PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: HUGO FERNANDES OLIVEIRA PIRES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HUGO FERNANDES OLIVEIRA PIRES
DATA: 26/06/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Link da vídeoconferência: https://meet.google.com/vth-oxqz-tcf
TÍTULO: O monoterpeno hidroxicitronelal como potencial agente antiepiléptico e neuroprotetor: um estudo in sílico e in vivo
PALAVRAS-CHAVES: Citronelal. Convulsão. Epilepsia. Hidroxicitronelal. Monoterpeno. Neuroprotetor.
PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A epilepsia é uma doença cerebral crônica que afeta cerca de 70 milhões de pessoas globalmente, sendo caracterizada por crises epilépticas recorrentes e espontâneas. O tratamento atual foca na redução da frequência e da intensidade das crises, mas não promove a cura. Ademais, devido à toxicidade e à alta taxa de refratariedade aos medicamentos disponíveis, há uma necessidade urgente de novas drogas eficazes e com melhores perfis de segurança. Na literatura, os monoterpenos já possuem evidências preliminares de ação antiepiléptica. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos antiepiléptico e neuroprotetor do hidroxicitronelal por meio de metodologias in sílico e in vivo. Para este fim, foram realizados estudos de docking molecular a fim de se verificar a sua possível interação química com importantes alvos envolvidos com a epilepsia. Além disso, a toxicidade oral aguda do composto e a sua DL50 foram avaliadas por meio do protocolo n.o 423 da OECD com camundongos Swiss albinos machos (25-30 g). Na sequência, para avaliarmos os possíveis efeitos antiepiléptico e neuroprotetor do composto, os roedores foram submetidos ao modelo agudo de crises epilépticas induzidas por pentilenotetrazol e ao modelo de abrasamento químico (kindling). Como resultados, o estudo in sílico mostrou que o hidroxicitronelal pode interagir com importantes alvos farmacológicos da epilepsia, como o receptor GABAA, os canais NMDA, Nav 1.6, Cav 1,2 e a proteína SV2A. Com o estudo in vivo, foi possível observar que o composto não é tóxico quando administrado de forma aguda e por via oral e que possui efeito antiepiléptico e neuroprotetor nas doses de 200, 100, 50, 25 e 12,5 mg/kg, tendo sido a dose de 100 mg/kg escolhida como a melhor dose dentro das condições experimentais avaliadas e a dose de 6,25 mg/kg como o ponto de perda do efeito antiepiléptico. Além disso, foi capaz de aumentar os níveis de glutationa reduzida nos hipocampos dos animais. No kindling, o composto foi capaz de retardar a epileptogênese, aumentando as latências para a primeira crise e para a morte. No exame histológico, foi possível verificar a proteção dos neurônios e a redução de nódulos gliais, em relação ao controle. Portanto, com base neste trabalho, o hidroxicitronelal surge como um importante candidato a fármaco antiepiléptico, porém, estudos mais aprofundados são necessários para elucidar o seu possível mecanismo de ação farmacológico.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1669773 - GICIANE CARVALHO VIEIRA
Interno - 336287 - MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ
Presidente - 1524402 - RICARDO DIAS DE CASTRO