PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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3216-7502
Notícias
Banca de DEFESA: LEONARDO LIMA CARDOSO
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEONARDO LIMA CARDOSO
DATA: 21/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Link da vídeoconferência: https://meet.google.com/qcs-xcnf-ywb
TÍTULO: Avaliação da Atividade Imunomoduladora da Quercetina na Infecção de Monócitos por Leishmania (Leishmania) infantum
PALAVRAS-CHAVES: Leishmaniose. Flavonoides. Citotoxicidade. Sinergia. Imunomodulação.
PÁGINAS: 87
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A leishmaniose é uma doença infecto-parasitária que acomete diversos tipos de
mamíferos. Aproximadamente 1,2 milhão de casos novos são registrados todos
os anos em humanos e estão concentrados principalmente em populações
vulneráveis que vivem em áreas de risco. A doença possui diferentes
manifestações clínicas, desde formas brandas à condições bastante
degradantes. A leishmaniose visceral é a forma mais grave da doença e sem
tratamento sua mortalidade pode atingir valores superiores a 90%. No contexto
de cura da doença, diversos estudos vem tentando desenvolver novas terapias,
pois as convencionais apresentam altos índices de toxicidade, problemas de
resistência e recidivas. Dentre as novas terapias propostas para tratar a
leishmaniose, a associação de fármacos convencionais com produtos naturais
vem demonstrando ser uma das linhas mais promissoras. A quercetina é um
flavonoide presente em uma ampla variedade de vegetais e suas atividades
antioxidante, pró-oxidante, imunomoduladora, anti-tumoral, anti-bacteriana, anti-
fúngica e anti-protozoária já foram estudadas. Com base nisso, o presente
trabalho objetivou avaliar a atividade biológica da quercetina e sua associação à
Anfotericina B contra culturas promastigotas de Leishmania (Leishmania)
infantum e no contexto da infecção de monócitos humanos. Para isso, tratamos
culturas de promastigotas, eritrócitos e PBMC não infectadas ou infectadas com
múltiplas concentrações de quercetina e AmB isoladas e combinadas. Com isso,
avaliamos: 1) a atividade isolada e sinérgica dos compostos na morte dos
parasitas por MTT; 2) a citotoxicidade dos compostos sobre células humanas; 3)
a influência dos compostos sobre a taxa de infecção; 4) produção de Espécies
Reativas de Oxigênio (EROs); 5) produção de Óxido Nítrico (NO) em monócitos;
6) a produção de nitrito em PBMC expostas à L. infantum por reação de Griess;
e por fim 7) a modulação do perfil de citocinas em PBMC com e sem infecção
por L. infantum. Diante dos resultados obtidos, a quercetina apresentou atividade
anti-promastigotas e a associação com a AmB potencializou a morte dos
parasitas, indicando sinergismo entre as moléculas. Além disso, a quercetina
diminuiu a taxa de infecção de monócitos e modulou positivamente a produção
de EROs, apesar da AmB não ter tido participação nesses mecanismos.
Ademais, nenhuma das condições testadas modulou a produção de NO, mas a
associação dos compostos tendeu a aumentar o NO na infecção. Por fim, a
quercetina diminuiu a produção de IL-6 e IL-17, mas não modulou a expressão
de IFN-γ, IL-10 e IL12, e AmB diminuiu os níveis de IL-6, mas não modulou IFN-
γ, IL-10, IL12 e IL-17. Portanto, nossos dados sugerem que a quercetina é atua
como modulador da resposta imune, podendo ser utilizado sinergicamente com
a AmB potencializando o processo de cura.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JULIANA DE ASSIS SILVA GOMES ESTANISLAU
Interno - 1340309 - SANDRA RODRIGUES MASCARENHAS
Presidente - 1889422 - TATJANA KEESEN DE SOUZA LIMA CLEMENTE