PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: ADEGILDO ROLIM DE ABREU JUNIOR
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADEGILDO ROLIM DE ABREU JUNIOR
DATA: 14/04/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório Humberto Nóbrega/ CCS
TÍTULO: POTENCIAL ANTITUMORAL DE Annona vepretorum Mart. (Annonaceae) EM CÉLULAS DE CÂNCER COLORRETAL
PALAVRAS-CHAVES: Produtos naturais; Câncer; Farmacologia; Apoptose; Estresse oxidativo.
PÁGINAS: 115
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O câncer colorretal (CCR) é o terceiro tipo de câncer mais diagnosticado no mundo e o segundo mais letal. Aliado a isso, a terapia atual enfrenta desafios significativos incluindo a baixa seletividade, toxicidade, efeitos adversos e resistência aos medicamentos, justificando a busca por novos fármacos. Nesse contexto, os produtos naturais fornecem uma rica fonte de compostos bioativos com propriedades anticancerígenas. A planta Annona vepretorum Mart., conhecida como pinha da Caatinga, é uma espécie endêmica do nordeste brasileiro. Seus derivados vegetais apresentam efeitos citotóxicos descritos na literatura, mas não elucidados. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antitumoral in vitro do extrato éter de petróleo obtido a partir das cascas do caule de Annona vepretorum (EEP-Av). A citotoxicidade foi avaliada por meio do ensaio do brometo de 3-(4,5- dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio (MTT), frente a linhagens de células tumorais humanas (HCT 116, HT-29, SK-MEL-28, MCF-7 e LoVo) e linhagem celular humana não tumoral de indivíduo sadio (HaCaT). Após 72h de tratamento, a linhagem de carcinoma colorretal HCT 116 foi a mais sensível ao EEP-Av (CI50: 15,49 ± 2,28 μg/mL), não apresentando diferença significativa com a CI50 de 48h (14,66 ± 3,49 μg/mL), sendo escolhida para dar continuidade aos experimentos. Somado a isso, o extrato foi mais seletivo nessas células tumorais em 48h (Índice de seletividade IS: 5,84) do que no tempo de 72h (IS: 5,0), em relação à atividade em HaCaT (CI50 72h: 77,55 ± 2,50 μg/mL / CI50 48h: 85,62 ± 2,42 μg/mL). Em comparação, após 48h, o controle positivo doxorrubicina (DXR) foi mais citotóxico em células HaCaT (CI50: 0,64 ± 0,98 μM) do que em HCT 116 (CI50: 4,30 ± 0,99 μM), com IS de 0,14. Portanto, o EEP-Av apresentou 41,71 vezes mais seletividade que a DXR. A análise do tipo de morte celular (apoptose/necrose) por marcação com laranja de acridina/iodeto de propídio (LA/IP), mostrou que o EEP-Av induziu apoptose em células HCT 116, apresentando características como formação de blebs de membrana e alterações nucleares, confirmadas pelo ensaio com marcação de Hoechst 34580. Na investigação de alteração mitocondrial por JC-1, foi observado que o extrato causou a perda do potencial de membrana mitocondrial, inferindo a participação da via intrínseca de apoptose em seu mecanismo. Em sequência, no estudo de modulação do estado redox, observou-se que EEP-Av induziu aumento dos níveis de EROs, parcialmente revertido por pré-tratamento com N-Acetilcisteína (NAC). Portanto, o estudo realizado sugere que EEP-Av induz morte celular em linhagem de carcinoma colorretal humano (HCT 116), de forma seletiva, por meio da modulação da via intrínseca da apoptose e indução de estresse oxidativo.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3475890 - GLAUCIA VERISSIMO FAHEINA MARTINS
Presidente - 1148219 - JUAN CARLOS RAMOS GONCALVES
Interno - 3508139 - ROBSON CAVALCANTE VERAS