PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: JAQUELINE VILAR RAMALHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAQUELINE VILAR RAMALHO
DATA: 16/09/2016
HORA: 10:00
LOCAL: PPGPS
TÍTULO: PRECONCEITO RACIAL E DE CLASSE SOCIAL EM CRIANÇAS: O PAPEL MEDIADOR DOS VALORES HUMANOS
PALAVRAS-CHAVES: preconceito racial; preconceito de classe social; crianças; valores humanos
PÁGINAS: 230
RESUMO: Esta tese teve como objetivo geral investigar as expressões de preconceito racial e de classe entre crianças. Como objetivos específicos foram analisados o papel mediador da adesão a sistemas de valores nas expressões do preconceito racial e investigadas as possíveis diferenças existentes entre crianças estudantes de escolas públicas e privadas. Para alcançar tais objetivos realizaram-se três estudos empíricos. O primeiro estudo investigou o reconhecimento das marcas de vestuário infantil e a relação feita pelos participantes entre as marcas e a classe social (rico e pobre). O segundo estudo buscou desenvolver uma estratégia de mensuração do preconceito racial por meio da relação feita pelos participantes entre as marcas de vestuário infantil e cor da pele dos bonecos (negro e branco). O terceiro investigou as preferências dos participantes em relação aos bonecos brancos e negros vestidos com roupas com e sem marcas, neste estudo também se investigou o papel mediador dos sistemas de valores de Schwartz na preferência dos participantes. No Estudo 1 (N=30) os resultados apontaram que embora as crianças de uma forma geral não tenham reconhecido as marcas, quando questionadas sobre marcas de ricos e de pobres conseguiram diferenciá-las.Em ambas as escolas, 46,66 % das crianças afirmaram que as crianças pobres não usam as marcas apresentadas por não terem dinheiro, sinalizando percepção do status esconômico e social pelas crianças. No Estudo 2 (N=80), em conjunto, os resultados não apontaram diferenças entre o uso das marcas e a cor dos bonecos apresentados, embora o boneco branco (M=2,55; DP=0.77) tenha sido classificado como mais rico que o negro (M=1,75; DP=0,92), t(76) = 5,43, p<0,001. No terceiro estudo os resultados apontaram uma congruência entre a pertença racial qunto à proximidade com os bonecos mesmo este sendo negro e vestido com roupa sem marca. Na escola privada, as crianças demonstraram proximidade com o boneco negro, sinalizando a possiblidade da internalização da norma antipreconceito. Em relação à mediação dos valores humanos, foram confirmadas as hipóteses desta tese, visto que, tanto na escola pública quanto na escola privada os valores de autopromoção predizeram a preferência pelo boneco branco positivamente e negativamente pelo boneco negro.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Interno - 1520147 - JULIO RIQUE NETO
Externo à Instituição - ELZA MARIA TECHIO