuários/as e profissionais. O conteúdo deste material foi analisado à luz de Bardin. Foi percebido na construção das discussões as dificuldades enfrentadas pelo CAPS,como consequência do desfinanciamento. Esse processo reflete na aquisição dos fármacos e consequentemente sua dispensação para usuários/as, como também no tipo de relação que o serviço cria com as redes de apoio das pessoas atendidas, que acabam sendo marcadas por uma atribuição de responsabilidade na aquisição de fármacos. Outro ponto importante é a permanência de comportamentos e falas que remontam práticas manicomiais, como a necessidade de checar a boca de usuários/as realmente tomaram a medicação, botando em cheque a ideia da centralidade das pessoas em seu processo de cuidado em saúde e a própria construção de autonomia. E o papel da enfermagem nessa manutenção de práticas manicomiais. Outra questão levantada é a centralidade da medicina no tratamento farmacológico, sendo o momento da consulta médica o único onde essa discussão acontece.
  • MARIANA PEREIRA DOS SANTOS TARGINO
  • OS CENTROS DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS E O CUIDADO EM SAÚDE BUCAL DA PESSOA COM NECESSIDADES ESPECIAIS
  • Orientador : WILTON WILNEY NASCIMENTO PADILHA
  • Data: 25/07/2024
  • Hora: 08:00
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  • As Pessoa com Necessidades Especiais (PNE) são um público que necessita do cuidado e atenção a saúde, o PMAQ-CEO se mostra como uma ferramenta para avaliar as melhorias e qualidade da evolução do cuidado ao PNE no CEO, através de seus dois ciclos. O estudo tem como objetivo analisar as características da oferta no cuidado as Pessoas com Necessidades Especiais (PNE) nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo, com uso de dados secundários, comparando os dois ciclos do PMAQ-CEO. Foram aplicados critérios de inclusão e exclusão e a amostra foi de 850 CEO, foram selecionadas as variáveis de interesse, e a análise dos dados foi realizada no JAMOVI, gerando a frequência e o teste de McNemar e o IC foi realizado no SPSS. Os resultados apontam as características da oferta do serviço odontológico para pessoas com necessidades especiais (PNE) no 1º e no 2º ciclo do PMAQ-CEO. A evolução da atenção odontológica secundária prestada aos PNE no Brasil entre os ciclos do PMAQ-CEO (2013-2018), conforme a metodologia desse estudo apresentou uma evolução positiva, destacando o número de profissionais PNE, sua qualificação acadêmica, a acessibilidade, o acesso, o fluxo da rede, o número de atendimento. Como pontos negativos, foram identificados a carga horaria do CD PNE, a demanda reprimida e a ausência de equipamentos para sedação. A melhoria do cuidado ao PNE poderá ser beneficiada com a continuidade de um monitoramento apontando os pontos críticos a serem enfrentados no serviço.
  • MARIANA DE MEDEIROS NOBREGA
  • FATORES ASSOCIADOS À DEPRESSÃO E ÀS REDES DE ASSISTÊNCIA SEGUNDO A PESQUISA NACIONAL EM SAÚDE
  • Orientador : FILIPE FERREIRA DA COSTA
  • Data: 29/05/2024
  • Hora: 14:00
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  • As disparidades na prevalência da depressão e no acesso às redes de assistência ocorrem em decorrência das características sociodemográficas e culturais quanto aos cuidados de continuidade com a doença. Objetivo: Analisar os fatores associados à depressão e as redes de assistência no Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional em Saúde – PNS, 2019. Métodos: estudo populacional, transversal, com base em amostra de 11.195 brasileiros (a partir dos 15 anos) entrevistados na Pesquisa Nacional em Saúde, 2019. A depressão autorreferida foi analisada segundo características sociodemográficas e utilização dos serviços e continuidade dos cuidados em depressão. Foram estimadas as frequências absolutas e relativas e os potenciais fatores associados ao autorrelato de depressão foram investigados por meio do teste qui-quadrado (X²), considerando o valor p <0,001, estratificados pela posse ou não de plano de saúde. Resultados: nas características sociodemográficas, com plano, os fatores associados foram sexo feminino, idosos, moradores da zona urbana, casados, sem ocupação laboral no período da pesquisa, sendo a minoria negros; sem plano, possuem ensino básico, residentes na região Nordeste e renda familiar de até 1 salário mínimo. Com relação a utilização dos serviços e continuidade dos cuidados com depressão, os fatores associados à saúde suplementar: a procura pelo serviço de saúde só quando apresenta algum problema com a doença, alegando a distancia do serviço, utilização da psicoterapia e medicamento para tratamento; já no setor público: não possuir diagnóstico de outra doença mental e não ter utilizado medicamento para depressão nas duas semanas que antecederam a pesquisa. Conclusão: Os fatores associados a depressão diferem entre as redes de assistência, portanto, reforça-se a vigilância e manutenção do diálogo entre o SUS e a saúde suplementar, no conjunto de ações e propostas que contribuam tanto para prevenção, quanto reinserção e ressocialização dos indivíduos com sofrimento psíquico.
  • REJANE BARBOSA CIRIACO PINHEIRO
  • Análise Espacial e COVID-19: Revisão Sistemática Metodológica e Clusters de Internações e Óbitos na Paraíba
  • Data: 22/05/2024
  • Hora: 14:00
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  • A pandemia do novo coronavírus pegou o mundo de surpresa pela sua alta infectividade e letalidade, causando um excesso de mortes estimado em 4,5 milhões de pessoas apenas no primeiro ano. Foi necessário organizar novas formas de enfrentamento diante da situação epidemiológica, e repensar ferramentas de análise e enfrentamento da COVID-19, entre elas a análise espacial, como uma estratégia importante para identificação do padrão de distribuição da doença nos diferentes territórios. Objetivo: Analisar a distribuição espacial das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e óbitos por COVID-19 no estado da Paraíba, no período de 2020 a 2022. Metodologia: O estudo foi desenvolvido em duas partes, na primeira foi realizada uma revisão sistemática visando o levantamento de estudos que avaliassem as diferentes metodologias utilizadas na análise espacial da COVID-19, tanto o número de casos, como óbitos. A segunda etapa envolveu a análise dos dados de internações por SRAG e óbitos por COVID-19 na Paraíba, avaliando sua distribuição no estado, no período de 2020 a 2022. Resultados: Encontrou-se 17 estudos que avaliaram os diferentes métodos de análise espacial, destes os mais utilizados foram o Índice Global de Moran (I) e o Índice Local de Associação Espacial (LISA) (n=9) e Kernel (n=3). As internações por SRAG e óbitos por COVID-19 mostraram um cenário no qual as internações no primeiro ano apresentaram clusters alto-alto no litoral e capital do estado (Mata Paraibana), em seguida houve uma interiorização da doença com maior intensidade no Sertão Paraibano, sendo identificando agrupamentos espaciais em todos os períodos analisados. Os óbitos por COVID-19 apresentaram clusters alto-alto apenas no primeiro ano de pandemia, mantendo-se no litoral e capital, nos anos seguintes, observou-se uma distribuição aleatória dos clusters nos dois semestres, não sendo identificado um padrão de concentração dos grupos analisados. Conclusão: A análise espacial ajudou a compreender melhor a pandemia do novo coronavírus, as ferramentas de geoprocessamentos aliadas às diferentes metodologias de análise da distribuição espacial dos casos contribuíram para enfrentar a COVID-19, assim como outras doenças.
  • JONATHAN CORDEIRO DE MORAIS
  • LITORAL E SERTÃO: PROXIMIDADES E DISTANCIAMENTOS DIANTE DA PRÁTICA INTERPROFISSIONAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • Trata-se de uma pesquisa de uma abordagem mista do tipo transversal, descritiva e analítica, iniciando através da abordagem quantitativa, e em seguida, aprofundada através da abordagem qualitativa. Realizada na região Nordeste do Brasil, no estado da Paraíba, em dois municípios: um de médio porte na região litorânea, e outro de pequeno porte, localizado no sertão do estado. Participaram desta pesquisa 68 profissionais da saúde, sendo: Agentes Comunitários de Saúde, Enfermeiros, Cirurgiões Dentista, e Médicos, distribuídos em 17 equipes de Atenção Primária à Saúde - APS. Os dados quantitativos foram coletados através do Assessment of Interprofessional Team Collaboration Scale II (AITCS II), e analisados pelo IBM SPSS® Statistics 21.0, de forma descritiva e de teste de normalidade (Shapiro-Wilk) considerado p menor que 0,05 como significativo. Os dados qualitativos foram coletados através de entrevistas gravadas com os participantes de acordo com um instrumento semiestruturado, suas falas foram gravadas, transcritas e analisadas através da técnica de Discursos do Sujeito Coletivo (DSC) proposta por Lefévre, Lefévre e Teixeira, e análise de conteúdo (AC). Na análise quantitativa pode-se perceber as fragilidades das equipes em consonância com a literatura pertinente, destacando a fragilidade no eixo da coordenação como destaque em de ambos os municípios, necessitando intervenções e abordagens imediatas nos municípios entrevistados para resolução dos conflitos; na análise qualitativa pode-se perceber a fragilidade diante da compreensão mútua dos diferentes papéis desempenhados por cada profissional e pela gestão; reconhecendo que a diversidade de olhares enriquece a abordagem nos cuidados de saúde, sendo necessária a aplicação de pesquisas como esta na realidade de outros municípios e serviços de saúde.
  • KAMILLA DE ANDRADE CARVALHO
  • ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL NO PROGRAMA MÉDICO DE FAMÍLIA DE NITERÓI: uma cartografia
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • Resumo Esta pesquisa teve como desafio investigar a produção do cuidado em saúde mental na Atenção Básica de Niterói a partir de um Módulo do Programa Médico de Família, equipamento este que se configura como um dispositivo de descentralização e regionalização do sistema de saúde e está presente nas áreas de maior vulnerabilidade social do município. Para tanto, buscou-se identificar as ofertas de cuidado em saúde mental desenvolvidas por uma equipe do Programa Médico de Família, analisar como este cuidado é produzido e como ocorre o processo de matriciamento em saúde mental. O método da cartografia possibilitou acompanhar e analisar, através da observação participante e da construção de um diário de campo, os encontros e desencontros entre profissionais de saúde e usuários. A pesquisa ocorreu entre dezembro de 2022 e março de 2023, momento em que foi possível observar o cotidiano do serviço, participar de visitas domiciliares, reuniões de matriciamento em saúde mental e uma reunião geral entre a atenção especializada em saúde mental e Responsáveis Técnicas da região Leste-Oceânica. Durante a investigação, o tema do matriciamento em saúde mental se destacou e permitiu identificar que problemas organizacionais como a falta de profissionais, falta de tempo e sobrecarga de trabalho impactam na participação dos profissionais da Atenção Básica nos matriciamentos. Foi observado que falta uma maior compreensão dos profissionais da Atenção Básica e de seus gestores sobre a finalidade e atribuições do matriciamento. As reuniões de matriciamento mostraram-se como um importante espaço para discussão, produção e articulação da rede em torno do cuidado em saúde mental.
  • MARIA CÂNDIDA DIAS DE FRANÇA CAVALCANTI DE MORAES
  • SÍFILIS NA GESTAÇÃO E CONGÊNITA: características maternas e desfechos perinatais na XII Gerência Regional de Saúde de Pernambuco, 2017- 2021
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 13:00
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  • Introdução: A sífilis tem um impacto significante durante a gestação e a infância, pois pode evoluir com complicações como parto prematuro, aborto, natimorto, além de morbidades que prejudicam a saúde infantil. A sífilis congênita é causa de apreensão em diversos locais de mundo. Existem diferentes entraves, durante o pré-natal, para que a gestante tenha o diagnóstico precoce e seja tratada de forma adequada. Objetivo: Analisar os casos de sífilis gestacional e congênita da XII Gerência Regional de Saúde de Pernambuco, no período de 2017 a 2021. Método: Trata-se de estudo inferencial, transversal e documental, realizado a partir de dados secundários da ficha de notificação de sífilis na gestação e sífilis congênita, da Declaração de Nascido Vivo e da Declaração de Óbito, provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informação sobre Mortalidade. A pesquisa foi realizada na XII Gerência Regional de Saúde de Pernambuco, no período de 2017 a 2021. Utilizou-se a técnica de linkage entre os sistemas, a fim de fornecer um registro único para cada caso. Os dados foram exportados, tabulados e unificados através do programa Microsoft Office Excel e a planilha resultante foi exportada para o SPSS. O estudo foi submetido à aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A taxa de detecção da sífilis na gestação foi 17,42 casos /1.000 nascidos vivos e a taxa de incidência de sífilis congênita foi de 9,47 casos/1.000 nascidos vivos. Verificou-se que a maioria das mulheres notificadas com sífilis na gestação tem idade entre 19 e 34 anos (62,9%), raça não branca (90,1%), com menos de oito anos de escolaridade (85,0%) e ocupação do lar (58,1%). No que compete às características reprodutivas e de acesso a serviços de saúde, a maioria não teve perdas fetais anteriores (73,7%), são multíparas (72,2%), tiveram acesso a pré-natal na gestação (95,2%), com número de consultas igual ou maior que sete (65,3%). As variáveis que se mostraram associadas à ocorrência de sífilis congênita foram: número de consultas pré-natal (p=0,010); tratamento da gestante (p=0,002), peso do RN (p=0,013) e malformação (p=0,047). Para o tratamento da gestante com sífilis, a variável que se mostrou associada à realização do mesmo foi a escolaridade materna (p=0,019). Conclusões: A XII GERES possui taxa de detecção de sífilis na gestação e de incidência de sífilis congênita muito acima do preconizado, com indicadores maiores que a taxa nacional. As informações obtidas serão capazes de subsidiar a elaboração de ações estratégicas em saúde que visem à diminuição dos impactos causados pela sífilis gestacional e congênita, contribuindo para melhorar a assistência pré-natal e consequentemente reduzir os casos de sífilis congênita.
  • MATEUS OSORIO DA SILVA
  • A COMUNICAÇÃO EM CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DA CIDADE DE JOÃO PESSOA
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • Os sistemas universais de saúde, destacados como conquistas fundamentais do século XX, tiveram no Brasil a inclusão da democratização da saúde por meio do Movimento da Reforma Sanitária e da criação do Sistema Único de Saúde (SUS). As redes de atenção à saúde, organizações interligadas, visam objetivos comuns de forma cooperativa. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) foi estabelecida para organizar os serviços de saúde mental, enquanto os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), importante ponto da rede, devem alinhar-se para superar o modelo manicomial, representando espaços de cuidado, favorecendo a autonomia e reinserção dos usuários nos territórios. Objetivo: Avaliar as estratégias de comunicação nos Centros de Atenção Psicossocial na cidade de João Pessoa. Métodos: Método qualitativo, através de entrevista não-padronizada e focalizada. Resumo - Os sistemas universais de saúde, destacados como conquistas fundamentais do século XX, tiveram no Brasil a inclusão da democratização da saúde por meio do Movimento da Reforma Sanitária e da criação do Sistema Único de Saúde (SUS). As redes de atenção à saúde, organizações interligadas, visam objetivos comuns de forma cooperativa. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) foi estabelecida para organizar os serviços de saúde mental, enquanto os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), importante ponto da rede, devem alinhar-se para superar o modelo manicomial, representando espaços de cuidado, favorecendo a autonomia e reinserção dos usuários nos territórios. Objetivo: Avaliar as estratégias de comunicação nos Centros de Atenção Psicossocial na cidade de João Pessoa. Métodos: Método qualitativo, através de entrevista não-padronizada e focalizada. O cenário de investigação foi situado na cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba. Para a realização da pesquisa, foram entrevistados os seguintes atores: o gestor e cinco trabalhadores de nível superior de cada um dos centros de Atenção Psicossocial do município de João Pessoa. A amostragem do estudo se deu através da saturação teórica. Os dados foram analisados através do método da Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados e Discussão: O estudo identificou a percepção dos profissionais sobre a importância da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e seu impacto na transformação do paradigma assistencial em saúde mental. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) foram reconhecidos como pontos essenciais na produção de cuidados por equipes interprofissionais, integrando-se longitudinalmente com outros dispositivos da RAPS. No que diz respeito à comunicação nos CAPS, foram identificadas formas formais, como reuniões de equipe e matriciamento, e informais, como o uso de prontuários, livros de ocorrência e comunicação não verbal. Estratégias informais incluíram ligação por telefone, diálogos não oficiais e o uso de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) por meio de aplicativos de mensagens. Contudo, foram observadas fragilidades, como dificuldades na compreensão da Política Nacional de Redução de Danos e desconhecimento de alguns profissionais e serviços em relação aos papéis específicos de cada dispositivo na RAPS. Considerações Finais: O estudo revelou que os profissionais compreendem o papel da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) na saúde mental, destacando a importância dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) como pontos integrados na rede. A comunicação, tanto formal quanto informal, foi considerada crucial para o cuidado longitudinal, embora desafios, como a polarização entre "proibicionismo" e Política de Redução de Danos, tenham sido identificados. Recomendações incluem investimentos em Educação Permanente, capacitações sobre prontuários e fortalecimento da Política Nacional de Redução de Danos na RAPS.
  • DANIELA LOPES LIMA
  • Efetividade da Acupuntura e Laserterapia em Lactantes com Dor Mamária: ensaio clínico randomizado
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 10:00
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  • A amamentação é fundamental para a mulher e seu filho, sendo recomendado pelo Ministério da Saúde o aleitamento materno exclusivo (AME) até os 6 meses. A dor mamária é um problema frequente nos primeiros dias do puerpério e pode contribuir com o desmame precoce. A Laserterapia e Laser Acupuntura, esta última fomentada pela política nacional de práticas integrativas e complementares, estão entre as novas opções não-farmacológicas para o cuidado a dor mamária. Entretanto ainda existem poucas evidências e experiências no uso dessas práticas individuais e associadas. Objetivos Avaliar a efetividade da laserterapia e laser acupuntura associada ao aconselhamento em amamentação à lactantes com dor nas mamas, para a redução da dor e apoio a manutenção doAME. Metodologia A pesquisa se dividiu em duas etapas. A primeira etapa consistiu em realizar uma revisão sistemática da literatura buscando evidências sem limites de tempo para identificar estudos clínicos que envolvam Laserterapia e Acupuntura no desfecho de redução da dor mamária. Foi realizada a busca no Pubmed, no LILACS, IBECS e BDENF através da Biblioteca Virtual em Saúde, e Scielo utilizando descritores orientados pela metodologia Prisma. A segunda etapa foi um ensaio clínico randomizado realizado em 165 puérperas em uma maternidade de referência para o cuidado humanizado na Paraíba. As mulheres foram, alocadas em Grupo Controle (GC), 82, Grupo Intervenção (GI), 83. As puérperas do GC recebam o aconselhamento para amamentação em atendimento realizado ainda durante a internação na maternidade. As mulheres do GI receberamas mesmas orientações do GC associado a laserterapia local nas mamas e a laser acupuntura. Resultados A pesquisa trouxe luz as evidências associadas a Laserterapia e Laser Acupuntura sendo sistematizada em dois artigos. O primeiro artigo é a revisão sistemática que encontrou três estudos sobre a laserterapia e em cinco estudos sobre a acupuntura. Os resultados dessa revisão sistemática encontraram uma evidência pequena de quea acupuntura e a utilização da laserterapia podem trazer benefícios para a redução de dores mamárias e melhoria na adesão a amamentação. O segundo artigo é sobre o ensaio clínico identificou que a Laserterapia e Laser Acupuntura está relacionada a melhora da média da dor, com um efeito maior no grupo intervenção. A quantidade de mulheres que melhoraram da dor mamária foi de 66,27% no GI e 40,96% no GC com um 1,618 de risco relativo e um número necessário para tratar de 4. Não houveram diferenças entre os grupos nos desfechos secundários. Considerações Finais A Laserterapia e acupuntura tem tido boas evidências no ensaio clínico na melhoria da dor para amamentar. O ensaio clínico não encontrou diferenças na melhora do aleitamento materno, sendo um resultado discordante com um dos estudos da revisão sistemática, porém com metodologia diferentes. Recomenda-se que essas terapias possam ter sua incorporação avaliada nos serviços de saúde, pelo benefício já encontrado, mas são necessários novos estudos para ampliar as evidências sobre a manutenção da amamentação e o aleitamento materno exclusivo.
  • JOSE FELIX DE BRITO JUNIOR
  • GESTÃO MUNICIPAL DA APS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NO ESTADO DA PARAÍBA
  • Orientador : ANDRE LUIS BONIFACIO DE CARVALHO
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 08:00
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  • A pandemia de Covid-19 corroborou para a necessidade de fortalecimento da Atenção Primária em Saúde (APS). A realização deste estudo tem como propósito compreender como os/as gestores/as municipais gerenciaram as ações na APS e seus desafios durante a pandemia de Covid-19 nos municípios paraibanos. É um estudo transversal exploratório de caráter descritivo e analítico. Os resultados aqui apresentados consistem do levantamento de dados primários, coletados por meio de um questionário, através de um survey eletrônico, aplicado entre os meses de agosto de 2023 a janeiro de 2024. O público alvo foram os/as secretários/as e coordenadores/as da APS, atuantes na gestão de municípios paraibanos. O recorte apresentado neste estudo contou com 222 respondentes de 222 municípios do estado da Paraíba, apenas um município optou por não participar. Dos resultados dos respondentes há expressiva maioria mulheres, com faixa etária de 29 a 39 anos. Em relação a raça/cor/etnia grande parte se autodeclararam pardas e brancas. Em relação a titularidade acadêmica, mais da metade declarou possuir especialização completa e verificouse uma forte concentração de profissionais da enfermagem, a maioria dos/as participantes eram Coordenadores/as da APS. Quanto às medidas adotadas pela gestão municipal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, os/as respondentes afirmaram que houve a ampliação da rotina de desinfecção dos estabelecimentos da gestão municipal (além do serviços de saúde), o fornecimento de meios de higienização das mãos em estabelecimentos e espaços públicos e a obrigatoriedade do uso de máscaras em lugares públicos, comerciais e em transportes; a realização de testagem para Covid-19 na população em geral; distribuição de máscaras para população em geral; realização da desinfecção de ruas e lugares públicos e a elaboração de Plano de Contingenciamento. Diante dos dados coletados verifica-se o desafio da APS como coordenadora do cuidado e ordenadora dos Serviços das Redes de Atenção à Saúde (RAS) impactando fortemente o cotidiano de gestores/as durante a pandemia de Covid19. Observa-se a importância da articulação entre SES-PB, COSEMS-PB e Ministério da Saúde como atores importantes no apoio da gestão municipal da APS em situações de crise sanitária. Conclui-se que APS nos municípios paraibanos atuou fortemente nas demandas centradas na Covid-19 no período da pandemia. Os principais desafios de gestores/as da APS estão relacionados com a implementação dos atributos da APS como coordenadora do cuidado e ordenadora das RAS. Estes desafios apontam para possíveis recomendações que poderão contribuir em uma abordagem centrada em medidas de prevenção comunitárias como melhor caminho para efetivo combate a pandemias futuras.
  • MARCOS ANDRE AZEVEDO DA SILVA
  • PREVALÊNCIA DE ANSIEDADE EM ESTUDANTES DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB).
  • Data: 27/02/2024
  • Hora: 10:00
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  • É crescente a prevalência de ansiedade na população em geral. Entre os motivos, têm-se as aceleradas mudanças nos padrões sociais e as altas exigências/expectativas depositadas em cada etapa de vida, principalmente na juventude. Dentre os ambientes entendidos como estressores, tem-se a universidade, que ao tempo que constrói uma carreira, predispõe ao medo, estresse e ansiedade. Assim, discussões acerca da saúde mental em universitários têm se destacado nos últimos anos. Estudos de prevalência apontam que universitários têm quatros vezes mais chances de adquirirem problemáticas mentais, principalmente os alunos do curso de medicina, que o caracterizam como complexo e carreado de fatores físicos e emocionais, que predispõe ao maior estresse e ansiedade, em relação aos demais cursos de graduação. Nessa perspectiva, o presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura acerca da prevalência de ansiedade nos estudantes da saúde e identificar a prevalência e os fatores associados à ansiedade nos estudantes do curso de medicina da UFPB. O percurso metodológico seguiu duas estratégias: capítulo 01 e capítulo 02. O capítulo 01 trata-se de uma revisão sistemática da literatura produzida nos últimos 10 anos, em torno da questão: “qual a prevalência de ansiedade em estudantes de graduação da área da saúde?”. As evidências indicaram uma prevalência significativa de ansiedade em estudantes de graduação na área da saúde, porém, não foi possível identificar uma amostragem considerável de prevalência de ansiedade em todos os cursos, havendo polarização de estudos para o curso de medicina. O capítulo 2 trata-se de um estudo de prevalência, transversal, quantitativo, realizado com os alunos do curso de medicina do Centro de Ciências Médicas (CCM) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com o objetivo de avaliar a prevalência de ansiedade traço, realizado entre as datas de 08 de outubro de 2022 e 15 de outubro de 2022, por meio do Inventário de Ansiedade Traço (IDATE). Para a análise dos dados utilizou-se o teste Qui-quadrado de Person para a verificação da significância das variáveis e o teste de regressão de Poisson Robusto para a determinação da razão de prevalência entre as variáveis significativas e à ansiedade. Os resultados apontaram que a maioria dos estudantes (62,5%) apresentou ansiedade, sendo superior a prevalência da população geral. A alta taxa de prevalência de ansiedade nos universitários sinaliza para a necessidade de criação de medidas institucionais que objetivem identificar e controlar o adoecimento mental dos estudantes.
  • ALLANNA STEPHANY CORDEIRO DE OLIVEIRA
  • USO DE TERAPIA FLORAL PARA ANSIEDADE EM ESTUDANTES DE MEDICINA: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
  • Data: 27/02/2024
  • Hora: 08:00
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  • A ansiedade é a resposta natural do nosso corpo, e seu comportamento é relevante para os distúrbios psicossomáticos. Diante da problemática, o tratamento para transtornos de ansiedade continua a vir de diferentes maneiras. Uma abordagem de compromisso inclui uma ou mais intervenções psicofarmacológicas, como ansiolíticos e/ou psicoterapia. Há uma demanda crescente por terapias alternativas devido aos efeitos colaterais induzidos por drogas e dependência química, além de psicoterapia complementar, o Brasil tem introduzido gradativamente práticas complementares por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui práticas complementares de qualidade, segurança e eficácia, levando em consideração a aprovação da prática pela sociedade. A terapia floral é um complemento ideal para qualquer tratamento que busque equilibrar as emoções do paciente, ou seja, tratamento baseado no princípio de que a mente produz doença. Sendo assim, o estudo objetivou analisar os efeitos da terapia floral na ansiedade e qualidade de vida dos estudantes da área da saúde. No qual, foi desenvolvida duas pesquisa, primeiramente uma revisão sistemática para compreender os benefícios da terapia floral em indivíduos com ansiedade, sendo selecionado 7 ensaios clínicos randomizados que relatavam a utilização da terapia floral, com a média de idade de sua amostra entre 22,1-40,5 anos, e com grupos entre 29-102 participantes, os objetivos possuíam pontos em comum que se tratava de analisar a ansiedade ou estresse, contudo, a população foi diversificada: estudantes, docentes, mulheres em trabalho de parto e indivíduos em geral. Nos estudos foi possível observar que os florais, diminuíram o estresse, auxiliando a alcançarem bem-estar psicológico e físico, promoveu a capacidade de cada participante olhar para si, e encontrar o equilíbrio com o seu eu, características estas que auxiliou no autocontrole e encorajamento, destrinchando crenças limitadoras, permitindo identificarem as diferenças na exaustão mental e física. A segunda pesquisa trata -se de um ensaio clínico randomizado duplo cego, placebo-controlado, de 4 semanas. A pesquisa ocorreu na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), entre outubro e dezembro de 2022. Foram elegíveis e inclusos os estudantes de ambos os sexos, com idade mínima de 18 anos a 59 anos, matriculados do primeiro ao quarto ano do curso de Medicina da UFPB. A coleta de dados foi realizada a partir de questionários pré e pós teste, com escalas que trabalhavam as temáticas da pesquisa. As informações obtidas por meio dos instrumentos foram tratadas no programa estatístico SPSS® Statistics versão 25.0, com nível de significância de 5% para todas as variáveis. A pesquisa contou com 90 participantes, sendo em sua maioria do sexo feminino da raça branca no grupo intervenção e parda/preta no grupo placebo, os resultados mostraram que a terapia floral é eficaz na diminuição da ansiedade, como também no aumento da qualidade de vida nos aspectos físicos, psicológicos, relações sociais e meio ambiente. Assim, conclui-se que a terapia floral pode ser benéfica para estudantes que possuem ansiedade, de modo a auxiliá-los no melhoramento de suas atividades diárias.
  • WANDRESOM INACIO MARTINS
  • GOVERNANÇA DO SUS: ANÁLISE DO PERFIL DAS COMISSÕES INTERGESTORES REGIONAIS DO NORDESTE.
  • Data: 23/02/2024
  • Hora: 18:00
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  • As CIR são constituídas como um espaço de governança do SUS apresentando forte poder de articulação para construção de estratégias que vislumbrem a superação de obstáculos impostos no processo de regionalização. Sendo assim, configuram-se como espaços regionais e instâncias de cogestão fortalecendo o processo de planejamento, pactuações e negociação, resultando em um espaço de decisões e preenchendo a lacuna da governança nas regiões de saúde. A governança territorial facilita a organização das ações e serviços de saúde executados pelos municípios, estados e regiões a partir de interesses coletivos de forma cooperativa entre os diversos atores com envolvimento em conjunto nos campos sociais, econômicos e institucionais. Sendo assim, o presente estudo justifica-se por sua importância para a gestão em saúde, pois a governança com descentralização e a regionalização são dimensões fundamentais do SUS, enquanto campos abertos a reflexões, tais processos devem ser fortalecidos em um sistema de governança com maior poder decisório e assertivo nas demandas regionais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritivo-exploratório, a partir de dados secundários provenientes da “Pesquisa Nacional das Comissões Intergestores Regionais (CIR)”, tendo como participantes os 133 gestores regionais do SUS. Os dados foram coletados através de questionário eletrônico on-line direcionado aos presidentes, coordenadores e/ou diretores das CIR, entre os anos de 2017 e 2018. Os resultados do estudo mostram que as CIR são representadas em sua maioria por mulheres, com formação na enfermagem e exercendo a função de gestor regional em primeiro mandato. Quanto ao processo de implantação os gestores participam do processo de implantação das CIR e isso se deu por ato legal da CIB com adesão imediata e completa dos municípios das regiões de saúde. Com relação ainda ao processo de implantação, vislumbra-se que a iniciativa, condução e espaço de condução deram-se pelo colegiado de gestão regional e secretarias estaduais de saúde. A respeito da organização políticainstitucional, os dados demonstraram que as pautas das reuniões mais frequentes são pelas solicitações municipais e decisões da CIB e que as discussões acontecem com maior frequência com temas voltados para adesão de políticas públicas e pactuação de fluxos. Considerando as discussões levantadas, compreende-se que a estruturação das CIR ainda é incipiente, com dependência de espaços estaduais, demonstrando-se um enfraquecimento da descentralização e ausência de espaços fixos e exclusivos das CIR. No tocante ao financiamento, foi evidenciado que inexiste aporte de recursos federais para essas comissões e que em sua grande maioria não possui alocação orçamentaria de recursos para custear as despesas dessas comissões, inviabilizando muitas vezes o planejamento e fragilizando o funcionamento das CIR.
2023
Descrição
  • SERGIA LANDARA BEZERRA SOARES
  • AVALIAÇAO A EFETIVIDADE DAS PRÁTICAS COTIDIANAS DESENVOLVIDAS PELOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA-PB A PARTIR DA PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS.
  • Data: 21/12/2023
  • Hora: 16:00
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  • No Brasil, diferentes modelos assistenciais em saúde mental são encontrados no decorrer de sua história Com os desdobramentos da reforma psiquiátrica brasileira, e as consequentes transformações das práticas do modelo de cuidado em saúde mental, surgem os Centros de Atenção Psicossocial, que através da Portaria/GM no336, foram reestruturados e organizados. Os CAPS são serviços que possuem atenção diária em saúde mental, seguindo os princípios fundamentais da articulação entre saúde mental e atenção básica: promoção da saúde; acolhimento, vínculo e responsabilização; integralidade; intersetorialidade; multiprofissionalidade; organização da atenção à saúde em rede; desinstitucionalização; reabilitação psicossocial; participação da comunidade; promoção da cidadania dos usuários. Os CAPS trabalham com equipe multiprofissional que promovem diversas atividades, tanto em grupo como individuais, como: oficinas terapêuticas e de criação, atividades físicas, atividades lúdicas, arte-terapia; além da medicação. Nestes serviços, a família é considerada como parte fundamental do tratamento, tendo atendimento específico (grupal ou individual) e livre acesso ao serviço, sempre que se fizer necessário. Há uma falta de pesquisas publicadas sobre avaliações e caracterizações dos serviços de saúde mental, pois existem alguns obstáculos que interferem nesse processo de avaliação dos serviços de saúde mental, que são: a falta de concordância por parte da administração pública sobre a avaliação de programas e projetos; a falta de consenso sobre um modelo avaliativo que defina e preconize a forma de funcionamento dos serviços de saúde mental; e a falta de indicadores capazes de quantificar e/ou qualificar os serviços de saúde mental. O processo avaliativo dentro desses serviços torna-se um importante instrumento capaz potencializar a assistência, minimizar ou solucionar problemas, verificar a capacidade de resolubilidade, e ainda, aferir as perspectivas dos diferentes atores dos serviços (usuários, familiares, profissionais etc.). Esse estudo objetiva avaliar a efetividade das práticas cotidianas desenvolvidas pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Município de João Pessoa, de acordo com a política de saúde mental vigente. Trata-se de um estudo de avaliação de serviços de saúde, que se utiliza de abordagem quantitativa. A amostra foi composta por profissionais vinculados aos Centros de Atenção Psicossocial do Município de João Pessoa, Paraíba, quais sejam: CAPS AD Jovem Cidadão, CAPS III Gutemberg Botelho, CAPS III Caminhar e CAPS AD III David Capristiano. Foi administrado o instrumento de coleta de dados “Avalia CAPS”, em sua versão para profissionais, contando com 38 questões, que avaliam as dimensões da autonomia, integralidade e intersetorialidade. Os dados serão avaliados por meio de estatística descritiva, com a apresentação de médias e desvios-padrão para as variáveis numéricas, e frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas. Com esse estudo, esperamos contribuir para a melhor compreensão do funcionamento dos serviços de saúde mental, possibilitando reflexões e melhorias no cuidado, nas políticas públicas e nos serviços prestados pelos CAPS da cidade de João Pessoa.
  • LIVIA MARIA TAVARES MIRANDA
  • ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE CUIDADO A PARTIR DE INDICADORES DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL I DO SEMIÁRIDO PARAIBANO
  • Data: 21/12/2023
  • Hora: 09:00
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  • Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) se destacam como integrantes importantes da Rede de Atenção Psicossocial, sendo vistos como organizadores da Rede de Atenção em Saúde Mental, tendo sua assistência prestada integralmente para indivíduos em sofrimento psíquico grave e persistente. Os processos avaliativos adquiriram função política por meio da reformulação do modelo assistencial, servindo como instrumento de potencialização das práticas substitutivas ao modelo hospitalocêntrico. Dessa forma, a dissertação tem como objetivo geral analisar as práticas de cuidado e processo de trabalho no CAPS do município de Queimadas-PB, por meio de indicadores de avaliação e monitoramento. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, de abordagem quantitativa, no qual foram analisados o uso de 16 indicadores de monitoramento, avaliação e gestão do CAPS, subdivididos em oito temas: Atenção a Situação de Crise, Qualificação dos Atendimentos Grupais, Trabalho em Rede, Gestão do CAPS, Educação Permanente, Singularização da Atenção, Uso da Medicação, Atenção às Pessoas com Deficiência Intelectual, com recorte temporal ano de 2022. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, através do programa excel, com medidas de tendência central e de dispersão. Os resultados do estudo evidenciam o comprometimento contínuo da equipe em qualificar suas práticas nos grupos terapêuticos, um expressivo percentual de 75% dos usuários está integrado à SRT, apresentando Deficiência Intelectual (DI). Dentre as fragilidades identificadas, destacam-se o alto número de encaminhamentos a emergência psiquiátrica de usuários durante situações de crise, a participação limitada de familiares nos grupos destinados a eles, a ausência de supervisão clínico-institucional, uma elevada carga de casos por profissional de referência, a formulação e revisão de Projetos Terapêuticos Singulares e o trabalho intersetorial ocorrendo de maneira insuficiente e limitada. Conclui-se que a efetiva aplicação dos indicadores elaborados pode promover o fortalecimento da cultura avaliativa, aprimorando tanto os CAPS quanto os próprios instrumentos de avaliação. Mais do que permitir a comparação com distintas realidades, essa cultura avaliativa pode contribuir diretamente para a qualificação contínua dos serviços.
  • ACAAHI CEJA DE PAULA DA COSTA
  • ANÁLISE DA FISCALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE PELOS CONSELHEIROS DOS MUNICÍPIOS DA PLANÍCIE LITORÂNEA DO
  • Data: 20/12/2023
  • Hora: 14:00
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  • Os conselhos de saúde têm importância fundamental no processo participativo nas elaborações das políticas públicas e fiscalizações das ações de saúde. Neste sentido, este estudo intitulado “Análise da Fiscalização da Execução das Ações de Saúde pelos Conselheiros dos Municípios da Planície Litorânea do Piauí: Registros e Percepções” tem como pergunta norteadora como os membros dos Conselhos de Saúde da Planície Litorânea (PI) exercem o papel de fiscalização da efetivação das ações de saúde de seus respectivos municípios? Dessa forma, um dos objetivos é analisar como os conselhos municipais de saúde da Planície Litorânea (PI) exercem o papel de fiscalização na execução das ações de saúde de seus respectivos municípios. Para atingi-lo, utilizou-se como percurso metodológico uma pesquisa de campo cujo corpus foi composto por seis entrevistas guiadas por um roteiro semiestruturado aplicado aos conselheiros de saúde dos municípios da Planície Litorânea – PI. Para a análise das entrevistas, pautou-se na análise do discurso de Michel Pêcheux considerando as categorias de discurso, posição-sujeito, interdiscurso, condições de produção. Além disso, além da pesquisa de campo, utilizou-se também a pesquisa documental para acrescentar elementos para a análise das entrevistas. Dentre os resultados, destacam-se casos de conselheiros representantes dos usuários, mas que são indicados pela gestão; os conselheiros não percebem efetividade na atuação enquanto fiscalizadores; os instrumentos de gestão como o Plano Municipal de Saúde (PMS), Programação Anual de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Gestão (RAG) não são de conhecimento dos conselheiros e o instrumento de fiscalização usado é o livro balancete-contábil; todos os entrevistados solicitaram "capacitações"; relataram que não sentem proximidade com o conselho estadual e nacional de saúde.
  • CICERA SUÊNIA SOARES MANGUEIRA
  • O CUIDADO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SOB O OLHAR DE UMA COMUNIDADE CIGANA CALON EM SOUSA-PB
  • Data: 19/12/2023
  • Hora: 14:00
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  • Os serviços de saúde devem garantir a equidade de acesso para que todos os povos e comunidades, independente de etnia, cultura e estrato socioeconômico, minimizando as iniquidades e vulnerabilidades. No Brasil, as políticas públicas para comunidades e povos tradicionais são ignoradas ou dadas como inexistentes quanto aos seus direitos de acesso as práticas de saúde. Entre esses grupos minoritários, os povos de etnias ciganas são marginalizados quantos aos seus direitos de assistência à saúde, sendo a Atenção Primária à Saúde o serviço de primeiro contato e de atenção cuidado a saúde desses povos. No Brasil, os ciganos se dividem em três etnias diferentes: os Rom, os Sinti e os Calons, em que estão distribuídos por todo território nacional. O município de Sousa, no sertão da Paraíba, se destaca por possuir a maior comunidade com residência fixa de povos cigano na América Latina. O presente estudo teve como objetivo compreender a percepção dos moradores da comunidade cigana Calon de Pedro Maia, sobre o cuidado na Atenção Primária à Saúde. Tratou-se de uma pesquisa exploratória, descritiva com Resumo: Os serviços de saúde devem garantir a equidade de acesso para que todos os povos e comunidades, independente de etnia, cultura e estrato socioeconômico, minimizando as iniquidades e vulnerabilidades. No Brasil, as políticas públicas para comunidades e povos tradicionais são ignoradas ou dadas como inexistentes quanto aos seus direitos de acesso as práticas de saúde. Entre esses grupos minoritários, os povos de etnias ciganas são marginalizados quantos aos seus direitos de assistência à saúde, sendo a Atenção Primária à Saúde o serviço de primeiro contato e de atenção cuidado a saúde desses povos. No Brasil, os ciganos se dividem em três etnias diferentes: os Rom, os Sinti e os Calons, em que estão distribuídos por todo território nacional. O município de Sousa, no sertão da Paraíba, se destaca por possuir a maior comunidade com residência fixa de povos cigano na América Latina. O presente estudo teve como objetivo compreender a percepção dos moradores da comunidade cigana Calon de Pedro Maia, sobre o cuidado na Atenção Primária à Saúde. Tratou-se de uma pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa, desenvolvida na comunidade cigana Calon de Pedro Maia localizada no município de Sousa-PB. A entrevista foi realizada de junho a julho de 2023, com a participação de 15 ciganos Calons. As entrevistas foram transcritas e analisadas pela Técnica de Análise de Conteúdo de Bardin.Os resultados foram trabalhados em seis categorias temáticas, cujo foco central foi o cuidar da saúde do população cigana no contexto da Atenção Primária à Saúde. Evidenciou-se que o cuidar no olhar da população cigana está relacionada ao cuidado coletivo do ser e sua relação com a natureza, garantida mediante tradição cultural repassada entre as famílias, sendo essa uma importante forma de preservação da identidade desse povo. A assistência à saúde aos povos ciganos ainda é frágil. Desrespeito a cultura e singularidades, discriminação e falta de execução de políticas públicas relacionadas as questões ambientais e estruturais, como saneamento básico, habitação, educação são a cerne do adoecimento entre essa população.A atenção à saúde oferecida pela Atenção Primária local ainda é fragilizada e precisa ser reorganizada para ofertar uma assistência integral, com equidade e respeito as singularidade s da população cigana.
  • NAYARA PEREIRA LIMÃO
  • Estrutura, organização e acesso aos serviços de saúde bucal ofertados na Atenção Básica no estado da Paraíba segundo porte populacional dos municípios: análise a partir do 3º ciclo do PMAQ-AB.
  • Data: 19/12/2023
  • Hora: 10:30
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  • Resumo Sabe-se que processo de avaliação e monitoramento das ações e serviços de saúde é imprescindível para o enriquecimento da Atenção Básica. Sendo assim, avaliação dos serviços estrutura-se como uma ferramenta que auxilia a gestão, quanto organização dos serviços, contribuindo para a tomada de decisão em saúde. Na perspectiva da avaliação dos serviços de saúde no Brasil, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ- AB), com o objetivo de atuar na melhoria da qualidade do atendimento em saúde e no aumento da oferta desses serviços. O programa foi iniciado em 2011 teve seu término em 2019, onde foram realizados três ciclos. O presente estudo, de caráter observacional, analítico e transversal, de base secundária, objetiva analisar se a estrutura da unidade de saúde e a organização da equipe de saúde bucal influenciam no acesso à atenção odontológica ofertada na Atenção Básica na Paraíba, considerando o porte populacional dos municípios, segundo os dados do 3° ciclo de avaliação externa do PMAQ-AB. Para este estudo, utilizou-se o Módulo III - (Entrevista com o usuário na Unidade Básica de Saúde), que visa verificar a percepção dos usuários, no que compete ao acesso e utilização dos serviços de saúde; o Módulo V- (Observação na unidade básica de Saúde), a fim de analisar variáveis relacionadas a condições de infraestrutura da unidade e o Módulo VI (Entrevista com o profissional da Equipe de Saúde Bucal e verificação dos documentos na Unidade Básica de Saúde), para analisar variáveis relacionadas à organização dos serviços de saúde bucal. A variável desfecho empregada foi “acesso ao serviço odontológico” (marcação para atendimento com o dentista na unidade de saúde). Observou-se que a maioria dos usuários da atenção básica da Paraíba conseguem marcar atendimento com o dentista, sendo o maior percentual encontrado para os usuários /residentes em municípios de pequeno porte I - 98,1%. Quanto as quanto às características estruturais e ambiência da UBS, verificou-se que a maioria dos consultórios odontológicos dispõem de boa ventilação ou climatização, apresentam uma boa iluminação (natural ou artificial) e possuem ambientes em condições adequadas, do ponto de vista da acústica, para todos os portes populacionais. Será realizado modelo de regressão logística fim de determinar a influência da estrutura da unidade de saúde e a organização da equipe de saúde bucal influenciam no acesso à atenção odontológica ofertada na Atenção Básica na Paraíba, considerando o porte populacional dos municípios.
  • ANTARES SILVEIRA SANTOS
  • A Prática Interprofissional na Estratégia Saúde da Família: percepções e atitudes de profissionais em município de grande porte do interior nordestino.
  • Data: 15/12/2023
  • Hora: 14:00
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  • A Colaboração Interprofissional (CI) é considerada uma estratégia para modificar as práticas dos serviços de saúde, sendo importante reconhecer como ela está ocorrendo nesses espaços. O objetivo deste estudo é avaliar o processo de Colaboração Interprofissional dos profissionais da saúde no contexto da Estratégia Saúde da Família (ESF) no município de Campina Grande – PB. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico realizado com a Escala de Avaliação da Colaboração Interprofissional em Equipe II (AITCS II). Esse instrumento é composto por 23 itens distribuídos em 3 dimensões: Parceria, Cooperação e Coordenação. As pontuações das dimensões foram calculadas a partir das médias das questões e o escore médio da AITCS II a partir da média das 3 dimensões. As médias foram classificadas em boa colaboração, avançando em direção à colaboração e necessidade de foco no desenvolvimento de práticas colaborativas. Inicialmente, foi realizado um estudo piloto para avaliar preliminarmente o cenário de pesquisa a partir da distribuição das frequências de resposta e cálculo de medidas de tendência central e de variabilidade segundo categorias profissionais e tempo de inserção do profissional na equipe. Em seguida, foi realizada a coleta dos dados finais, os quais foram analisados a partir dos testes Kruskal Wallis e Mann-Whitney para avaliar a CI segundo sexo, faixa-etária, categorias profissionais, tempo de prática profissional e tempo de inserção na equipe atual, com nível de significância fixado em 5%. As análises foram realizadas através do software SPSS 20.0. No estudo piloto, participaram 30 profissionais médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde (ACS). A partir dele, observou-se o escore médio da AITCS II avançando à colaboração, com fragilidades principalmente nos quesitos relacionados à coordenação. Também, houve diferenças nas distribuições de respostas entre as categorias profissionais e entre tempos de inserção na equipe atual. No estudo final, participaram 153 profissionais médicos, enfermeiros, ACS e cirurgiões-dentistas. A partir dele, reforçou-se a dimensão coordenação percebida como estando caminhando para a colaboração, porém sendo mais positiva entre aqueles com maior faixa-etária (p = 0,017), menor titulação (p<0,001) e maior tempo de inserção na equipe (p = 0,034), e com os cirurgiões-dentistas avaliando mais negativamente essa dimensão (p=0,05). A dimensão Cooperação também foi percebida como estando caminhando para a colaboração, sem associações significativas com as variáveis, enquanto a Parceria foi avaliada com boa colaboração, tendo menor pontuação entre aqueles com menor titulação (p=0,024). Assim, conclui-se que há diferenças quanto a percepção das atitudes colaborativas nos serviços de saúde entre categorias profissionais, faixa-etária, titulação e tempo de inserção na equipe atual, apontando necessidade de aprimoramento principalmente nos itens relacionados à coordenação.
  • MICHELLE GRACE FLORENTINO MAIA
  • ANÁLISE DA PRODUÇÃO DO CUIDADO NOS CAPS DE JOÃO PESSOA A PARTIR DE INDICADORES DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
  • Data: 15/12/2023
  • Hora: 14:00
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  • A Reforma Psiquiátrica no Brasil tem promovido uma mudança significativa na assistência à saúde mental, priorizando a desospitalização e a atenção comunitária, tornando os centros de atenção psicossocial (CAPS) fundamentais nesse novo modelo de cuidado. Os CAPS são serviços abertos de base comunitária que atuam sob a perspectiva do modelo de atenção psicossocial. Neste, o objeto de trabalho não é a doença e sim o sujeito em sofrimento psíquico, considerando sua constituição política, histórica e sociocultural, elegendo o território como espaço de produção do cuidado, através de redes intersetoriais, sociais e de apoio. Tendo em vista a importância dos CAPS no contexto da efetivação do modelo de atenção psicossocial e considerando a avaliação de serviços como elemento fundamental do planejamento e gestão do SUS, este trabalho tem como objetivo analisar a produção do cuidado nos CAPS III da cidade de João Pessoa-PB. Trata-se de estudo descritivo de abordagem quantitativa baseado em análise documental. Foram incluídos no estudo o CAPS Caminhar, CAPS Gutemberg Botelho e CAPS AD Jovem Cidadão. A coleta de dados ocorreu entre dezembro de 2022 a abril de 2023 com recorte temporal de julho a dezembro de 2022. Foram analisados 2.664 prontuários, oito livros de plantão da enfermagem, sete livros de plantão de equipe multiprofissional, dois livros de atividades coletivas, cinco livros de reunião de equipe, um livro de encaminhamentos para outros serviços e um livro de admissão. Foram selecionados 16 indicadores de saúde mental elaborados em pesquisa participativa com trabalhadores e gestores de CAPS III da região Sudeste. Os indicadores possuem metodologia de cálculo por razão, analisando oito dimensões da atenção psicossocial com abrangência temporal mensal, trimestral, semestral ou anual. A análise dos dados foi realizada pelo programa Excel, através de estatística descritiva, apresentando-se os resultados sob a forma de frequência relativa (medianas, mínima e máxima). Os resultados evidenciam a capacidade dos serviços de responder localmente às situações de crise com baixo percentual de encaminhamentos às urgências psiquiátricas (4,8%); o compromisso da equipe em qualificar continuamente suas práticas grupais acontece de maneira relativamente exitosa (40,1%). A formulação (20,9%), revisão de projetos terapêuticos singulares (6,6%) e o trabalho intersetorial (5,5%) acontecem nos serviços, porém de maneira insuficiente e limitada. Entre as fragilidades identificadas estão a inexistência de supervisão clínico-institucional, baixa participação de familiares nos grupos de família (0,9%) e ofertas terapêuticas insuficientes aos familiares de usuários durante a situação de crise (6,3%). Os indicadores de adesão do usuário à medicação, inserção do usuário com deficiência intelectual e participação dos gestores foram inviáveis de serem analisados. Conclui-se que os CAPS atuam na perspectiva do paradigma psicossocial apresentando algumas limitações, e que o conjunto de indicadores de saúde mental estudados contribuem de maneira positiva para a análise da produção do cuidado em saúde mental, podendo ser utilizados no cotidiano dos serviços como uma estratégia de avaliação do processo de trabalho pelos próprios trabalhadores e gestores.
  • FERNANDO SOARES DA SILVA NETO
  • EFETIVIDADE DA AURICULOTERAPIA NA DOR E ANSIEDADE EM PARTURIENTES: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
  • Data: 13/12/2023
  • Hora: 10:00
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  • Dentre os contextos mais recente de cuidado e humanização, as Práticas Integrativas vêm ganhado espaço e se tornando uma forma de auxiliar a mulher dentro do ciclo gravídico-puerperal. Práticas como aromaterapia, auriculoterapia, musicoterapia, massagens, reflexologia e florais tem sido crescentemente utilizada e estudada no cuidado a mulher na gestação, parto e puerpério em diversos desfechos. O uso das PICs é muito relevante, pois detém uma forma alternativa de minimizar desconfortos, e promover a melhorias das condições de saúde, numa visão holística e humanística. Esta dissertação está estruturada em duas etapas: a primeira é uma investigação metodológica, que buscou sumarizar os estudos científicos acerca do uso das práticas integrativas e complementares (PICs) no manejo da dor em parturientes, para tal, realizou-se uma Revisão Sistemática. Incluíram-se 17 estudos, que avaliaram 2.371 mulheres. O uso da massoterapia e acupuntura se destacaram, frente ao manejo da dor durante o trabalho de parto. Não houve homogeneidade entre os protocolos de aplicação terapêutica. Quatro estudos obtiveram alto risco de víeis e 13 baixo risco de víeis. As PICs demonstram ser uma alternativa viável, de fácil manejo e boa eficácia anverso a dor do parto, quando comparado a cuidados usuais e/ou placebo. A segunda etapa, se deu por elaboração de um Ensaio Clinico, randomizado, controlado, com dois braços, que propôs avaliar a efetividade do uso da auriculoterapia na dor e ansiedade de mulheres em trabalho de parto. Foram recrutadas mulheres atendidas no Instituto Cândida Vargas – ICV, internas no Centro Obstétrico, em trabalho de parto ativo. A coleta de dados realizou-se com a aplicação de questionários pré e pós-intervenção e escalas associadas ao cenário de pesquisa. Elencou-se um nível de significância de 5% para todas as variáveis. A pesquisa segue os preceitos éticos com aprovação pelo CEP Parecer: (5.722.961) e ReBEC obtendo número de aprovação RBR-6gpvcvr. A idade média no grupo intervenção foi de 26,01 anos e no grupo controle de 25,51 anos. A maioria das parturientes da intervenção (62-75,6%) e controle (71-79,8%) se declaram não brancas, ou seja, parda, preta, indígena e/ou amarela. Observou-se um aumento progressivo da média de dor no grupo controle em comparação à intervenção. Já em relação a ansiedade, mantem um padrão de aumento discreto na escala de ansiedade no controle durante as 2 horas de observação, enquanto o grupo intervenção observa uma diminuição. A análise dos dados mostrou que os escores de dor e ansiedade após 120 minutos são estatisticamente significativos (p-valor <0,05) tanto para a intervenção como para o controle, entretanto, com um aumento da média e mediana da dor e da ansiedade no grupo controle, e com a diminuição da média e mediana no GI. O risco relativo para auriculoterapia é de 2,29, com um número necessário para tratar de (n=03) e da ansiedade é de 79,3% na intervenção e de 61,8% no controle, apresentando um risco relativo para a não piora de 1,62, e um número necessário para tratar de (n=06). A análise de comparação da dor e da ansiedade após a aplicação de auriculoterapia mostrou uma redução estatisticamente significativa de dor e ansiedade no grupo intervenção quando comparado ao controle, tanto na comparação das medianas como ao comparar a proporção de mulheres que obtiveram uma manutenção ou melhora da dor e da ansiedade no durante o trabalho de parto nos dois grupos. A partir da análise pode-se concluir que a auriculoterapia apresenta uma efetividade importante na estabilização e melhora da dor e da ansiedade no trabalho de parto.
  • NARA RAQUEL BARBOSA DA SILVA
  • O PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE DO NASF NA PANDEMIA DE COVID-19: MUDANÇAS E REPERCUSSÕES
  • Data: 30/11/2023
  • Hora: 09:00
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  • Este estudo abordou profissionais de saúde do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF). Compreende-se que com a inserção do NASF na APS, registra-se o fortalecimento do SUS e da APS, por meio da expansão das intervenções em saúde, no território onde os usuários residem. Diante deste cenário, denota-se a importância do trabalho colaborativo interprofissional no NASF (psicologia, fisioterapia, serviço social, terapia ocupacional, fonoaudiologia, educação física, nutrição, farmácia, saúde coletiva), saberes empregados, com ações integradas em saúde na APS. Neste estudo foram observados os componentes do processo de trabalho (objetivos ou finalidades; meios e condições; objeto; agente ou sujeito). Quanto a temática abordada, deu-se pela observação da necessidade de estudo sobre o NASF e o processo de trabalho, diante da COVID-19, episódio que marcou tragicamente a história da humanidade, resultando em adoecimento em massa, mortes, sofrimento mental. As imposições resultantes da pandemia de COVID-19, demandaram adaptações, soluções rápidas, para mitigar o contágio. Objetivo deste estudo foi investigar as mudanças e repercussões do processo de trabalho no NASF em Recife-PE, durante a pandemia de COVID- 19. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de caráter exploratório-descritivo, cuja amostra foi selecionada por conveniência. Com referencial teórico-epistemológico a Análise de Conteúdo de Bardin. A partir de tal análise emergiram, principalmente, três categorias de análise que se relacionam com o processo de trabalho dos profissionais do NASF- Recife-PE, sendo elas: a) o cuidado prestado ao usuário, b) A pandemia de Covid-19 e o processo de trabalho no NASF-Recife e c) repercussões da pandemia para o trabalhador do NASF-Recife e perspectivas futuras. Os resultados obtidos referem sobre as precauções adotadas para a garantia de biossegurança, com repercussões para a operacionalização do cuidado, subtilização da APS no combate a COVID-19; acentuação da precariedade de infraestrutura; mudanças no modo de compreender e de gerenciar o cuidado; suspensão e inserção de atividades; incorporação da internet, como ferramenta de operacionalizar o atendimento à saúde; repercussões no processo de trabalho e seus componentes (objetivos ou finalidades; meios e condições; objeto; agente ou sujeito) foram situações apresentadas nos relatos dos trabalhadores abordados nesta pesquisa. Observou-se nesta pesquisa, que enfrentar a COVID-19 com tais desfalques, prejuízos, representou os mais variados desgastes, no processo de trabalho, apresentados e discutidos nesta dissertação. Conclui-se que a experiência vivida pelos profissionais participantes desta pesquisa, durante o processo de pandemia, demarcou lacunas, que existiam antes mesmo da pandemia. Entraves da organização, gestão do trabalho, que perpassam o processo de trabalho, do NASF. Observou-se que tais lacunas precisam ser revisitadas, modificadas, no que tange, os meios e as condições em que o processo de trabalho dos trabalhadores tem ocorrido, bem como, sobre o que dele se espera diante das novas adversidades e marcas de uma geração que sobreviveu à COVID-19. Conforme sinalizado nos conteúdos apresentados acima, verificou-se nesta pesquisa que, os desafios nos meios e condições do processo de trabalho do NASF, são registros de tempos remotos, contudo, se fazem contemporâneos, pois, representam-se, como obstáculos a serem superados atualmente.
  • EMILY MÍRIAM ARAUJO TAURINO
  • Avaliação do Impacto do Covid-19 na Saúde Indígena.
  • Data: 30/11/2023
  • Hora: 08:00
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  • O Covid-19 causou representativos impactos nas populações, dentre elas as indígenas, as quais sofrem um marco histórico de luta contra o genocídio, sua ancestralidade, cultura, território, busca por seus direitos, diante de sua situação de vulnerabilidade. Evidências apontam que pandemias se comportam de maneira severa em povos indígenas, o fator social, a diversidade das formas de organização, o processo de mudanças físicas e culturais são determinantes na apresentação de uma maior vulnerabilidade biológica. A saúde indígena ainda segue um dinâmico e complexo cenário que transforma-se ao longo dos anos, todavia requerendo-se mais atenção, o monitoramento deste processo nessas populações representam um grande desafio na execução de notificações, a falta de desagregação de dados e possíveis falhas na inclusão dos sistemas, contribuem para rupturas na detalhadadimensão ocasionada nos indígenas, onde se é possível através dos dados epidemiológicos exercer um papel de auxiliador na construção e execução de políticas públicas. Busca-se com esta pesquisa analisar o impacto e enfrentamento ao COVID-19 no contexto dos povos indígenas nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas do Brasil, bem como, revisar sistematicamente artigos científicos que mensurem a temática da saúde indígena na conjuntura do COVID-19. A presente pesquisa aborda duas vertentes, o capítulo 1 refere-se a uma revisão sistemática verificando na literatura científica o impacto do covid-19 na população indígena, e o capítulo 2 trata-se de um estudo longitudinal, descritivo de abordagem quantitativa e qualitativa, que se desenvolverá com base no levantamento epidemiológico de dados, bem como o uso de referencial teórico sobre a Infecção Humana pelo novo Coronavírus (COVID-19) em Povos Indígenas. Os dados foram extraídos através do banco de dados do Sistema de Informação de Atenção à Saúde Indígena (SIASI), os quais destinaram-se organizados e tabulados utilizando o MicrosoftExcel®, e transcorridos por meio do programa de Software Statistical Package of the Social Sciences 20.0 (SPSS). A revisão sistemática apontou como resultado 189 registros identificados nas bases de dados, 71 duplicatas excluídas, 123 estudos para leitura na íntegra, para avaliação 43 elegíveis, 20 estudos incluídos em síntese, resultando em 15 estudos selecionados para elaboração da revisão. Para a análise de dados foram realizadas análises descritivas e obtiveram-se taxas de incidência de Síndrome Gripal, Síndrome Gripal Respiratória Aguda e COVID-19 (coronavírus-19), além da taxa de mortalidade; tendência temporal estimada pelo modelo de Regressão de Prais-Winsten; análise de autocorrelação espacial através do Índice Global e Local de Moran (IGM/ILM); a demonstração cartográfica foi realizada por meio do mapa de LISA (LISA map - Local Indicators of Spatial Association); e técnica de varredura espacial utilizando o método Scan de Kulldorff. Os dados analisados poderão contribuir na determinação de padrões epidemiológicos fornecendo subsídios necessários para mensurar o real impacto da Covid-19 sobre povos indígenas, tal como medidas efetivas de barreiras sanitárias.
  • CADI DABO
  • GESTÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE: PERCEPÇÃO DE ENFERMEIRAS DA MATERNIDADE DE UM HOSPITAL EM GUINÉ- BISSAU
  • Data: 23/11/2023
  • Hora: 14:00
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  • Resumo: A gestão de segurança do paciente desempenha papel fundamental para redução de riscos e danos. Este estudo tem como objetivo avaliar a percepção dos profissionais da enfermagem sobre a gestão da segurança do paciente na maternidade de um hospital em Guiné-Bissau. Tratou-se de um estudo com abordagem qualitativa que teve como cenário a Maternidade do hospital Nacional Simão Mendes. Foram entrevistadas enfermeiras e parteiras, totalizando 13 entrevistadas. A coleta foi realizada entre período de setembro a novembro de 2022, mediante aplicação de uma entrevista semiestruturada. O material empírico foi organizado e fundamentado a partir da Análise de Conteúdo de Bardin. O projeto foi aprovado sob CAAE: N° 049/CNES/INASA/2022 (Comitê Nacional de Ética em Pesquisas na Saúde de Guiné-Bissau). Os resultados foram apresentados em seis categorias temáticas: Conhecimento sobre segurança do paciente; Ocorrência de eventos adversos; Compreensão sobre protocolos de segurança do paciente; Formação e educação continuada; Estratégias para redução de erros no cuidado; e Condições precárias de trabalho e o impacto na assistência. Espera-se que os resultados possam servir como elemento norteador para subsidiar a implementação e aperfeiçoamento das políticas públicas de saúde voltadas para segurança do paciente e para o fortalecimento da cultura de segurança no cuidado, considerando as especificidades e singularidades do sistema de saúde Guineense.
  • GABRIELLA DANTAS DOS SANTOS
  • Prontuário Eletrônico do Cidadão: Percepção da Equipe de Enfermagem da Atenção Primária à Saúde de Olinda-PE
  • Data: 05/09/2023
  • Hora: 14:00
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  • A implementação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) no contexto da Atenção Primária à Saúde tem promovido avanços significativos na gestão do cuidado em Olinda-PE. Contudo, percebe-se que a percepção dos profissionais de enfermagem, a qualidade da conectividade e a competência digital podem influenciar a eficácia desta ferramenta. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a percepção desses profissionais quanto à implementação e uso do PEC. Para isso, realizou-se um estudo descritivo exploratório, de caráter transversal, com abordagem quanti-qualitativa, envolvendo profissionais de enfermagem que utilizam o PEC nas unidades de saúde da Região de Saúde 2 de Olinda (PE). A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas e análise documental. Os dados recolhidos foram tabulados e submetidos à análise estatística descritiva e inferencial no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21. Foram avaliadas as percepções de 32 profissionais, revelando uma avaliação geralmente positiva do PEC, com destaque para sua funcionalidade e atendimento às necessidades de trabalho. Porém, identificaram-se desafios, sobretudo relacionados à infraestrutura de TI e conectividade, além de uma persistente preferência por registros físicos entre alguns profissionais. Por meio da Análise Fatorial Exploratória, foi possível reagrupar as variáveis do estudo em quatro fatores principais, que explicaram 62,19% da variância total. Os resultados demonstraram que o sucesso do PEC não se restringe às suas características intrínsecas, mas está também atrelado à percepção e uso por parte dos profissionais, bem como à infraestrutura disponível. Conclui-se, portanto, que a efetividade do PEC é multifatorial e depende tanto de aspectos tecnológicos como humanos. Este estudo ressalta a necessidade de aprofundar as investigações nesse sentido, visando à otimização da implementação e utilização do PEC, e à consequente melhoria do atendimento na Atenção Primária à Saúde.
  • ANA PAULA MAIA ESPÍNDOLA RODRIGUES
  • PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: MEMÓRIAS E HISTÓRIAS DE EXPERIÊNCIAS EM EDUCAÇÃO POPULAR
  • Orientador : PEDRO JOSÉ SANTOS CARNEIRO CRUZ
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 08:00
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  • A presente pesquisa tem como objetivo central desvelar as práticas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) na Atenção Primária em Saúde (APS) realizadas a partir da ótica da Educação Popular (EP) na Paraíba, de modo a compreender quais as contribuições da EP nessas práticas. O caminho investigativo foi construído através de uma investigação de abordagem qualitativa, de cunho descritivo, que se efetivou a partir da realização de uma Revisão Integrativa da Literatura e entrevistas semiestruturadas realizadas em uma perspectiva narrativa com sujeitos com experiencia em práticas de EP que tiveram interface com a dimensão da EAN na APS, identificadas a partir da técnica “bola de neve”. Como desdobramento dessas estratégias de coleta de dados, foi possível o desenvolvimento de 2 artigos científicos, sendo um deles realizado a partir da revisão integrativa, em que se pôde buscar as aproximações atualmente mencionadas na literatura da EP e da EAN no contexto APS; e um segundo artigo sobre o mapeamento das experiências identificadas a partir das entrevistas semiestruturadas realizadas e analisadas a partir da hermenêutica dialética. Os resultados da revisão de literatura foram sistematizados e apresentados a partir de três temáticas as quais trouxeram dimensões das potencialidades emergentes da aproximação da EP e EAN na APS, quais sejam: 1) A construção compartilhada do conhecimento; 2) O mergulho na realidade social e a intencionalidade política das ações de EAN; 3) Metodologias e dinâmicas para viabilizar um processo educativo crítico e libertador. Já a partir das entrevistas, foi possível identificar que entre as atividades mencionadas pelos entrevistados, se destaca o uso de estratégias que valorizam a cultura e a ancestralidade para a realização das ações. Além disso, as atividades apresentadas trouxeram como centro e base das discussões os saberes populares, os anseios e as necessidades do território. A roda de conversa aparece na fala de todos os entrevistados como uma das metodologias necessárias para a realização de suas experiências e entre as inúmeras abordagens mencionadas, é possível verificar o caráter artísticos das ações mencionadas, como pinturas, música, cordel, sarau, teatro, etc. A dialogicidade foi o princípio da EP mais mencionado nas entrevistas, como uma grande influência para as práticas de EAN. Portanto, a presente pesquisa apontou que a metodologia da EP contribuiu e foi mencionada nas práticas de EAN na APS e proporcionou um processo educativo crítico e reflexivo, buscando romper com modelos tecnicistas, biológicos e transmissores de conhecimento, sem criticidade e reflexão. Além disso, as práticas pedagógicas imersas na EP constroem um processo dialógico interdisciplinar e interprofissional, com atividades que valorizam a arte e a cultura, com o objetivo de criar conexões, discussões e propostas com vistas à emancipação dos sujeitos para a transformação social.
  • IRIS DE SOUZA ABILIO
  • EDUCAÇÃO POULAR EM SAÚDE NO BRASIL: REFLEXÕES COM BASE NAS NARRATIVAS DE SEUS PROTAGONISTAS
  • Orientador : PEDRO JOSÉ SANTOS CARNEIRO CRUZ
  • Data: 30/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • Esse estudo tem como objetivo abordar, historicamente, no formato de linha do tempo comentada, os marcos da Educação Popular em Saúde (EPS) a partir das narrativas de alguns de seus protagonistas e construir sínteses das ideias e reflexões dos entrevistados com relação aos principais desafios da educação popular na atualidade. Esse estudo foi constituído de forma articulada e inserida em um projeto de pesquisa mais amplo, conduzido pelo Grupo Temático de Educação Popular em Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (GT EPS/ABRASCO). Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, conforme fundamento por Maria Cecília de Souza Minayo, na perspectiva da sistematização de experiências, nos termos propostos por Oscar Jara Holliday. Desenvolveu-se através de duas etapas: a primeira foi o levantamento bibliográfico das quatro entrevistas já previamente realizadas e publicadas pelo GT EPS/ABRASCO com Educadores Populares do Brasil, e a segunda, a realização de novas entrevistas individuais (todas as entrevistas utilizadas nos estudos seguem a perspectiva de narrativas na linha da história oral). O método de análise escolhido foi o da dialética, na perspectiva teórica de Jara Holliday. Os resultados nos permitiram transitar pelos marcos histórico da EPS, dialogando com a experiência dos entrevistados e seus contextos sócio-políticos. A caminhada da EPS inicia na década de 1950/1960, ainda bastante atrelada à educação de jovens e adultos, e passa por vários marcos: supera o contexto de ditadura militar; se aproxima das iniciativas de medicina comunitária, de saúde popular e do Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira; conquista sua institucionalização do Sistema Único de Saúde (SUS), através de agendas governamentais democráticas e participativas, vigentes no país entre 2003 e 2016, especialmente no que se refere a conquista da Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS); transita pela ruptura democrática imposta pelo impeachment da Presidenta Dilma Rousseff em 2016, a partir da qual uma série de desmontes de políticas públicas participativas e de retrocessos civilizatórios impõe vários desafios à EPS; resiste com dificuldade, criatividade e resiliência, em seus movimentos e práticas, a governos de cunho ultraneoliberal, ultraconservador e antidemocrático, no período 2016-2022, agravado pela crise da pandemia da covid-19; e chega ao seu contexto atual de reencontro com uma agenda pública nacional comprometida com a democracia e com a ampliação da participação social. Destacaram-se nesse processo as iniciativas e ações que protagonizaram essas conquistas, dentre elas podemos destacar a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento Popular de Saúde (MOPS), Rede de Educação Popular em Saúde (REDPOP), Centro de Assessoria multiprofissional (CAMP), Articulação Nacional de Extensão Popular (Anepop), Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde (ANEPS), entre outras, refletindo a potência da participação popular na implementação das políticas públicas e o alcance da EPS no fazer em saúde. A pesquisa promoveu também reflexões acerca dos desafios atuais, onde foram apontados os retrocessos decorrentes dos governos antidemocráticos que estiveram no poder e mostram-se contrários aos princípios da EPS; o distanciamento de alguns atores e de alguns coletivos da EPS do trabalho de base, uma frente de ação que foi tão importante para o surgimento e difusão do campo; baixo investimento em formações políticas permanentes nos espaços da EPS; fragilidades na mobilização dos movimentos sociais nas lutas e resistências sociais; e a dificuldade de renovar os quadros de educadores populares no protagonismo social e político na área, uma vez que alguns dos entrevistados percebem-se no processo de envelhecimento e sentem a necessidade de mobilizar novos integrantes para dar continuidade a essa missão. Assim, esse estudo permitiu um olhar ao passado e para a sua construção histórica, proporcionando reflexões sobre os desafios presentes, na tentativa de instigar novas ações e inéditos viáveis para a continuidade desse referencial.
  • ADRIANA MARIA MACEDO DE ALMEIDA
  • POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NA PARAÍBA: TRAJETÓRIA, AVANÇOS E DESAFIOS DA SUA IMPLEMENTAÇÃO
  • Orientador : FRANKLIN DELANO SOARES FORTE
  • Data: 29/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • A Educação Permanente em Saúde (EPS) na Paraíba iniciou seu movimento em 2003, mas só veio a ser implantada enquanto política em 2009. Este trabalho se propos a analisar como vem se dando os processos de implementação e fortalecimento da EPS na Paraíba, concentrando-se na descrição e análise das ações e eventos realizados, buscando um aprofundamento desses processos de EPS que se estagnaram ao longo dos anos, identificando potencialidades e fragilidades vivenciadas. Trata-se de um Estudo de Caso único através da realização de entrevistas, as quais foram gravadas, transcritas e analisadas. Também foram registradas impressões da coleta de dados pelo diário de campo da pesquisadora. Foi adotado a análise temática das entrevistas e análise documental. O estudo de caso único teve como unidade de análise o estado da Paraíba e foi desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba, através da Escola de Saúde Pública (ESP) e das Gerências Regionais de Saúde (GRS). A identificação dos participantes para essa fase da pesquisa foi realizada conforme a técnica bola de neve, em que as “sementes”, que se referem aos primeiros participantes contatados de cada segmento, foram: 1) Gestor vinculado a ESP, com maior tempo de experiência na condução da política de EPS; 2) Gerentes Regionais vinculados as GRS situadas nos municípios pertencentes a uma das três Macrorregiões de saúde da Paraíba. Adicionalmente realizou-se pesquisa documental por meio de homepages oficiais e solicitação nas entidades, incluindo relatórios, planos, instrumentos de gestão, portarias e documentos, além de publicações científicas em periódicos acadêmicos. Destacando-se entre as potencialidades a criação da Escola de Saúde Pública da Paraíba; o fortalecimento da Comissão de Integração Ensino Serviço (CIES) por ação dos seus atores/atrizes; a criação da Coordenação Estratégica enquanto setor específico para apoiar as ações e discussão das pautas da EPS; a consolidação da função do Apoio Institucional; uma maior aproximação entre gestão estadual e municípios durante a pandemia e entre as fragilidades mais significativas temos o atraso no início da política no estado, destoando do que ocorria no cenário nacional; a CIES enquanto instância consultiva; número insuficiente de profissionais na Coordenação Estratégica; a não utilização da maioria dos recursos para cumprimento dos Plano Macroregionais de EPS; observou-se como fragilidades a falta de apoio de alguns parceiros no acompanhamento dos planos e utilização dos recursos e a incipiente participação dos gestores nas CIES. Observou-se o envolvimento e diálogo de vários agentes individuais e institucionais com a Política de Educação Permanente em Saúde na Paraíba. Importante ações de fortalecimento da EPS, nos espaços já instituídos e ainda impulsionar novos cenários de acompanhamento e monitoramento permanente, desenvolvimento de pesquisas e de ações de sustentabilidade da Política com articulação e parcerias institucionais do serviço, da gestão, do ensino e da comunidade
  • JOSÉ IURY FERREIRA PIRES
  • EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM O USO DE MÍDIAS DIGITAIS PARA O BEM-ESTAR EMOCIONAL DE IDOSOS: PESQUISA-AÇÃO.
  • Data: 28/08/2023
  • Hora: 17:30
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  • Esse trabalho tem como objetivo avaliar o impacto da utilização das mídias digitais no processo de educação em saúde e no bem-estar emocional de idosos de uma Estratégia Saúde da Família e do Centro de Referência da Pessoa Idosa da cidade de João Pessoa, Nordeste Brasil. Método: trata-se de uma pesquisa-ação com abordagem quanti-qualitativa ao passo que considerou tanto a subjetividade humana como a utilização de instrumentos psicométricos validados para o rastreio da ansiedade, utilizando-se o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), depressão com o inventário de saúde do paciente (PHQ-9) e qualidade de vida com o SF-36. A pesquisa foi conduzida por meio de salas virtuais pelo WhatsApp, onde ocorreram encontros semanais com temáticas escolhida pelos idosos levando informação e educação em saúde para os participantes. Participaram dessa pesquisa 18 idosas de 60 a 80 anos. A seleção foi do tipo não probabilística por conveniência. O processo de educação em saúde foi realizado com aspectos da temática analisada, ocorrendo em oito encontros. Os dados foram coletados por meio da realização de entrevista e questionários a partir de dois roteiros semiestruturados, pré e pós período educativo com o intuito de realizar a análise comparativa dos dois momentos, onde foi utilizada estatística descritiva e inferencial, bem como análise temática de Bardin para avaliação qualitativa. Resultados: Apesar dos idosos não pertencerem a geração dos nativos digitais, eles possuem um certo entendimento do que são as Redes Sociais Digitais (RSD) e sua maioria são ativos nos aplicativos de interação social como o WhatsApp, apresentando 44,4% de uso exclusivo nessa plataforma por possuir uma facilidade maior de manuseio e acessibilidade. Observou-se nas intervenções, que a falta do conhecimento diminui os cuidados para com a saúde mental. Após a intervenção foi evidenciando melhora estatisticamente significativa na saúde mental, obtendo uma redução de sinais e sintomas de ansiedade, obtendo-se diferenças das medianas de 7,5 na primeira aplicação para 4,0 na segunda aplicação, sendo p < 0,001, do mesmo modo houve diminuição de sinais e sintomas de depressão, obtendo na primeira aplicação mediana de 3,5 para 1,5 na segunda aplicação, sendo p < 0,001, melhorando o cuidado com a saúde mental e com as práticas saudáveis, resultando na melhora de 5 de 8 domínios investigado pelo instrumento de qualidade de vida, sendo eles: limitação por aspectos físicos, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais e saúde mental, onde p < 0,001. O processo de educação em saúde através do uso de ferramentas digitais com o auxílio das redes sociais nas intervenções educativas, apresenta potencial para melhorar o conhecimento e estimular o bem-estar emocional na população idosa, evidenciando a importância de utilizar recursos como este nas ações de educação em saúde.
  • CAIO CÉSAR FERREIRA ALVERGA
  • ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DE QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS CLÍNICOS DA COVID LONGA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
  • Data: 31/07/2023
  • Hora: 09:30
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  • A Covid-19 é uma infecção respiratória causada pelo SARS-Cov-2 que pode resultar em sintomas persistentes por semanas ou meses após o período agudo. A falta de padronização dificulta o manejo da Covid longa na atenção primária. O objetivo do presente estudo foi desenvolver e validar um instrumento de pesquisa para caracterizar a covid longa em João Pessoa -PB na atenção primária em saúde . O desenvolvimento do questionário foi realizado por meio de uma matriz de conceito, mapeando a cobertura de sintomas proveniente dos estudos de revisão sistemática e longitudinais internacionais, em que foram selecionados 23 sintomas. A validade de conteúdo foi avaliada por meio de questionários aplicados a 9 profissionais de saúde, enquanto a reprodutibilidade e a validade do questionário foram i avaliadas por meio do método teste-reteste em 37 indivíduos. O índice de validade de conteúdo foi calculado para cada item do instrumento, e o coeficiente Kappa de Cohen foi utilizado para estimar a concordância entre as respostas do teste e do reteste. O índice de validade de conteúdo dos sintomas foi considerado alto, com 58,4% dos itens avaliados como excelentes ou bons. A população estudada foi composta por 23 mulheres e 14 homens, sendo a maioria classificada como parda ou negra. Todos os participantes testaram positivo para COVID-19, e 97,3% haviam recebido pelo menos uma dose da vacina. A consistência interna do questionário usado para avaliar os sintomas foi excelente, com um valor de alfa de Cronbach de 0,873. A concordância teste-reteste variou de regular a excelente, com altas porcentagens de concordância observadas. Em conclusão, o estudo fornece informações valiosas sobre os sintomas da COVID- 19, sua validade e a reprodutibilidade de sua avaliação.
  • MARTHA MARIA DE ALBUQUERQUE BELO
  • Avaliação dos fatores de risco associados à condição pós-COVID-19 em residentes de João Pessoa-PB, 2020-2022
  • Orientador : GABRIEL RODRIGUES MARTINS DE FREITAS
  • Data: 30/06/2023
  • Hora: 10:00
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  • Com o avanço da COVID-19, a chegada de novas variantes do SARS-CoV-2 potencialmente mais transmissíveis e a aparição de indivíduos com consequências multissistêmicas persistentes após a fase aguda da doença surgiram como novas inquietações, afligindo gestores públicos e profissionais de saúde. O conhecimento do perfil dos indivíduos infectados com variantes de preocupação (VOC) e das manifestações pós-COVID-19 atreladas aos casos, permitindo a compreensão da cadeia de eventos associadas a cada variante do vírus, possibilitando melhor manejo clínico inicial e evitabilidade de desfechos negativos futuros. Realizou-se um estudo de coorte retrospectiva a partir de dados secundários das notificações dos casos de COVID-19 e do autopreenchimento de questionário on-line em ambiente virtual. Identificou-se 131 casos sequenciados com diagnóstico para VOC e que aceitaram participar da pesquisa. As principais manifestações identificadas para condição pós-COVID-19 foram as respiratórias, neurológicas e psicossociais, com 41,2%, 29,0% e 20,6%, respectivamente. Ao todo, 35,9% da amostra analisada se enquadra como indivíduos que tiveram ou tem condição pós-COVID-19. A analise multivariada identificou que os fatores de risco associados a condição pós-COVID-19 em residentes de João Pessoa-PB foram: a presença de dispneia/ dessaturação na fase aguda da doença (p-valor<0,001/OR 8,13/IC95% 3,12-22,84), comorbidades prévias ao evento (p-valor 0,023/OR 4,50/IC95% 1,29-18,57) e a infecção pela VOC Gamma (p-valor 0,047/OR 3,14/IC95% 1,14-8,96). A condição pós-COVID-19 ainda deve aumentar no mundo. Dessa forma, é importante manter, mesmo no período de baixa dos casos de COVID-19, o monitoramento das linhagens do SARS-CoV-2 em circulação, sobretudo para a identificação de variações genéticas do vírus que possam implicar em mutações ou recombinações que levem ao aumento de sua transmissibilidade, da gravidade da doença, e da neutralização diminuída pelos anticorpos ou vacinas.
  • MÔNICA DA COSTA BATISTA
  • ANÁLISE DO PERFIL DA JUDICIALIZAÇÃO EM SAÚDE CONCERNENTE AOS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS NO ESTADO DA PARAÍBA
  • Orientador : LUCIANO BEZERRA GOMES
  • Data: 31/05/2023
  • Hora: 17:00
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  • A judicialização é uma ferramenta de acesso do cidadão a assistência à saúde, haja vista que as decisões impetradas pelos magistrados são visando garantir o direito social, assegurado em constituição e outras normativas. O aumento da judicialização como forma de acesso aos serviços de saúde provocou o Conselho Nacional de Justiça, a elaborar diversas medidas que viabilizasse a construção de decisões impetradas, baseadas em subsídios técnicos disponibilizados pelos Núcleos de Apoio Técnico ao Poder Judiciário, visando reduzir a probabilidade de decisões judiciais conflitantes em temas concernentes a tratamentos de saúde. O estudo tem como objetivo analisar o perfil da judicialização na saúde concernente ao acesso aos procedimentos cirúrgicos no estado da Paraíba. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, descritiva e documental, realizado no site do Tribunal de Justiça da Paraíba, na seção de Jurisprudência, nos “Registro de Acordãos e Decisões”. Foi realizada busca de decisões em segunda instância, de processos judiciais impetrados, diante da negativa de realização de procedimentos cirúrgicos, dentre um interstício temporal de 01 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2021. Após a extração dos dados e foi realizado a categorização dos dados, haja visto que estes são relevantes premissas na judicialização da saúde. Resultados: Os resultados demonstram que a judicialização apresenta-se como uma ferramenta de acesso aos serviços de saúde, em virtude da ineficiência do Estado. A dificuldade no acesso ao judiciário é corroborada com o cenário na Paraíba da diminuição de comarcas, sendo reforçada pela inexistência de diretrizes no Plano Estadual de Saúde que objetivam a diminuição da judicialização concernente ao acesso dos procedimentos cirúrgicos, reforçando a iniquidade de acesso aos direitos sociais e consequentemente aos serviços de saúde.
  • BRUNO WESLEY RAMALHO CIRILO FERREIRA
  • PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM JOÃO PESSOA-PB
  • Data: 29/05/2023
  • Hora: 10:00
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  • O estudo teve o objetivo compreender e avaliar a oferta, o trabalho e a educação permanente em torno das Práticas Integrativas e Complementares (PIC), na perspectiva dos profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS) de uma capital do nordeste do Brasil. Na etapa quantitativa desenvolveu-se um estudo transversal, com análise dos módulos I e II do 3º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica; e na etapa qualitativa realizou-se entrevistas com profissionais da APS. Na etapa quantitativa foram entrevistados 186 profissionais de saúde considerando os cinco distritos sanitários de uma capital nordestina. Desses, 88,7% ofertavam alguma prática, sendo os enfermeiros os que mais ofereciam (96,2%). A auriculoterapia (83,3%), o uso de plantas medicinais e fitoterápicos (77,9%) e a terapia comunitária (48,9%) foram as práticas mais ofertadas. 86,5% dos entrevistados relataram receber apoio gerencial, no entanto, observou-se escassez de insumos, em que sementes ou cristais para auriculoterapia (56,7%), droga vegetal (15,2%), medicamento fitoterápico manipulado (12,5%) ou industrializado (4,1%) não eram disponibilizados em quantidades suficientes. 82,2% dos entrevistados participaram de momentos de educação permanente relacionados às práticas ofertados pela gestão municipal (93%), na própria unidade de saúde (90,8%). No estudo qualitativo, participaram doze profissionais que atuavam em equipes de saúde da família. A coleta dos dados foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas. Para compreensão e sistematização dos dados, adotou-se a análise de conteúdo temática. Dentre os entrevistados a maioria eram do sexo feminino da categoria da enfermagem (4), seguido dos cirurgiões dentistas (3), assistentes sociais (2), fisioterapeuta, psicólogo e educador físico (1). A partir da análise temática surgiram quatro unidades de análise e oito categorias temáticas, percepção sobre as PICS no cuidado em saúde, processo de trabalho e mudança na produção do cuidado, conflito de modelos de atenção em saúde: serviço metas centrado x PICS, visibilidade das PICS: registro nos prontuários dos usuários, apoio da gestão, gestão dos insumos para o desenvolvimento das PICS na APS, Educação permanente em saúde com foco nas PICS: oferta envolvendo diversos atores da APS e a oferta de PICS na APS e o período pandêmico. Observou-se por um lado a oferta de PIC no município, entretanto, necessita-se de melhorias na gestão do processo de trabalho, de insumos, apoio gerencial, educação permanente em saúde visando a qualificação e ampliação da oferta das diferentes PIC na APS.
  • RAYSSA NAFTALY MUNIZ PINTO
  • FATORES ASSOCIADOS AO TEMPO ENTRE O DIAGNÓSTICO E O INÍCIO DO TRATAMENTO DOS TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS HOSPITAIS DE REFERÊNCIA DA PARAÍBA
  • Data: 24/05/2023
  • Hora: 16:00
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  • Os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) são uma das neoplasias mais incidentes em pacientes pediátricos. Diante dos desafios para enfrentamento do câncer, em 2012 foi criada a lei 12.732, e estabelece que, no Sistema Único de Saúde (SUS), o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada deve ser instituído até 60 dias após o diagnóstico. Desse modo, o presente estudo objetiva analisar os fatores associados ao tempo entre o diagnóstico e início do tratamento de crianças e adolescentes com tumores do SNC nos centros de referência da Paraíba, no período de 2010 a 2019, por meio dos dados disponíveis nos Registros Hospitalares de Câncer (RHC). Trata-se de um estudo de corte histórico, analítico e com abordagem quantitativa, a amostra foi composta por 115 registros. As variáveis selecionadas foram classificadas em demográficas, clínica e de tratamento. O desfecho de interesse correspondeu ao tempo para início do tratamento, sendo categorizado nos intervalos ≤ a 60 dias e > que 60 dias. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva e inferencial, utilizando a técnica da análise de sobrevida, método de Kaplan-Meier e regressão de Cox. A idade média das crianças e adolescentes foi de 9 anos (±5,22), sendo a maioria no sexo feminino 53,0% (n=61), com cor de pele parda 65,4% (n=70), da primeira macrorregião de saúde 46,1% (n=53) e atendidos no Hospital Napoleão Laureano 58,3% (n=67). O encéfalo (85,1%; n=98) foi mais acometido, sendo o cérebro a região detalhada mais atingida (33,9%; n=39). A maior parte dos encaminhamentos ocorreu pelo SUS (83,2%; n=89), na oncologia pediátrica (44,3%; n=51) e a base mais importante para o diagnóstico foi a histologia do tumor (86,8%; n=99). O primeiro tratamento hospitalar foi a radioterapia (28,7%; n=33), a quantidade de tratamentos hospitalares foi de 1 (60,9%; n=70), o estado patológico ao final do primeiro tratamento hospitalar, foi a estabilidade da doença em 56,6% (n=13). O intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento ocorreu dentro do período estabelecido por lei em 59,3% (n=67) dos casos. Na análise de sobrevida, 37 casos ultrapassaram o período de tempo da lei, sendo a probabilidade do paciente chegar até 61 dias para ter o diagnóstico de 97,3%, na regressão de Cox foram significativas a localização primária para o cerebelo (p=0,008); base mais importante para o diagnóstico a histologia/marcadores tumorais (p=0,012) e os exames por imagem (p=0,005). Constatou-se que o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento estava adequado para maioria dos casos, porém um número expressivo de pacientes ultrapassou esse tempo. Destarte, sugere-se que existem fragilidades no cumprimento da lei e no acesso aos centros de referência do estado, sendo necessário uma melhor organização do fluxo na RAS e mobilizações de saúde pública.
  • KARLLA DANNIELLE DA SILVA GUEDES
  • GESTOR(A) MUNICIPAL DA SAÚDE NO BRASIL SOB UMA PERSPECTIVA REGIONAL: perfil, desafios e possibilidades na gestão de temas estratégicos para o SUS
  • Data: 24/05/2023
  • Hora: 11:00
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  • RESUMO: As práticas de gestão pública no SUS possuem expressões diversas e vêm sendo conduzidas pelos gestores de saúde dos três entes federados. Dentre esses, os secretários(as) municipais são atores políticos estratégicos na definição e conformação dos rumos da política de saúde no país. As responsabilidades destes entes foram ampliadas, significativamente, ao longo do processo de descentralização das políticas sociais estabelecido pela Constituição de 1988, sendo esta uma importante estratégia de inclusão social e democratização da sociedade brasileira. Nesse sentido, o presente estudo se propôs a analisar o perfil e a percepção dos gestores municipais de saúde e presidentes dos COSEMS da região nordeste, sobre os desafios estratégicos vinculados à gestão do SUS na região. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e exploratório com abordagem mista, tendo como participantes do estudo 141 secretários municipais de saúde e 5 presidentes de COSEMS da região nordeste. A coleta de informações ocorreu por meio de um questionário eletrônico, disponibilizado via web para os gestores municipais e através de uma entrevista semiestruturada direcionada aos representantes de COSEMS. Os resultados mostram que o secretário municipal de saúde da região nordeste é representado, em sua maioria, por mulheres, pardas e pretas, com idade entre 30 e 50 anos, sem experiência prévia na gestão. Além disso, os achados apontam para a existência de desafios relacionados a recursos financeiros para desenvolvimento de ações direcionadas à atenção primária e regionalização e a necessidade de maior participação do MS nas práticas de gestão local para fortalecimento do planejamento em saúde.
  • SUELEN FARIAS COSTA DOS SANTOS
  • A ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA NA ATENÇÃO BÁSICA DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19.
  • Data: 22/05/2023
  • Hora: 11:00
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  • A doença da COVID-19, cujo agente etiológico é o vírus SARS-CoV-2, tornou-se um tema emergente e um problema de saúde pública, que afeta a vida da população e dos profissionais que nela atuam. Diante deste contexto, no Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS), foi tomada de adequações necessárias ao enfretamento da COVID-19, que reformularam algumas práticas profissionais, dentre as atuações profissionais neste cenário, destaca-se a odontologia enquanto protagonista no combate à COVID-19. Neste sentido o objetivo do estudo é Avaliar a atuação do Cirurgião Dentista na atenção básica durante a pandemia da COVID-19, onde será realizado um estudo quantitativo, de característica transversal exploratória, de caráter descritivo e analítico, com levantamento de dados secundários que têm como fonte os resultados obtidos através do questionário mãe da Pesquisa online “Processo de Trabalho da Estratégia Saúde da Família na pandemia da COVID-19 à luz dos atributos essenciais da atenção primária à saúde”, que analisou o trabalho dos profissionais da Atenção Primária em Saúde , durante a pandemia da COVID-19, onde será então realizada uma amostra sistemática de participantes, representativa dos universos de cirurgiões dentistas que participaram a pesquisa e de questões pertinentes ao objetivo do presente estudo. Será realizado a coleta de dados e em seguida serão analisados pelo programa SPSS v.20.0 onde formularemos gráficos e tabelas para melhor compreensão do leitor. O trabalho proporcionará uma melhor compreensão acerca do tema que ainda possui poucas pesquisas na área, permitindo colaborar não apenas com o meio acadêmico, mas com a própria sociedade em geral.
  • KAIQUE BRUNO FERREIRA BEZERRA
  • COBERTURA VACINAL EM MENORES DE DOIS ANOS: Um olhar a partir da Estratégia Saúde da Família
  • Data: 12/05/2023
  • Hora: 10:00
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  • Resumo: O Programa Nacional de Imunização (PNI), ao longo dos anos, tem se constituído como uma importante estratégia de prevenção de agravos e promoção de saúde na Atenção Primária à Saúde, com impactos positivos na redução da morbimortalidade infantil. O surgimento da pandemia da Covid-19 trouxe mudanças de hábitos e rotinas que impactaram negativamente nos índices de vacina em crianças menores de dois anos. Este estudo teve como objetivo compreender a percepção da equipe Saúde da Família sobre os desafios para alcançar cobertura vacinal em menores de dois anos de idade, no período da pandemia da Covid-19. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva de abordagem qualitativa, realizada em três Unidades Básica de Saúde da Família do município de Goiana, Pernambuco. Participaram do estudo 12 profissionais inseridos na Estratégia de Saúde da Família, sendo eles: médicos, enfermeiros, agentes comunitários de Saúde e técnicos em enfermagem, que atuaram no períodos entre 2020 e 2021. Os dados foram coletados no período de junho a julho de 2022, mediante aplicação de um roteiro de entrevista, e seu conteúdo analisado a partir da técnica de Análise de Conteúdo Temática proposta por Bardin. Os resultados foram apresentados em duas categorias: 1) Desafios e limites para manter cobertura vacinal; 2) Estratégias adotadas para lidar com ausências no setor de vacinação. Essas categorias foram divididas em subcategorias e fundamentadas na literatura pertinente. Foi evidenciado, entre os desafios, que a pandemia da Covid-19 possibilitou uma onda de medo e insegurança na população em função da propagação do vírus, o que implicou a descontinuidade dos serviços preventivos ofertados pela Atenção Primária à Saúde, provocando significativa queda na cobertura vacinal, sobretudo em menores de dois anos. Foram observadas também fragilidades relacionadas à estrutura física das unidades, trabalhadores em quantidade insuficiente e redução de insumos que impactaram negativamente na oferta de vacinas para crianças. O estudo mostrou que, para lidar com esses desafios, as equipes tiveram que adaptar a comunicação, utilizando meios digitais, como o WhatsApp para trocas de informações; readequação do espaço físico para melhor acolher crianças e mães, prevenindo a disseminação do vírus; busca ativa das crianças com vacinas em atraso. Os achados da pesquisa provocaram reflexões acerca da importância do trabalho dos profissionais, sobretudo, dos Agentes Comunitários de Saúde, na identificação e busca ativa dos faltosos. Compreendemos que a vacinação na infância é uma estratégia extremamente eficaz e barata para controlar epidemias de doenças imunopreveníveis, sobretudo em períodos de pandemia.
  • ISAAC LINHARES DE OLIVEIRA
  • Entre baques e atraques: a inserção da medicina de família e comunidade na saúde suplementar
  • Data: 27/04/2023
  • Hora: 10:00
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  • Esta dissertação de mestrado analisa o perfil de formação e a atuação, de Médicos/as de Família e Comunidade inseridos no contexto de uma clínica de Atenção Primária à Saúde que presta serviços à uma operadora de plano de saúde, na cidade do Natal, Rio Grande do Norte. Ela partiu de um estudo cartográfico que ocorreu entre junho/2021 e janeiro/2022. A produção dos dados se deu por um questionário eletrônico fechado, entrevistas em profundidade e diários cartográficos. Com isso, cinco analisadores foram definidos: “o encontro com as diferenças sociais”, “da formação no SUS ao encantamento com a saúde suplementar”, “o desencantamento e precarização na saúde suplementar”, “a dimensão do território” e a “implicação e sobreimplicação na pesquisa na saúde suplementar”. Observou-se assim que a opção de atuação desses/as médicos/as na Saúde Suplementar se dá, no contexto da precarização do Sistema Único de Saúde, e pela aproximação do perfil sócio-demográfico deles/as com os/as usuários/as da clínica, além da melhor disponibilidade de tecnologias leve-duras e duras que auxiliam na prática profissional. Por outro lado, essa escolha precariza o trabalho deles, os/as afastando da garantia de direitos trabalhistas básicos e acarreta uma perda da dimensão territorial com fragilização da abordagem familiar e comunitária. Também se observa a presença de disputas micropolíticas de projetos ético-políticos
  • JOÃO PAULO LOPES DA SILVA
  • COTIDIANO DO TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM TERRITÓRIO RURAL NO NORDESTE BRASILEIRO
  • Data: 16/03/2023
  • Hora: 14:00
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  • O cenário rural, historicamente, foi marcado por embates populares, disparidades sociais e iniquidades em saúde. A população rural há muito tempo carece do olhar das políticas públicas, em especial do Sistema Único de Saúde, devido às desfavoráveis condições de saúde e de organização dos serviços de Atenção Primária à Saúde. Na área rural, apesar da expansão das unidades da Estratégia de Saúde da Família, a dispersão populacional e a vasta área territorial têm sido agravantes à cobertura da Estratégia, insuficientes para uma Atenção Primária resolutiva. Este estudo teve por objetivo analisar as concepções dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família sobre o cotidiano do trabalho em territórios rurais de municípios no Nordeste brasileiro, com vistas à reflexão e transformação das práticas de saúde em Atenção Primária. Tratou-se de um estudo com abordagem qualitativa que teve como cenário quatro municípios localizados no interior do Estado da Paraíba: Juru, Manaíra, Princesa Isabel e Tavares. Foram entrevistadas uma equipe da Estratégia de Saúde da Família de cada município, totalizando 23 entrevistados. A coleta foi realizada entre período de maio a julho de 2022, mediante aplicação de uma entrevista semiestruturada. O material empírico foi organizado no software Atlas.ti22 e fundamentado a partir da Análise de Conteúdo de Bardin. O projeto foi aprovado sob CAAE: 5660212.5.0000.4188. Os resultados são apresentados em quatro subcapítulos: perfil sociodemográfico e profissional dos trabalhadores da Estratégia Saúde da Família em área rural; Construções e organização do trabalho na equipe de Saúde da Família em área rural; Olhar profissional sobre as especificidades no cuidar da população rural e Desafios e potencialidades no trabalho na Estratégia de Saúde da Família rural. Os relatos dos profissionais emergiram diversas categorias e subcategorias que estavam relacionados ao processo de construção e organização do cotidiano dos trabalhadores, assim como, as barreiras territoriais, evidenciando os desafios e potencialidades do trabalho dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família em comunidades rurais. Espera-se que os resultados possam servir como elemento norteador para subsidiar o aperfeiçoamento das políticas públicas de saúde voltadas para a população rural e para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, considerando as especificidades e singularidades dessa população vulnerável.
  • TEODORA TCHUTCHO TAVARES
  • Fatores Associados à Avaliação do Trabalho em Equipe nos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica
  • Data: 14/03/2023
  • Hora: 07:00
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  • Introdução. Entende-se, como trabalho em equipe, a junção de várias pessoas que unem esforços para solucionar determinado problema que têm em comum. Em outra vertente, quando duas ou mais pessoas trabalham juntas para executar uma tarefa, essa dinâmica permite compartilhamento de saberes de diversas categorias profissionais, e assim a colaboração facilita a produção do cuidado eficiente. Nesse contexto, o trabalho em conjunto entre as equipes do NASF-AB e as Equipes de Saúde da Família (EqSF) possibilita a elaboração de estratégias como da educação permanente para os profissionais e para os usuários, identificação de problemas de saúde e elaboração de abordagens terapêuticas ampliadas. Com vistas a consolidar e apoiar a inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviço de saúde e acrescer a cobertura, a resolutividade, a regionalização e a territorialização assim como ampliar as ações das AB, o Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio da Saúde da Família (NASF), em 2008, sob a Portaria GM nº 154 de 24/01/2008. Em 2017, os NASF foram renomeados com a reformulação da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e passaram a se chamar Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica - NASF-AB. Objetivo. Analisar os fatores associados à avaliação do trabalho em equipe entre profissionais do NASF-AB de duas capitais do Brasil. Materiais e Método. Trata-se de um estudo quantitativo e transversal com 182 profissionais do NASF-AB, foram definidas como unidades-caso duas capitais do Brasil: João Pessoa, capital da Paraíba (PB), e Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul (MS). O processo de coleta foi realizado de fevereiro a março de 2020. Para coletar os dados, foi aplicado um questionário estruturado a uma amostra aleatória de trabalhadores de nível superior que compõem as equipes do NASF-AB. Para verificar a homogeneidade da amostra entre os municípios, foi realizado o teste de qui-quadrado (χ2) para comparar a frequência de cada variável independente e dependente nos municípios de João Pessoa e Campo Grande. Para verificar a associação individual entre as variáveis dependentes e as independentes os desfechos foram ajustados nos modelos de Regressão Logística Binária e inseridas no modelo de Regressão Logística Múltipla. As associações foram expressas em valores de Odds Ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%). A pesquisa foi aprovada pelas SMS das duas cidades, e pelos Comitês de Ética em Pesquisa de ciências da saúde da UFPB parecer no. 3.281.041 e da UFMS o parecer nº.3.584.953. Resultados. Verificou-se, a predominância do sexo feminino (n=151; 83%), entre 25 a 45 anos de idade (n= 153; 84%), a maioria tinha mais de cinco anos de formado (n=137; 75,2%). Os trabalhadores satisfeitos com a comunicação entre seus parceiros da equipe (OR= 4,83; IC95% 1,52 – 16,49). Apresentaram mais chances de avaliar positivamente o trabalho interprofissional entre o NASF-AB e a ESF os trabalhadores com mais tempo no NASF-AB (OR= 5,82; IC95% 1,39 – 40,77) e que se sentiam realizados com o seu trabalho no NASF-AB (OR= 2,85; IC95% 1,31 – 6,40). Considerações Finais. Pode-se afirmar que este estudo foi capaz de alcançar seus objetivos. O instrumento utilizado para avaliar os fatores pessoais e de satisfação com o trabalho interprofissional, a relação entre os membros do NASF-AB e uma avaliação positiva do trabalho possibilitaram identificar os perfis e as relações interpessoais entre os trabalhadores do NASF-AB com NASF-AB e NASF-AB com ESF.
  • BRUNA DE OLIVEIRA ABREU
  • A educação interprofissional e o trabalho colaborativo nas Residências em Saúde da Família no Município de João Pessoa-PB
  • Orientador : TALITHA RODRIGUES RIBEIRO FERNANDES PESSOA
  • Data: 16/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • Introdução: A reorganização dos processos formativos, tanto na graduação quanto nos programas de pós-graduação, tem despertado as mais diversas reflexões a respeito da importância do trabalho em equipe, de práticas colaborativas e da educação interprofissional. Objetivo: Compreender a percepção dos residentes e egressos sobre o papel da educação interprofissional e os elementos do trabalho colaborativo dentro dos dois Programas de Residências em Saúde da Família no Munícipio de João Pessoa - Paraíba. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva de abordagem qualitativa. Foi adotado o protocolo Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research e elaborado um instrumento semiestruturado. Participaram da pesquisa os egressos que haviam concluído a residência em março de 2022 e foram escolhidos por acessibilidade e conveniência. A realização da coleta de dados aconteceu por via remota com gravação de tela (imagem e áudio) sob permissão dos participantes. As entrevistas foram realizadas no período de maio a junho de 2022. Utilizando o critério de saturação, os registros foram analisados sob a perspectiva da análise de conteúdo de Bardin, na modalidade categorização temática. Resultados e discussão: A análise resultou em quatro categorias: trabalho colaborativo interprofissional, prática interprofissional colaborativa, efeitos da residência no trabalho interprofissional e a interprofissionallidade no período pandêmico. Observou-se o entendimento da importância da interprofissionalidade para a formação nos programas de residência, pela compreensão de como os egressos percebem-na e, diante disso, colocam-na em prática, inclusive imersos em um contexto pandêmico, desencadeando mudanças de práticas interpessoais estimuladas pelo programa. Considerações finais: Os egressos apresentaram em suas falas domínio do conceito da interprofissionalidade e entendem o papel da educação interprofissional nas práticas profissionais e do cuidado em saúde. À luz da perpesctiva dos egressos, constatou-se que os programas de residência em saúde da família, apesar de fragilidades percebidas, são ótimos campos de atuação para o desenvolvimento da interprofissionalidade, favorecendo uma visão de clínica ampliada e cuidado integral na assistência.
  • ÉRIKA MAYRA DE ALMEIDA BARRETO
  • DURAÇÃO DO SONO, EXCESSO DE PESO E O CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM ADOLESCENTES: ESTUDO LONGITUDINAL
  • Data: 31/01/2023
  • Hora: 09:00
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  • Objetivo: analisar prospectivamente a relação entre duração do sono, excesso de peso e o consumo de alimentos ultraprocessados em adolescentes escolares. Métodos: Estudo longitudinal, realizado entre 2014 e 2017, com adolescentes de 10 a 14 anos. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista face a face, com aplicação de questionário, de forma individual. As variáveis selecionadas foram fatores sociodemográficos, turno de aula, duração do sono, comportamento sedentário, peso, altura, IMC/idade, consumo alimentar, nível de atividade física. Para testar a prospectivamente a relação entre duração do sono, IMC e consumo de alimentos ultraprocessados o banco foi avaliado em painel, não balanceado, estratificado por sexo, utilizando-se a regressão quantílica para testar a associação entre as variáveis. Resultados: os valores de IMC/idade mudaram pouco entre os sexos, nos anos de 2015 (meninos 20,1 kg/m² e meninas 20,5 kg/m²) e 2017 (meninos 20,4 kg/m² e meninas 21,5 kg/m²). As meninas apresentaram maior percentual de sobrepeso e obesidade nos últimos dois anos (2016 30,7% e 2017 27,5%) e redução da prática de atividade física em minutos por dia ao longo dos anos, iniciando com 67 min/dia no ano de 2014 e finalizando com 41 min/dia em 2017. Ao observar o tempo de sono, IMC e comportamento sedentário no percentil 50 o sexo feminino mostrou um aumento de 0,7 kg/m² (P 0,003) para cada hora de sono perdida e o sexo masculino no percentil 25 0,9 kg/m² (P 0,003). Modelo 3 as meninas e meninos no percentil 25, aumentaram 0,8 kg/m² e 0,9 kg/m² respectivamente com valor de P 0,003 para ambos os sexos. No modelo 4, ao inserir a idade, os meninos no percentil 25 obteve aumento de 0,7 kg/m² para cada hora de sono perdida. No tempo de sono e percentual de energia dos ultraprocessados, no modelo 2,3 e 4 destacou-se o percentil 90 do sexo masculino com maior valor no consumo de ultraprocessados para cada hora de sono perdida 0,7% (P 0,265), 0,7 % (P 0,268), 0,7% (P 0,307) respectivamente. Conclusão: A média de sono dos adolescentes apesar de diminuir ao longo dos anos, permaneceu dentro do recomendado para a faixa etária, de tal maneira que o tempo de sono não influenciou no aumento do IMC para os grupos com estado nutricional acima do indicado para a idade. Porém o sono influenciou no aumento do consumo de alimentos ultraprocessados pelos meninos com obesidade.
2022
Descrição
  • ÍTALO ASSIS BEZERRA DA SILVA
  • Impacto do cuidado farmacêutico em unidades de terapia intensiva de ambiente materno-infantil: uma revisão sistemática de estudos primários
  • Data: 28/11/2022
  • Hora: 18:00
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  • O profissional farmacêutico, a partir dos Serviços Clínicos providos por Farmacêuticos (SCF), assume papel importante no que tange a promoção e recuperação da saúde dos pacientes, por atuar na otimização da farmacoterapia e influenciar diretamente na melhoria de desfechos clínicos, humanísticos e econômicos. A farmácia clínica é considerada a área da farmácia direcionada ao uso racional de medicamentos e em ambiente hospitalar tem potencial para reduzir erros de medicação, reações adversas a medicamentos e tempo de internação. Neste sentido, o presente trabalho avaliou os desfechos de processo gerados a partir da intervenção farmacêutica em unidades de terapia intensiva de ambiente materno-infantil, por meio da realização de uma revisão sistemática, que seguiu as recomendações PRISMA e COCHRANE, respeitando todas as etapas, e sendo realizada por dois revisores independentes. Foram incluídos 08 estudos primários (02 coorte, 04 transversais e 02 ensaios comunitários), totalizando uma população de aproximadamente 1.400 pacientes. A qualidade dos estudos incluídos variou de baixo a alto risco de viés de acordo com a Newcastle-Ottawa Scale (NOS) para os estudos coorte e transversais, e de moderado a grave risco de viés, de acordo com o ROBINS-I para os estudos intervencionais não-randomizados. Os resultados demonstraram que as intervenções do profissional farmacêutico clínico reduzem PRM, EM, RAM, EAPP, MI, OT, FT, OV em pacientes críticos de UTI de ambiente materno-infantil, além de ter possível influencia na redução de custos para instituição hospitalar. Evidenciando, assim, que o profissional farmacêutico, através de suas habilidades clínicas, tem impacto positivo nos desfechos clínicos, humanísticos e econômicos dos pacientes em cuidados intensivos. Dada a escassez de estudos primários e secundários sobre a temática, sugere-se a realização de novos estudos, a fim de fomentar a literatura da saúde baseada e evidências e, assim, servir de suporte para o adequado manejo clínico de pacientes em cuidados intensivos no ambiente supracitado.
  • SEMIRAMES MARLEXANDRA DE LIMA COQUEIJO
  • DESIGUALDADES SOCIAIS E A PERCEPÇÃO DE MUDANÇAS NOS MODOS DE VIDA DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19 NA PARAÍBA
  • Data: 30/08/2022
  • Hora: 10:00
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  • As desigualdades econômicas, políticas e sociais resultam diretamente nas implicações da crise sanitária e em como a população é atingida. A população brasileira passa diariamente pela falta de justiça social e por iniquidades em saúde, influenciadas por fatores econômicos, culturais, de gênero e cor da pele/ etnia, intensificadas pela pandemia do COVID-19. Assim, uma grande parcela da população não alcança as necessidades básicas para uma vida cotidiana satisfatória. A pandemia do COVID-19 interfere nos modos de vida de todos os brasileiros e os fatores socioeconômicos paralelamente às desigualdades sociais fazem desses modos de vida uma pluralidade de possibilidades e percepções, assim busca-se compreender como os impactos da pandemia se deram na percepção de mudança nos modos de vida. Objetivo: Analisar como as desigualdades sociais se relacionam à percepção de mudanças nos modos de vida dos moradores da cidade de João Pessoa- PB em função da pandemia do COVID-19. Métodos: trata-se de estudo de abordagem mista, com posterior discussão dos dados através da triangulação de métodos. A etapa quantitativa se deu por survey online disponibilizado na plataforma Google Forms, sendo publicizado por meio das mídias sociais e contatos com representantes com articulação em vários âmbitos da cidade. A amostra foi não probabilística com auto seleção irrestrita e puderam participar moradores do município de João Pessoa - PB de 18 anos à 59 anos. Para o cálculo da amostra foi considerada uma prevalência de 50%, com margem de erro de quatro pontos percentuais, e intervalo de confiança de 95%, sendo estimado, portanto, uma amostra de 600 participantes. Buscou-se a representatividade no município pelos seguintes estratos: sexo, cor da pele/etnia, renda e escolaridade. Por meio de análise de classes latentes encontraremos as interações, homogeneidades e heterogeneidades entre os fatores sociodemográficos e as percepções dos modos de vida. Assim encontraremos os grupos para a entrevista em profundidade na qual faremos a análise qualitativa. Para as entrevistas serão selecionados sujeitos em cada grupo formado na análise de classes latentes, considerando-se o critério de saturação teórica. A partir da triangulação dos resultados, buscarse-á compreender como os diferentes subgrupos populacionais estão sendo afetados em seus modos de viver, sugerindo aos tomadores de decisão a implementação de estratégias mais eficientes de enfrentamento às consequências deixadas pela pandemia, assim como a seguridade dos itens básicos para acesso e manutenção da saúde.
  • JOSÉ AUGUSTO DE SOUSA RODRIGUES
  • EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE E COVID-19: Analise de experiências para o enfrentamento da pandemia na cidade de João Pessoa-PB
  • Orientador : PEDRO JOSÉ SANTOS CARNEIRO CRUZ
  • Data: 31/01/2022
  • Hora: 19:00
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  • INTRODUÇÃO: A educação popular é entendida como um movimento teórico prático de construção do conhecimento, que se estrutura a partir do contato do homem com o mundo e com o trabalho, visa contribuir na construção de uma consciência crítica das classes populares. No decorrer dos anos, a educação popular e as experiências de educação popular em saúde têm sido muito importantes no que diz respeito ao enfrentamento das desigualdades sociais e na busca da autonomia das comunidades populares do país. Desde o início do ano de 2020 viemos enfrentando um período atípico para todos pela ocorrência da pandemia da COVID-19. Esse momento nos revela problemas que vão além da doença, como a grande vulnerabilidade estrutural, as quais diversas comunidades do país estão expostas cotidianamente. Por outro lado, percebe-se a importância das ações colaborativas, das redes de solidariedade e da necessidade que temos em viver em coletividade. OBJETIVO: Analisar experiências de Educação Popular em Saúde desenvolvidas no âmbito da Atenção Primária a Saúde da cidade de João Pessoa-PB para o enfrentamento da COVID-19. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de campo do tipo descritiva e exploratória e com abordagem qualitativa, realizada com onze protagonistas de experiências de educação popular em saúde desenvolvidas no âmbito da atenção primária para auxílio das comunidades no enfrentamento da pandemia da COVID-19. A produção dos dados da pesquisa foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas guiadas por um questionário; as entrevistas foram realizadas por meio da plataforma Google Meet, gravadas e posteriormente transcritas e analisadas pelo pesquisador. O material referente aos resultados da pesquisa foi analisado a partir da perspectiva de análise da hermenêutica-dialética fundamentada por Minayo. A pesquisa foi realizada de acordo com os princípios éticos da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovada pelo comitê de ética em Pesquisa do Centro de Ciências Médicas –CCM da Universidade Federal da Paraíba-UFPB, sob o número CAAE 40491120.5.0000.8069 e parecer de número 4.452.938. RESULTADOS: Os resultados da pesquisa apresentam o desenvolvimento de diversas experiências voltadas ao enfrentamento da pandemia da COVID-19, que tiveram como pressupostos metodológicos os princípios e bases da educação popular em saúde, principalmente de iniciativa dos movimentos sociais, profissionais da atenção primária à saúde e projetos de extensão da Universidade Federal da Paraíba. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observa-se um forte aumento das campanhas de solidariedade dentro das comunidades carentes da cidade de João Pessoa. Essas iniciativas tornam-se a principal alternativa de combate a fome que se alastrava nessas localidades. Além disso, destaca-se também as estratégias de prevenção e promoção da saúde organizadas em conjunto com profissionais de saúde e movimentos sociais das comunidades para o enfrentamento da COVID19, as quais foram organizadas visando tanto prevenção, como também levar o conhecimento para a comunidade de forma dialógica, objetivando a desconstrução de informações falsas disseminadas nas mídias.
2021
Descrição
  • MARIA JOYCE TAVARES ALVES
  • REPERCUSSÕES DA MASTECTOMIA EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA: autopercepção identitária e acessibilidade frente as políticas públicas
  • Data: 29/11/2021
  • Hora: 14:00
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  • INTRODUÇÃO: Hoje, mesmo com as inúmeras campanhas enfatizando a importância em diagnosticar precocemente o câncer de mama, o índice de mastectomias realizadas continua bastante elevado devido à detecção tardia. As repercussões da mastectomia podem ser muito complexas, e intervir na rotina e modo de vida da mulher, o que dificulta o processo de readaptação pós mastectomia. Frente a isso, o sistema público de saúde dispõe de leis, resoluções e políticas públicas, que oferecem serviços no intuito de apoiar as mulheres mastectomizadas, porém, existem alguns problemas, que por vezes, impossibilitam a acessibilidade. OBJETIVO: Analisar as repercussões da mastectomia em mulheres com câncer de mama, participantes de grupos de apoio, enfatizando a autopercepção identitária, adaptação e acessibilidade aos serviços públicos que apoiam as peculiaridades desta população específica. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de campo, descritivo, com abordagem qualitativa, realizado na Paraíba com dois grupos de apoio que atendem às mulheres com câncer de mama, em Cajazeiras, e na capital João Pessoa. A amostra, delimitada de acordo com o critério de saturação, foi de 20 mulheres. As entrevistas foram conduzidas por formulário semiestruturado. A análise dos dados foi realizada por meio da Análise de Conteúdo de Bardin nos três artigos, sendo que os (artigos 1 e 2) foram discutidos a luz da teoria da adaptatividade da sister Callista Roy, enquanto que no (artigo 3), após a criação de pré-categorias com auxílio da análise de Bardin, cada categoria foi transformada em corpus e analisada separadamente por meio do software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ), utilizando-se da ferramenta: Análise de similitude. As figuras e análise descritiva gerados pelo software direcionaram os caminhos da discussão, organizando a contextualização dos resultados do estudo. O Projeto possui aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), sob parecer nº 4.095.949, emitido pelo Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). RESULTADOS: Os resultados do estudo foram expressos em três artigos, o (Artigo 1) trata da autopercepção identitária das mulheres mastectomizadas, o (Artigo 2) diz respeito ao processo adaptativo da mulher pós mastectomia, e o (Artigo 3) discorre acerca da percepção das mulheres mastectomizadas sobre a acessibilidades aos serviços públicos de apoio. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observou-se que as mulheres participantes dos grupos de apoio apresentaram um comportamento espontâneo nas respostas, o que facilitou a identificação de bastante dificuldade de reconhecimento identitário. Algumas mulheres precisaram recorrer a ajuda de profissionais, além do apoio familiar e social para reconhecer que as modificações de vida exigiam uma dinâmica diferenciada, adaptada à nova condição, o que destaca a importância dos serviços públicos que apoiam as mulheres pós mastectomia.
  • EDJAVANE DA ROCHA RODRIGUES DE ANDRADE SILVA
  • PARCERIA ENTRE O TERCEIRO SETOR E O ESTADO DA PARAÍBA: análise da Rede de Cardiologia Pediátrica Pernambuco-Paraíba
  • Data: 29/10/2021
  • Hora: 15:00
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  • A parceria entre o Terceiro Setor e o Estado tem se configurado prática consistente na oferta de assistência à saúde no Brasil deste a década de 1990. As razões para o crescimento e consolidação dessa prática decorrem das pressões que as demandas sociais exercem sobre a relação entre sociedade e Estado, provocadas pelo capitalismo e seu aprofundamento. Nesse sentido, o presente trabalho analisou a estratégia de implantação da Rede de Cardiologia Pediátrica Pernambuco – Paraíba (RCP), convênio entre a Fundação Círculo do Coração e o Estado da Paraíba. Trata-se de um estudo de caso, descritivo e exploratório com abordagem qualitativa, tendo como sujeitos de estudo 2 gestores e 9 profissionais da RCP. A coleta de informações ocorreu por meio de documentos oficiais da RCP, documentos da Gestão Estadual, reportagens, entrevistas semiestruturadas e questionários.A análise dos dados se fez por meio de Avaliação de implantação com base na elaboração do Diagrama de Modelo-lógico e análise de discurso. Os resultados apontam para uma estratégia de implantação de coordenação unidirecional e regionalização horizontal, com a possibilidade de ser replicada, mas qualificando a democratização do processo de implantação, por meio dos espaços de gestão e controle social.
  • EDJAVANE DA ROCHA RODRIGUES DE ANDRADE SILVA
  • PARCERIA ENTRE O TERCEIRO SETOR E O ESTADO DA PARAÍBA: análise da Rede de Cardiologia Pediátrica Pernambuco-Paraíba
  • Data: 29/10/2021
  • Hora: 15:00
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  • A parceria entre o Terceiro Setor e o Estado tem se configurado prática consistente na oferta de assistência à saúde no Brasil deste a década de 1990. As razões para o crescimento e consolidação dessa prática decorrem das pressões que as demandas sociais exercem sobre a relação entre sociedade e Estado, provocadas pelo capitalismo e seu aprofundamento. Nesse sentido, o presente trabalho analisou a estratégia de implantação da Rede de Cardiologia Pediátrica Pernambuco – Paraíba (RCP), convênio entre a Fundação Círculo do Coração e o Estado da Paraíba. Trata-se de um estudo de caso, descritivo e exploratório com abordagem qualitativa, tendo como sujeitos de estudo 2 gestores e 9 profissionais da RCP. A coleta de informações ocorreu por meio de documentos oficiais da RCP, documentos da Gestão Estadual, reportagens, entrevistas semiestruturadas e questionários.A análise dos dados se fez por meio de Avaliação de implantação com base na elaboração do Diagrama de Modelo-lógico e análise de discurso. Os resultados apontam para uma estratégia de implantação de coordenação unidirecional e regionalização horizontal, com a possibilidade de ser replicada, mas qualificando a democratização do processo de implantação, por meio dos espaços de gestão e controle social.
  • GABRIELLE MANGUEIRA LACERDA
  • A Educação Interprofissional na Formação em Saúde da Paraíba
  • Data: 27/10/2021
  • Hora: 14:00
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  • A atenção à saúde vivencia um contexto complexo de novas circunstâncias de vulnerabilidade em saúde. A Educação Interprofissional (EIP) destaca-se como estratégia que pode promover uma reformulação e regulação da atividade profissional com disposição para a colaboração entre diferentes categorias profissionais no serviço. Teve por objetivo conhecer a percepção dos discentes sobre a formação para atuação no SUS, na perspectiva da interprofissionalidade e práticas colaborativas em equipe; e investigar experiências e vivências na formação na perspectiva da interprofissionalidade e práticas colaborativas em equipe. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com estudantes matriculados no último período dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Odontologia, Educação Física, Fisioterapia e Serviço Social de duas Instituições Públicas de Ensino do nordeste brasileiro. Utilizou-se como técnica para coleta dos dados empíricos o grupo focal, os quais foram transcritos e analisados na perspectiva de análise temática de conteúdo. O estudo obedeceu aos preceitos éticos dispostos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal da Paraíba sob parecer de número 3.222.362. Observou-se o potencial dos estágios supervisionados como cenários de aprendizagem para a EIP. Os estudantes relataram que a partir do trabalho em equipe foi possível o aprender com, sobre o outro e entre si. Os estudantes destacaram fragilidades na formação as quais sinalizam para a necessidade de institucionalização da EIP nos currículos, movimento de educação permanente em saúde e desenvolvimento docente. Sendo assim, é importante a intencionalidade nesse percurso formativo para o aprendizado com, sobre os outros e entre si. A EIP é uma estratégia de formação visando uma produção de cuidado comprometida com sujeitos e suas famílias, comunidade e territórios.
  • ERLAINE SOUZA DA SILVA
  • CONTRIBUIÇÕES DO PMAQ-AB PARA O ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM JOÃO PESSOA: percepções dos trabalhadores de saúde de um Distrito Sanitário de João Pessoa - PB
  • Data: 22/10/2021
  • Hora: 08:30
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  • O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma proposta de inovação no âmbito da gestão e do cuidado em saúde do Brasil. Nesse contexto, insere-se a Estratégia Saúde da Família (ESF) que busca o desenvolvimento da Atenção Primária a Saúde (APS) com abrangência, qualidade e acesso aos serviços. No sentido de corroborar com esses preceitos, em 2011 foi criado o Programa de Melhoria da Qualidade e do Acesso da Atenção Básica (PMAQ-AB), que visa ampliar o acesso e a qualidade da assistência à saúde na APS. Este estudo teve como objetivo analisar as contribuições do PMAQ-AB para o acesso da população aos serviços de saúde da APS em João Pessoa/PB, a partir das percepções dos trabalhadores de saúde de um Distrito Sanitário do município de João Pessoa-PB. Trata - se de uma pesquisa exploratória descritiva com abordagem qualitativa, na qual ocorreram entrevistas semiestruturadas por modo remoto com 15 trabalhadores de saúde, do Distrito Sanitário IV do município supracitado. Os resultados indicam que houve ampliação do acesso aos serviços de saúde, impulsionados pelo PMAQ-AB. Contudo, ainda são identificadas fragilidades na gestão dos recursos com transparência, a efetiva participação dos trabalhadores, limitando o processo de construção de uma visão crítico-reflexiva dos gestores públicos e trabalhadores da ESF sobre o acesso aos serviços de saúde na APS.
  • SARAH BARBOSA SEGALLA
  • ATUAÇÃO POLÍTICA DE MÉDICAS E MÉDICOS DE FAMÍLIA E COMUNIDADE NO BRASIL: discursos e projetos em disputa e sua relação com políticas neoliberais
  • Data: 21/10/2021
  • Hora: 09:00
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  • A medicina de família e comunidade (MFC) é uma especialidade médica importante na estruturação da atenção primária à saúde (APS) nos sistemas de saúde e, nos últimos anos, médicas e médicos de família e comunidade têm ocupado cada vez mais espaços na formulação de políticas, na gestão de serviços e no mercado privado da saúde. Propõe-se através desta pesquisa analisar os discursos de modelos de APS e MFC defendidos por figuras relevantes na formação da especialidade no Brasil, notadamente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, e médicos de família e comunidade que protagonizam os discursos da especialidade em cargos de corporações, ligados ao governo ou nas formulações acadêmicas. Esses discursos foram analisados em relação às recomendações de organismos internacionais (o Banco Mundial e a Organização Pan-americana de Saúde/ Organização Mundial de Saúde), às políticas para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para o mercado privado de planos e seguradoras. Os dados foram produzidos a partir de revisão bibliográfica sobre a temática e análise de documentos e produções públicas das entidades e de sujeitos implicados com o objeto do estudo, e analisados por método de análise de discurso crítica. A partir desta análise, identificou-se uma inclinação discursiva de alguns grupos, aliados ao capital médico-financeiro, em direção a modelos liberais-privatistas de MFC e projetos seletivos de APS, mas também discursos de resistência, que pretendem defender o SUS e recuperar para a atenção básica o papel histórico de construção das condições para a garantia do direito à saúde. A pesquisa também permitiu explorar possíveis cenários que o SUS protagonizará no próximo período e identificar pontos estratégicos de disputa discursiva, política e prática, em especial no lugar de fala e prática da medicina de família e comunidade.
  • SARAH BARBOSA SEGALLA
  • ATUAÇÃO POLÍTICA DE MÉDICAS E MÉDICOS DE FAMÍLIA E COMUNIDADE NO BRASIL: discursos e projetos em disputa e sua relação com políticas neoliberais
  • Data: 21/10/2021
  • Hora: 09:00
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  • A medicina de família e comunidade (MFC) é uma especialidade médica importante na estruturação da atenção primária à saúde (APS) nos sistemas de saúde e, nos últimos anos, médicas e médicos de família e comunidade têm ocupado cada vez mais espaços na formulação de políticas, na gestão de serviços e no mercado privado da saúde. Propõe-se através desta pesquisa analisar os discursos de modelos de APS e MFC defendidos por figuras relevantes na formação da especialidade no Brasil, notadamente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, e médicos de família e comunidade que protagonizam os discursos da especialidade em cargos de corporações, ligados ao governo ou nas formulações acadêmicas. Esses discursos foram analisados em relação às recomendações de organismos internacionais (o Banco Mundial e a Organização Pan-americana de Saúde/ Organização Mundial de Saúde), às políticas para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para o mercado privado de planos e seguradoras. Os dados foram produzidos a partir de revisão bibliográfica sobre a temática e análise de documentos e produções públicas das entidades e de sujeitos implicados com o objeto do estudo, e analisados por método de análise de discurso crítica. A partir desta análise, identificou-se uma inclinação discursiva de alguns grupos, aliados ao capital médico-financeiro, em direção a modelos liberais-privatistas de MFC e projetos seletivos de APS, mas também discursos de resistência, que pretendem defender o SUS e recuperar para a atenção básica o papel histórico de construção das condições para a garantia do direito à saúde. A pesquisa também permitiu explorar possíveis cenários que o SUS protagonizará no próximo período e identificar pontos estratégicos de disputa discursiva, política e prática, em especial no lugar de fala e prática da medicina de família e comunidade.
  • AUGUSTO JOSE BEZERRA DE ANDRADE
  • Fatores associados ao clima de trabalho em equipe na estratégia saúde da família
  • Data: 09/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • INTRODUÇÃO: Os Sistemas de Saúde mundiais são desafiados cada vez mais a darem respostas resolutivas e de qualidade as dinâmicas e complexas necessidades de saúde da população, demandando uma mudança na lógica assistencial, na qual os serviços e profissionais de saúde são estimulados a atuarem na perspectiva da colaboração interprofissional. Nesse contexto destaca-se a Atenção Primaria a Saúde-APS, a qual melhor incorporou esse modelo de organização do trabalho, proposta pela Estratégia de Saúde da Família-ESF. Ela se apresenta como espaço propício para o trabalho colaborativo, possibilitando assim o desenvolvimento de estudos acerca da temática. OBJETIVO: Neste contexto, este estudo tem como objetivo geral: Analisar o clima de equipe na Estratégia Saúde da Família em uma capital do Brasil, e como objetivos específicos: traçar um perfil dos profissionais e do trabalho da Estratégia Saúde da Família; avaliar o clima de equipe de trabalhadores da Estratégia Saúde da Família; verificar os fatores associados aos escores da Escala de Clima de Equipe-ECE. MÉTODO: Trata-se de um estudo de caso, de cunho quantitativo, definindo como unidade-caso uma capital brasileira (João Pessoa-PB). A população alvo para o estudo foram os trabalhados de nível superior da ESF (cirurgiões dentistas, médicos e enfermeiros) e os agentes comunitários de saúde. A coleta dos dados foi realizada por uma equipe treinada, que aplicou aos sujeitos da pesquisa um questionário estruturado. Os dados foram submetidos a análise de estatística descritiva e empregados os devidos testes de validação, qui-quadrado e ANOVA. A pesquisa foi aprova pelo comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal da Paraíba. RESULTADOS: Os resultados estão apresentados em forma de dois artigos originais, o primeiro: O TRABALHO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM UMA CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO trata do perfil profissional e das características do trabalho em equipe, encontrando-se uma população em sua maioria feminina, jovem com alto grau de fixação na ESF e satisfação profissional e com predomínio de práticas individuais e desarticuladas. No segundo: CLIMA DE TRABALHO EM EQUIPE E SEUS FATORES ASSOCIADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE abordou-se o clima de equipe por meio dos resultados da ECE dando origem a um modelo de blocos hierárquicos sobre os fatores que se relacionam as variáveis analisadas e a ECE, apontadno que na realidade estudada observa-se um clima de equipe satisfatório, mas que elementos relacionados ao processo de trabalho, a satisfação e a realização profissional interferem positiva e/ou negativamente com o trabalho colaborativo. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES: Na APS de João Pessoa/Pb, percebe-se avanços e desafios que permeiam o clima de equipe e consequentemente a colaboração interprofissional, os quais estão envoltos ao perfil profissional e ao processo de trabalho das equipes, sendo necessário investimentos em estratégias que venham a qualificar o trabalho e fortalecer as práticas colaborativas.
  • TARCISIO ALMEIDA MENEZES
  • As Mães Na Produção Do Cuidado À Pessoa Com Deficiência
  • Data: 29/07/2021
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: Os cuidados às Pessoas com Deficiência (PcD) são atribuições majoritariamente executadas por mulheres, sendo a mãe a principal provedora. Na centralidade desses encargos, impostos culturalmente, as mulheres produzem diversas conexões existenciais para garantia do cuidado do outro, em diferentes contextos, através da articulação de redes institucionais e Redes Vivas. O estudo dos movimentos construídos pelas mulheres, mães de PcD, no exercício do cuidado de si e de seus filhos contribui para o entendimento da tessitura de suas próprias redes de sociabilidades e cuidados. Objetivo: O presente estudo objetiva analisar os agenciamentos para produção de cuidados operados por mães de PcD, na cidade de João Pessoa – PB, em suas experiências cotidianas. Método: Para tanto, foi realizada uma cartografia das produções de cuidado dessas mães, a partir de uma abordagem qualitativa, em um estudo do tipo exploratório e analítico. Foram utilizados diversos dispositivos cartográficos, que permitiram o rastreamento das afecções e tensões que o encontro com os “outros” agenciou para a produção do cuidado a PcD por suas mães, tais como: conversas com mães que têm filhos com deficiência, entrevista virtual em profundidade com uma delas, e o mapeamento por geoprocessamento da rede. Todas as produções foram registradas em diário cartográfico e processadas em grupo de pesquisa. Resultados: O percurso cartográfico resultou em três (03) produtos, sendo eles: (i) uma discussão teórico-metodológica acerca da potência das mães como guias para o estudo de produções de cuidado para seus filhos; (ii) um mapeamento das instituições de saúde, evidenciando acessos e barreiras da rede especializada no atendimento a PcD no Sistema Único de Saúde em João Pessoa; e (iii) a cartografia dos movimentos de uma mãe-guia enquanto efetiva Rede Viva em produção para garantia do cuidado de si e de seu filho com deficiência. Conclusões: Diante do exposto, foi possível aprofundar teórico metodologicamente o conceito-ferramenta mãe-guia para a discussão das redes de cuidados a PcD. Nesse percurso foi evidenciado movimentos entre as redes institucionais e vivas construídos por mães de PcD que são atravessados por diferentes relações de poder. No que se refere às articulações que acontecem para garantia do cuidado operado pelas mães de PcD, observa-se a existência de barreiras territoriais e a potência de produções inventivas de cuidado que não se prendem ao diagnóstico clínico e que em acontecimento vão sendo tecidas, montadas e desmontadas, em um processo vivo.
  • DEBORA THAISE FREIRES DE BRITO
  • O cuidado de si e do outro: a Saúde do Trabalhador em foco em tempos de pandemia sob o olhar dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família
  • Data: 29/06/2021
  • Hora: 14:00
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  • A Saúde do Trabalhador (ST) se caracteriza como um campo de práticas político-ideológicas e saberes interdisciplinares que leva em consideração a relação trabalho, saúde e ambiente como determinantes do processo saúde-doença. No âmbito da Atenção Primária a Saúde (APS), as ações em ST ainda se constituem como um desafio para gestores e trabalhadores de saúde, principalmente em tempos de pandemia de COVID-19, que pedem mais vigilância e cuidado a saúde dos trabalhadores do território. Nessa perspectiva, o objetivo do estudo é compreender os significados relacionados aos temas abordados pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) sobre a ST em tempos de pandemia. Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, realizada com 16 profissionais da ESF de João Pessoa, dentre eles médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas, entre junho e setembro de 2020, por meio da plataforma digital Skype. A técnica de entrevista foi utilizada, sendo orientada por um roteiro semiestruturado. Para a análise de dados, utilizou-se a técnica de Análise de Conteúdo Temática proposta por Bardin. Está pesquisa se integra a um projeto maior intitulado “A ST no território da APS: do contexto ao significado para trabalhadores”, que teve aprovação pelo Comité de Ética em Pesquisa sob CAEE: 87110318.0.0000.5188. Observou-se que a pandemia contribuiu para o agravamento da precarização do trabalho na ESF e na escassez de ações de promoção, prevenção e vigilância em ST. Os trabalhadores de saúde tiveram que reorganizar os processos de trabalho para enfrentar a pandemia, e a partir de acordos coletivos locais e do apoio das residências médicas e multiprofissionais em saúde, conseguiram autogerir o trabalho. Visando a manutenção da saúde, elaboraram alternativas individuais de sobrevivência para minimizar os impactos que a pandemia impôs em suas dimensões biopsicossociais e espirituais, como monitoramento dos sinais vitais, manutenção de alimentação saudável, prática de exercícios físicos, adesão às medidas de biossegurança de forma assertiva e a prática da espiritualidade. No que tange a atenção à saúde dos usuários-trabalhadores, os profissionais realizaram ações de gerenciamento do risco de infecção por COVID-19, ações de educação em saúde sobre as medidas de prevenção da doença; asseguram a continuidade dos atendimentos e monitoramento dos usuários com doenças crônicas por meio do teleatendimento; e garantiram o afastamento do trabalho aos usuários com COVID-19, por meio dos atestados médicos, ações que contribuíram para minimizar o risco de propagação da doença nos ambiente de trabalho e na comunidade e, sobretudo, garantir a empregabilidade. O estudo possibilitou compreender a realidade vivenciada pelos profissionais da ESF em tempos de pandemia, denotando a necessidade de valorização desse trabalhador, uma vez que tiveram a capacidade de entender as novas demandas e reorganizar o processo de trabalho, a partir da implementação de novas estratégias de cuidado de si e de outros trabalhadores do território de atuação, assegurando assim, a continuidade da atenção a saúde.