PROGRAMA ASSOCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA (PPGFON)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MARIANA PEREIRA ROQUE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIANA PEREIRA ROQUE
DATA: 27/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Online Via GoogleMeet
TÍTULO: EFEITOS DA SOBRECARGA VOCAL EM VOZES SAUDÁVEIS: um estudo sobre sinais videolaringoestroboscópicos e sintomas clínicos da fadiga vocal
PALAVRAS-CHAVES: Voz; Fadiga; Estroboscopia; Técnica Delphi; Autoavaliação.
PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fonoaudiologia
RESUMO: : Introdução: A fadiga vocal é um fenômeno limitante ao falante que pode se manifestar de forma diversa. Não há consenso sobre os parâmetros que podem caracterizar a fadiga vocal sendo, portanto, de difícil definição porque muitos fatores, como sintomas autorrelatados, sinais clínicos observados na voz e/ou na fisiologia laríngea e medidas instrumentais, podem ser critérios para sua determinação. Atualmente a fadiga vocal é vista como um constructo complexo, que associa a percepção do clínico com a percepção do paciente. Estudos que buscam avaliar os sinais laríngeos de fadiga vocal apontam que a exposição a uma demanda vocal prolongada pode resultar em alterações laríngeas e autoavaliação de fadiga por parte do paciente. A identificação desses sinais pode ajudar no diagnóstico clínico da fadiga vocal e na prevenção do desenvolvimento de possíveis alterações estruturais na laringe. Objetivo: Investigar os efeitos da sobrecarga vocal em vozes saudáveis, caracterizar sinais videolaringoestroboscópicos da fadiga vocal e analisar sua associação com sintomas de fadiga vocal. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva, explicativa e quantitativa desenvolvida em duas etapas: na primeira etapa utilizou-se amostragem do tipo snowball para seleção do painel de especialistas e a técnica Delphi como método para obter consenso sobre parâmetros videolaringoestroboscópicos indicativos da fadiga vocal. Uma sequência de rodadas de reuniões e administração de formulários online foi conduzida para seleção de parâmetros que deram origem a um consenso sobre recomendações para avaliação otorrinolaringológica da fadiga vocal. Na segunda etapa, indivíduos adultos, sem queixa de voz e sem alterações estruturais e funcionais da laringe, foram submetidos a uma atividade de sobrecarga vocal, caracterizada pela leitura de textos em intensidade vocal elevada, com duração de noventa minutos. O exame videolaringoestroboscópico foi realizado antes e após a atividade de sobrecarga vocal. Também foram aplicados questionários de autoavaliação vocal para análise da percepção de fadiga, esforço e qualidade da produção vocal por parte do participante em relação à sua própria voz. Os exames foram avaliados por otorrinolaringologistas experientes de forma cega e consensual, a partir dos parâmetros de um protocolo construído inicialmente. Resultados: Os resultados revelaram consenso superior a 80,0% para um conjunto de itens composto por tarefas e parâmetros relevantes para avaliação otorrinolaringológica da fadiga vocal, por meio do exame videlaringoestroboscópico. Tais itens compuseram um protocolo estruturado a ser recomendado para clínicos otorrinolaringologistas na avaliação de pacientes com suspeita de fadiga vocal ouexpostos a elevadas demandas vocais. Na segunda etapa do estudo, referente ao experimento realizado com atividade de elevada carga vocal, o julgamento cego dos juízes especialistas apontou diferença nas amostras avaliadas pré e pós sobrecarga, sendo que em 66,7 % dos casos o exame pré atividade de sobrecarga estava melhor. Sobre os parâmetros avaliados, houve significância estatística apenas para avaliação do padrão de fechamento glótico e aumento da proporção de algumas fendas glóticas pós atividade de carga vocal. Na autoavaliação dos sintomas de fadiga, esforço e piora na qualidade da produção vocal, foram observados piora em todos os instrumentos de autoavalição: Escala Analógica Visual de Fadiga Vocal (EAVFV), a Escala Borg CR10 e a Escala de Autopercepção da Qualidade de Produção Vocal (EAQPV) com atividade de sobrecarga vocal, mas essa piora não está associada à piora dos parâmetros do exame visual da laringe. Conclusão: O consenso obtido nas etapas do estudo, em relação aos parâmetros e à metodologia de avaliação, fornece uma base importante para a futura aplicação clínica no diagnóstico e manejo da fadiga vocal. A piora do exame de videolaringoestroboscopia após atividade de sobrecarga vocal não está diretamente relacionada à piora dos sintomas por parte do paciente. No entanto, a percepção do paciente mostrou-se muito importante para o monitoramento e diagnóstico clínico da fadiga vocal para prevenir o desenvolvimento de alterações mais graves na laringe, bem como destacam a complexidade da fadiga vocal, que envolve tanto sinais objetivos quanto subjetivo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1079879 - PRISCILA OLIVEIRA COSTA SILVA
Externo ao Programa - 3440916 - ERICH CHRISTIANO MADRUGA DE MELO
Externo à Instituição - CHRISTIANO DE GIACOMO CARNEIRO
Externo à Instituição - GLAUCYA MARIA VICENTE MADAZIO GRECO