CCHLA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: LINNIKER MATHEUS SOARES DE MOURA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LINNIKER MATHEUS SOARES DE MOURA
DATA: 24/03/2025
HORA: 14:00
LOCAL: sala 01 da Pós de Psicologia Social CCHLA
TÍTULO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA LOUCURA: UM MODELO INTEGRATIVO ENTRE SISTEMAS DE REPRESENTAÇÕES E POLIFASIA COGNITIVA
PALAVRAS-CHAVES: Representações Sociais; Loucura, Sistemas de Representações Sociais; Polifasia Cognitiva; Modelo Integrativo.
PÁGINAS: 387
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO: Esta tese investiga as Representações Sociais (RS) da Loucura a partir de um modelo integrativo que articula Sistemas de Representações Sociais (SRS) e Polifasia Cognitiva. A pesquisa, fundamentada na Teoria das Representações Sociais (TRS), examina a construção histórica e discursiva da loucura, destacando as disputas simbólicas entre abordagens biomédicas, filosóficas, psicológicas, socioculturais, espiritual-religiosas e artístico-criativas. O objetivo principal é analisar como diferentes sistemas de compreensão influenciam as RS da loucura e suas implicações nas práticas e políticas de saúde mental. A abordagem metodológica é qualitativa, utilizando análise histórica, revisão de escopo, Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP) e análises lexicométricas com software textual. A amostra inclui 200 participantes do estado da Paraíba (Brasil), cujas respostas foram analisadas por meio da Análise Prototípica e Classificação Hierárquica Descendente (CHD). Os resultados indicam que a maioria dos participantes é do sexo feminino (75,24%) e está na faixa etária de 18 a 29 anos, com nível de escolaridade variado, sendo predominante o ensino superior incompleto ou pós-graduação. A religião predominante é o cristianismo, e a classe social é principalmente a média (36,99%). A Análise Prototípica revelou que o núcleo central das representações da loucura envolve termos como medo, doença, insanidade, descontrole e violência, destacando a percepção da loucura como uma ameaça e desestabilização social. A primeira periferia inclui termos como delírio, sofrimento, transtorno, angústia e isolamento, refletindo uma visão de sofrimento psíquico. A objetivação da loucura se manifesta por meio de imagens concretas, como estereótipos de violência e descontrole. A ancoragem foi emocional, com medo e sofrimento centrais, e sociológica, com marginalização e estigmatização. A CHD evidenciou duas grandes divisões: uma com foco em perspectivas sociais e subjetivas, destacando a loucura como construção social e experiência subjetiva, e outra centrada em explicações biomédicas e psicológicas, que veem a loucura como descontrole e desordem psíquica. As classes refletem uma multiplicidade de significados, desde a loucura como construção social até a loucura como transtorno mental diagnosticável. A polifasia cognitiva se manifesta nas representações, mostrando que diferentes sistemas de conhecimento coexistem, como os discursos biomédicos, sociais e existenciais, formando uma rede de significados sobre a loucura. A experiência da loucura é interpretada de formas variadas, conforme o contexto sociocultural e a formação acadêmica dos participantes. Os SRS biomédico e psicológico dominaram as representações, enquanto os SRS sociocultural e filosófico-existencial apareceram principalmente nas classes mais periféricas. As funções das representações, como conhecimento, identidade, orientação e justificação, foram identificadas, evidenciando como as representações moldam atitudes sociais, políticas públicas de saúde mental e práticas de cuidado. A pesquisa propõe um modelo integrativo que reconhece a interação entre os SRS e a Polifasia Cognitiva como centrais na construção das percepções sociais da loucura. A discussão final destaca a necessidade de abordagens interdisciplinares, que integrem não apenas os aspectos biomédicos, mas também os componentes simbólicos, culturais e afetivos, visando políticas públicas de saúde mental mais inclusivas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1285229 - SILVANA CARNEIRO MACIEL
Interno - 1519736 - TATIANA DE LUCENA TORRES
Externo à Instituição - CAMILA DE ALENCAR PEREIRA
Externo à Instituição - MARIA RENATA FLORÊNCIO DE AZEVEDO
Externo à Instituição - THAIS DE SOUSA BEZERRA DE MENEZES