PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ALLESSYA LARA DANTAS FORMIGA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALLESSYA LARA DANTAS FORMIGA
DATA: 25/02/2025
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório do IPeFarM
TÍTULO: Desenvolvimento, caracterização e avaliação da atividade antitumoral em células de adenocarcinoma mamário humano de nanocápsulas poliméricas contendo derivados de isatina.
PALAVRAS-CHAVES: Isatina. Nanopartícula polimérica. Nanotecnologia. Câncer de mama.
PÁGINAS: 136
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O câncer de mama é um dos tipos de tumores mais comuns e letais em todo o mundo. Devido à alta heterogeneidade, as células tumorais apresentam capacidade de desenvolver mecanismos de resistência aos tratamentos oncológicos. Por isso, o uso de isatinas tem ganhado notoriedade devido a sua ação antiproliferativa, principalmente inseridas em nanossistemas tecnológicos que favorecem sua endocitose por tumores. Por isso, o presente estudo objetivou desenvolver, caracterizar e avaliar a atividade antitumoral frente a células de adenocarcinoma mamário de nanocápsulas poliméricas (NCPs) contendo derivados de isatina. As isatinas (ISA7d, ISA8d e ISA11d) foram caracterizadas quanto aos grupos por FTIR e determinado seu comprimento de onda por espectroscopia no ultravioleta. A validação dos métodos de quantificação das isatina foi realizado por CLAE-UV, cujos resultados indicam que todos os métodos foram lineares, específicos, precisos, exatos e robustos. A solubilidade e o coeficiente de partição foram determinados, onde ISA8d (logP>1,05) apresentou maior coeficiente de partição em MCT quando comparadas a ISA7d (>0,80) e ISA11d (>0,78) e a degradação dessas substâncias em matriz complexa ocorreu após 30 dias principalmente em temperaturas mais baixas (4°C). NCP foram produzidas por nanoprecipitação e otimizadas pelo design experimental Box-Behnken, considerando PCL (50, 100, 150mg), MCT (50, 175, 300mg) e Kolliphor®ELP (20, 60, 100mg) como variáveis independentes. A formulação otimizada apresentou tamanho de partícula de 239,8 ±1,35 nm, PdI de 0,12±0,02 e potencial zeta de -20,1±0,4 mV. O Kolliphor reduziu significativamente o tamanho das partículas (R²=0,985). Posteriormente, NCP foram funcionalizadas com quitosana (qNCP) e Lipoid-PEG (pNCP), onde houve a versão de carga e neutralização dos sistemas, respectivamente, sem alterações significativas em seus tamanhos. A incorporação das isatinas não alteraram os parâmetros físico-químicos das NCPs, onde os espectros de infravermelho sugeriram a encapsulação das isatinas mantendo a forma esférica e uniforme das partículas em análise de superfície 3D. A eficiência de encapsulação para todas as formulações foi acima de 97,2%, apesar de um baixo doseamento (<130,1 µg/mL). Testes de estabilidade não mostraram mudança significativa nas amostras armazenadas a 4°C por 90 dias. As NCPs demonstraram boa estabilidade com albumina, se complexando independentemente da concentração, exceto pelas pNCP que necessitavam de um meio mais concentrado de albumina (>20mg/mL). As qNCPs foram as que exibiram maior toxicidade contra células MCF-7, onde ISA7d, ISA8d, ISA11d apresentaram IC50 superior a 7,34 µg/mL, cuja a morte celular está atrelado a via da JNK. Assim, NCPs funcionalizadas e estáveis foram produzidas, exibindo perfis variados de interação com albumina e alta eficácia anticancerígena, indicando seu potencial como sistema de entrega de fármacos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1717727 - ELITON SOUTO DE MEDEIROS
Presidente - 1859738 - FRANCISCO HUMBERTO XAVIER JÚNIOR
Interno - 088.797.474-01 - YURI MANGUEIRA DO NASCIMENTO - UFPB