PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: INDYRA ALENCAR DUARTE FIGUEIREDO
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: INDYRA ALENCAR DUARTE FIGUEIREDO
DATA: 28/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do IPeFarM
TÍTULO: O ácido láurico previne as alterações morfofuncionais das vias aéreas de ratos Wistar com asma alérgica
PALAVRAS-CHAVES: ácido láurico, asma, reatividade traqueal, ventilação pulmonar, estresse oxidativo.
PÁGINAS: 255
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade, hipersecreção de muco, remodelamento e estreitamento do lúmen das vias aéreas. Nesse contexto, destaca-se o ácido láurico (AL), um ácido graxo saturado de cadeia média e componente majoritário do óleo de coco virgem, que já apresentou efeito preventivo nas alterações induzidas pela asma em animais. Neste trabalho, objetivou-se avaliar os efeitos morfofuncionais do AL em um modelo de asma induzido por ovalbumina (OVA) em ratos Wistar. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (nº 9310040522). Os ratos foram divididos randomicamente para as análises toxicológicas em grupo controle (GC) e grupo tratado com 100 mg/kg/dia do AL (GAL100), cada qual contendo 5 machos e 5 fêmeas. Para os demais protocolos experimentais (n = 5-6), os ratos foram divididos em GC, grupo asmático (GA), grupo asmático tratado com AL de 25 (GAAL25), 50 (GAAL50) e 100 mg/kg (GAAL100) ou com 5 mg/kg de dexametasona (GADEXA). Na avaliação da toxicidade de doses repetidas, o AL na dose de 100 mg/kg/dia não promoveu nenhum sinal de toxicidade. Nas análises das alterações promovidas pela asma, quantificou-se o volume minuto através da técnica de pletismografia e evidenciou-se que o AL (25 mg/kg) preveniu a redução desse parâmetro observada no GA. Na avaliação da responsividade traqueal, os animais do GA, previamente sensibilizados com OVA, apresentaram aumento da reatividade contrátil a este alérgeno in vitro, sendo esse efeito parcialmente prevenido pelo AL (25, 50 e 100 mg/kg) e pela dexametasona. As vias eletromecânicas de contração e de relaxamento parecem não estar envolvidas na hiper-responsividade das vias aéreas neste modelo de asma. Diferentemente, na avaliação do acoplamento farmacomecânico de contração, todos os grupos tratados com AL e dexametasona preveniram o aumento da eficácia contrátil ao carbacol observada no GA. Na avaliação da participação do acoplamento farmacomecânico de relaxamento, os grupos tratados com o AL também preveniram a redução da capacidade relaxante da aminofilina no GA. Os estudos in silico de docking molecular também revelaram que o AL apresenta uma boa afinidade de ligação para diversos alvos envolvidos na inflamação e na hiper-responsividade das vias aéreas, como o receptor adrenérgico-β2, CaV, BKCa, KATP, ciclase de adenilil, PKG, eNOS, iNOS e COX-2. Além disso, seguiu-se com a caracterização do mecanismo de ação do AL na dose de 25 mg/kg, a menor dose eficaz em reduzir a hiper-responsividade traqueal. Observou-se, portanto, que o AL promove uma provável redução tanto na produção de prostanoides contráteis pela via das cicloxigenases (COXs), como na produção exacerbada de óxido nítrico (NO) por um possível aumento na atividade e/ou expressão da sintase de óxido nítrico (NOS), além de uma possível diminuição na produção de ânion superóxido. Também foi evidenciado uma provável modulação negativa na via da RhoA-ROCK e do TGF-β. Na análise do desbalanço do estresse oxidativo e das defesas antioxidantes no homogenato pulmonar, o AL previne o aumento da peroxidação lipídica, dos níveis de nitrito e a redução da atividade da superóxido dismutase (SOD) observados no GA. Entretanto, não previne a redução dos níveis de glutationa reduzida (GSH). O AL em diferentes doses também preveniu o infiltrado inflamatório e aumento do depósito da matriz extracelular no parênquima pulmonar, assim como o aumento da expressão de α-actina do músculo liso e da ROCK1. Portanto, esses dados sugerem que o ácido láurico exerce efeito preventivo nas alterações morfofisiológicas promovidas pela asma nas vias aéreas de ratos Wistar por modular negativamente a sinalização mediada pelas COXs, NOS, RhoA-ROCK, TGF-β e as espécies reativas de oxigênio.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2277768 - DAVI FELIPE FARIAS
Presidente - 2337274 - FABIANA DE ANDRADE CAVALCANTE OLIVEIRA
Externo à Instituição - JOELMIR LUCENA VEIGA DA SILVA
Externo ao Programa - 2015912 - JOSIANE DE CAMPOS CRUZ
Interno - 1889422 - TATJANA KEESEN DE SOUZA LIMA CLEMENTE