PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: RAMON RAMOS MARQUES DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAMON RAMOS MARQUES DE SOUZA
DATA: 27/08/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do IPeFarM
TÍTULO: Um novo complexo sulfonilditiocarbimato de índio(III) apresenta atividade anticâncer in vitro contra células de câncer colorretal
PALAVRAS-CHAVES: câncer colorretal; complexo de índio(III); apoptose; estresse oxidativo; MAPKs.
PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O câncer colorretal (CCR) figura entre os tumores mais incidentes e letais no mundo, estando frequentemente associado a mutações em genes como KRAS, BRAF e TP53, que contribuem para a progressão tumoral e para a resistência a quimioterápicos. Apesar dos avanços terapêuticos, as opções disponíveis ainda apresentam limitações relacionadas à toxicidade e à quimiorresistência, evidenciando a necessidade de novas alternativas. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito citotóxico e os mecanismos moleculares associados à ação do complexo de índio(III) com sulfonilditiocarbimato (InFP) em linhagens de CCR. Por meio do ensaio de MTT, a concentração capaz de inibir 50% a viabilidade celular (CI50) foi avaliada nas linhagens HCT-116, HT-29, LoVo e HEK-293 revelando que o InFP foi mais citotóxico para a linhagem HCT-116 (CI50: 2,87 ± 0,14µM). A doxorrubicina (DXR) foi usada como a droga padrão para os experimentos apresentando CI50: 2,53 ± 0,14µM. Ao comparar com a linhagem não tumoral HEK-293 (CI50: 107,7 ± 2,07µM), o índice de seletividade (IS) foi de 37,53 e 0,20 para o InFP e DXR, respectivamente, indicando que composto é mais seletivo que a droga padrão. O tipo de morte celular foi caracterizado por ensaios de microscopia confocal a laser, utilizando o laranja de acridina (LA) e iodeto de propídeo(IP) evidenciando características intrínsecas à apoptose, como condensação e fragmentação da cromatina, formação de blebs de membrana. A quantificação mostrou, após 48 h de tratamento, um aumento significativo de células em apoptose inicial na menor concentração testada (1,5 μM: 71,62 ± 3,76%; p<0,05), enquanto nas maiores concentrações houve um aumento significativo de apoptose tardia/necrose (76,57 ± 1,15% e 84,29 ± 1,03%, para 3 e 6 μM, respectivamente; p<0,05). O Hoechst 34580 reiterou os achados. Por meio da marcação com JC-1, foi possível observar que o InFP induz apoptose por meio da via intrínseca, evidenciada pela perda do potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm).Além disso, o efeito citotóxico do InFP é dependente de estresse oxidativo. O pré-tratamento com o antioxidante N-acetilcisteína (NAC, 5 mM) preveniu significativamente a citotoxicidade induzida pelo composto (viabilidade > 80% para 3 μM do InFP). Investigou-se também o envolvimento das vias de sinalização MAPKs por meio dos inibidores SP600125 (JNK), U0126 (MEK/ERK1/2) e PD169316 (p38). Observou-se que a inibição de JNK (viabilidade < 23% para 1,5 μM do InFP) e p38 (viabilidade < 45% para 1,5 μM do InFP) potencializou o efeito citotóxico do InFP. Esses achados apontam que o InFP induz apoptose em células HCT-116 de forma dependente de estresse oxidativo e modulado por MAPKs, configurando-se como um candidato promissor para o tratamento do CCR.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3042074 - ADRIANO FRANCISCO ALVES
Externo ao Programa - 3475890 - GLAUCIA VERISSIMO FAHEINA MARTINS
Presidente - 1632241 - MARIANNA VIEIRA SOBRAL