Banca de QUALIFICAÇÃO: TALIANE ROCHA BALBINO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TALIANE ROCHA BALBINO
DATA: 26/09/2024
HORA: 13:00
LOCAL: Online Via GoogleMeet
TÍTULO: Efeito da ultrassonografia terapêutica associada a terapia miofuncional orofacial no tratamento da disfunção temporomandibular
PALAVRAS-CHAVES: Ultrassom Terapêutico, Modalidades Terapêuticas, Transtornos da Articulação Temporomandibular
PÁGINAS: 40
RESUMO: ARTIGO 1. Introdução: A disfunção temporomandibular (DTM) envolve alterações nos músculos mastigatórios, articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas, manifestando-se com sinais e sintomas como ruídos articulares, mudanças no trajeto mandibular, redução da abertura oral e dificuldades na mastigação. O tratamento conservador é multimodal, incorporando recursos como eletroestimulação, fotobiomodulação e ultrassonografia terapêutica (USt). A USt transmite energia mecânica absorvida pelos tecidos, promovendo aumento do fluxo sanguíneo e redução da dor e rigidez articular. Objetivo: Comparar as respostas clínicas da Terapia Miofuncional Orofacial (TMO) isolada e combinada com USt no tratamento da DTM. Métodos: rata-se de um ensaio clínico randomizado, aprovado pelo Comitê de Ética em Saúde (no 6.136.949), conduzido no laboratório de motricidade orofacial da UFPB. A amostra incluiu 26 mulheres com DTM muscular ou mista crônica, entre 18 e 55 anos, que atenderam aos critérios de elegibilidade. Foram divididas em dois grupos: G1 (TMO + USt) e G2 (TMO), com quatro sessões semanais. Os desfechos clínicos estudados foram: intensidade da dor (EVA), limiar de dor à pressão (LDP), amplitude dos movimentos mandibulares e função mastigatória. As estratégias da TMO incluíram termoterapia, alongamentos, relaxamentos musculares, mobilidade mandibular e padrão mastigatório bilateral simultâneo. A USt foi aplicada com o aparelho Sonopulse III 1 e 3 MHz (IBRAMED) em ciclo contínuo, onde o protocolo estabelecido foi com a intensidade de 1,3 W/cm2 por três minutos na ATM, masseter e temporal anterior. Ambos os grupos receberam orientações sobre hábitos deletérios e exercícios domiciliares. Resultados preliminares: A amostra preliminar inclui oito pacientes, avaliados antes e após cada sessão. No G2, a média da abertura oral máxima (AOM) inicial foi de 34mm, aumentando para 38mm após a intervenção. No G1 a média da AOM inicial foi de 45mm, elevando para 46mm. A EVA de dor no G2 passou de 2 para 1, enquanto no G1 passou de 4 para 2. O LDP do temporal esquerdo no G2 aumentou de 2,44kgf para 2,87kgf, enquanto no G1 houve aumento para 2,46kgf no masseter esquerdo. No geral, os LDPs dos músculos temporais e masseteres mostraram melhoras. 50% do G2 apresentaram mastigação bilateral simultânea inicialmente, evoluindo para 75% após o tratamento, enquanto no G1 nenhum paciente apresentou mastigação bilateral simultânea, mantendo a mastigação alternada. Conclusão: Segundo os resultados preliminares, ambos os tratamentos G1 e G2 mostraram-se promissores no tratamento da DTM. ARTIGO 2: O segundo artigo, em andamento, visa analisar a relação entre fatores psicossociais e a funcionalidade mandibular em mulheres com DTM. Com a mesma amostra, observou-se que 25% apresentaram limitação do movimento mandibular, com média de AOM sem dor de 30mm (p=0,7000). Em relação à dor, 25% obtiveram baixa intensidade, com 38% apresentando dor crônica sem incapacidade e sem interferência na vida diária. A depressão foi observada em 75% dos pacientes, variando de leve a moderadamente grave. Ansiedade foi registrada em 50% dos casos, com 88% apresentando parafunção. Este artigo destaca a importância dos fatores psicossociais e hábitos orais na gestão da dor. Estudos maiores são necessários para fundamentar decisões clínicas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GIEDRE FELIX
Interno - 1124366 - LARISSA NADJARA ALVES ALMEIDA
Presidente - 1379017 - SILVIA DAMASCENO BENEVIDES