PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ANDRÉ AZEVEDO DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRÉ AZEVEDO DOS SANTOS
DATA: 05/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do IPeFarM
TÍTULO: ATIVIDADES ANTIFÚNGICA E ANTIBIOFILME DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lavandula dentata L. E DE L-FENCHONA CONTRA Candida albicans DE ORIGEM BUCAL
PALAVRAS-CHAVES: Candidíase Bucal; Produtos com Ação Antimicrobiana; Antifúngicos; Óleos Essenciais; Fenchona.
PÁGINAS: 131
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A candidíase representa a micose mais comum da cavidade bucal. Candida albicans é a principal espécie causadora, seguida por C. glabrata. De maneira preocupante, os antifúngicos comerciais hoje disponíveis para o tratamento dessa doença, além de frequentemente causarem efeitos colaterais, enfrentam o grave problema da crescente resistência microbiana. Dessa forma, a busca por novos agentes antifúngicos de maior eficácia, menor toxicidade e que possuam um espectro de ação mais amplo torna-se urgente. Diante disso, o presente estudo buscou investigar a atividade e mecanismos de ação antifúngica, bem como a atividade antibiofilme, do óleo essencial de Lavandula dentata L. (OE-LD) do Brasil e do fitoconstituinte L-fenchona contra C. albicans isoladas de pacientes com candidíase bucal, incluindo um isolado resistente ao miconazol. Inicialmente, foi realizada a caracterização fitoquímica do OE-LD e, logo em seguida, um ensaio in silico para investigar as atividades antimicrobianas, características farmacocinéticas e risco de toxicidade de L-fenchona. A atividade antifúngica foi avaliada através da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fungicida Mínima (CFM) e Ensaio de associação com miconazol pela técnica do tabuleiro. Para elucidação de possíveis mecanismos de ação, foram realizados ensaios com Sorbitol e Ergosterol. A atividade antibiofilme foi avaliada na inibição da formação de biofilme, bem como na ruptura do biofilme pré-formado. Adicionalmente, a toxicidade das substâncias foi avaliada em eritrócitos humanos. A caracterização fitoquímica identificou eucaliptol (33.13%), cânfora (18.34%) e fenchona (15.67%) como fitoconstituintes majoritários do OE-LD do Brasil. Na avaliação in silico, L-fenchona demonstrou variadas atividades antimicrobianas, incluindo atividade antifúngica. Nos ensaios de atividade antifúngica, foi observada forte atividade, sobretudo fungicida, para o OE-LD (CIM100=8 μg/mL e CFM=16 μg/mL) e para o fitoconstituinte (CIM90=8 μg/mL e CFM=16 μg/mL) frente aos isolados bucais de C. albicans, inclusive contra duas cepas resistentes ao miconazol. A associação de ambas as substâncias com o antifúngico miconazol resultou em sinergismo. Em relação ao mecanismo de ação, nenhuma das substâncias atua por ligação ao ergosterol, nem provavelmente provocando danos à parede celular. Quanto à atividade antibiofilme, as duas substâncias demonstraram forte efeito inibitório à formação de biofilmes de C. albicans, mas não em romper o biofilme pré-formado. Por fim, no ensaio com eritrócitos humanos, observou-se baixa atividade hemolítica nas concentrações correspondentes às inibitórias. Em suma, os resultados obtidos na presente pesquisa demonstram com ineditismo que o OE-LD e L-fenchona têm potencial para representar futuros fármacos eficazes e seguros para tratamento da candidíase bucal, incluindo suas formas resistentes ao miconazol.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 333921 - EDELTRUDES DE OLIVEIRA LIMA
Externo ao Programa - 338029 - HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
Externo à Instituição - JOZINETE VIEIRA PEREIRA
Interno - 336287 - MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ
Interno - 1524402 - RICARDO DIAS DE CASTRO