CCHLA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: RAYSSA SOARES PEREIRA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYSSA SOARES PEREIRA
DATA: 27/03/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Sala Multimidia C - CCHLA
TÍTULO: O QUE VÃO PENSAR DE MIM?: RELAÇÃO ENTRE ORIENTAÇÃO PARA COMPARAÇÃO SOCIAL, FENÔMENO DO IMPOSTOR E A PROCRASTINAÇÃO ACADÊMICA EM UNIVERSITÁRIOS
PALAVRAS-CHAVES: Procrastinação Acadêmica. Fenômeno do Impostor. Comparação Social.
PÁGINAS: 128
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Relações Interpessoais
RESUMO: A procrastinação acadêmica é um comportamento comum entre universidades e pode atuar como uma resposta desadaptativa ao contexto, se manifestando como uma estratégia para lidar com as dificuldades decorrentes das expectativas e da exigência de bons desempenhos. Esse comportamento pode ser potencializado pela tendência em realizar comparação social, cujas características influenciam o surgimento de experiencias impostoras. Desse modo, o fenômeno do impostor funciona como uma variável mediadora entre a orientação para comparação social e a procrastinação acadêmica. A presente tese tem como objetivo geral analisar em que medida a orientação para comparação social e o fenômeno do impostor explicam a procrastinação acadêmica. Para alcançá-lo, é composta por três artigos: Artigo 1: realizou uma revisão teórica sobre as contribuições conceituas e empíricas da comparação social e do fenômeno do impostor e na explicação da procrastinação acadêmica. Evidências sugerem que os construtos abordados são variáveis significativas para entender como o fenômeno do impostor e a comparação social, quando considerados em conjunto, podem contribuir para o desenvolvimento da procrastinação acadêmica. Artigo 2: reuniu evidências de validade e precisão da Behavioral and Emotional Academic Procrastination Scale (BEAPS) para o contexto brasileiro. Realizaram-se dois estudos: o primeiro exploratório, com 238 participantes (Midade = 24,65; DP = 7,74), 53,7% mulheres, de instituições públicas (52,1%) e particulares (47%) do estado da Paraíba. Foi sugerida uma estrutura bifatorial de 6 itens (3 itens por fator), com índices de confiabilidade adequados: Atraso: α e ω = 0,83; Desconforto Subjetivo: α e ω = 0,86. O segundo, confirmatório, com 218 participantes (Midade = 24,17; DP =7,85), 63% mulheres, de instituições públicas (72,9%) e particulares (27,9%) do estado da Paraíba. As Análises confirmatórias (AFCs) apontam indicadores satisfatórios no modelo bifatorial: (CFI = 0,99, TLI = 0,98, RMSEA (IC90%) = 0,07), com índices de confiabilidade adequados: Desconforto Subjetivo: α e ω = 0,91 e Atraso: α e ω = 0,86. Também reuniram-se evidências de validade externa resultando em relações posivas e significativas (p < 0,001) com as medidas de Procrastinação de Tuckman (Desconforto subjetivo: r = 0,27; Atraso: r = 0,76), Fenômeno do Impostor (Desconforto subjetivo: r = 0,44; Atraso: r = 0,45) e Orientação para Comparação Social: Aptidão (Desconforto subjetivo: r = 0,21; Atraso: r = 0,37) e Opinião (Desconforto subjetivo: r = 0,14; Atraso: r = 0,30). Os resultados sugerem que universitários mais afetados por sintomas do impostorismo e comparação social tendem a usar a procrastinação acadêmica como estratégia evitativa e a manifestar crenças distorcidas sobre suas capacidades, já que o componente cognitivo pode estar ligado a desajustes emocionais. Conclui-se que a BEAPS é uma medida parcimoniosa, com evidências psicométricas, útil para avaliar a PA e seus correlatos. Por fim, Artigo 3: testou um modelo explicativo do papel mediador do fenômeno do impostor na relação entre comparação social e procrastinação acadêmica. Participaram 362 universitários maioria mulheres (53,5%), da Paraíba (91,8%), de instituição pública (68,7%) e privada (31,3%). Os resultados demonstraram relações positivas e significativas entre as variáveis, também indicou que o fenômeno do impostor medeia a relação entre Aptidão da orientação para comparação social e comportamento de Atraso da procrastinação acadêmica [β = 0,05; b = 0,12, 95% IC (0,003 / 0,10), t = 2,08, p < 0,03]. Além disso, o teste-t de Student, para amostras independentes, evidenciou a diferença entre os níveis de Desconforto subjetivo da procrastinação acadêmica, em que mulheres podem sofrer mais desconfortos subjetivos durante a procrastinação do que homens. Conclui-se que os objetivos da tese foram alcançados, indicando que a orientação para comparação social e o fenômeno do impostor são importantes variáveis para explicar a procrastinação acadêmica entre os universitários. Estima-se que os resultados direcionem pesquisadores, profissionais e demais interessados a investigarem as implicações da relação entre as variáveis, ampliando a discussão teórico-prática para fomentar intervenções educacionais e psicológicas efetivas na mitigação dos efeitos negativos da procrastinação acadêmica em universitários.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Interno - 1285229 - SILVANA CARNEIRO MACIEL
Interno - 6338234 - VALDINEY VELOSO GOUVEIA
Externo ao Programa - 1392299 - KAREN GUEDES OLIVEIRA
Externo à Instituição - JERSSIA LAIS FONSECA DOS SANTOS