CCS - PROGRAMA ASSOCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA (PPGFON)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MARYLIA ALBUQUERQUE ANDRADE RAMOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARYLIA ALBUQUERQUE ANDRADE RAMOS
DATA: 24/09/2025
HORA: 15:00
LOCAL: On line - Via Google Meet
TÍTULO: VOZ DO TELEOPERADOR DE EMERGÊNCIA: atuação fonoaudiológica dentro de centrais de atendimento distintas
PALAVRAS-CHAVES: Voz; Distúrbios da voz; Processos Grupais; expressividade; Operadores de Telemarketing; Treinamento da Voz.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fonoaudiologia
RESUMO: Introdução: Teleoperadores de emergência estão expostos a demandas vocais intensas e condições laborais que podem comprometer a saúde vocal e a qualidade de vida relacionada à voz. Estratégias de intervenção, como treinamentos vocais e orientações educativas, podem contribuir para a prevenção e manejo de distúrbios vocais nessa população. Objetivo: Investigar a influência das condições de trabalho na saúde vocal e na qualidade de vida em voz de teleoperadores de emergência de duas centrais distintas (João Pessoa e Fortaleza) e avaliar os efeitos de diferentes estratégias de intervenção fonoaudiológica sobre esses desfechos. Métodos: O estudo foi composto por dois delineamentos. O primeiro foi observacional, descritivo, analítico, transversal e quantitativo, com 88 teleoperadores (58 de Fortaleza – não militares, carga horária de 6h/dia; 30 de João Pessoa – militares, carga horária de 12h/dia), que responderam ao Perfil Vocal do Operador de Telemarketing (PVOT), Índice de Triagem de Distúrbios de Voz (ITDV) e Questionário de Qualidade de Vida em Voz (QVV). O segundo foi um ensaio clínico, de natureza quantitativo-qualitativa, com teleoperadores não militares do CIOPS/Fortaleza, alocados em grupo experimental (treinamento vocal presencial em três encontros, com abordagem eclética, aproximadamente 5 participantes) ou grupo controle (orientações por folder/cartilha). Avaliações pré e pós-intervenção incluíram ITDV, QVV e Questionário de Saúde e Higiene Vocal (QSHV). Resultados: No primeiro estudo, os sintomas vocais mais frequentes foram pigarro (44,3%), garganta seca (43,2%), tosse seca (36,4%) e secreção na garganta (36,4%). Em ambas instituições, 38,6% dos participantes apresentaram indicação para acompanhamento fonoaudiológico. A proporção foi maior em João Pessoa (53,3%) que em Fortaleza (31%), com diferença significativa (p=0,042). A dimensão física do QVV foi melhor em João Pessoa (média=93,8; DP=9,14) que em Fortaleza (média=86,5; DP=13,7), sem diferenças na dimensão socioemocional. No segundo estudo, um total de 33 participantes, sendo 17 submetidos ao treinamento vocal e 16 que receberam o folder, com média de idade de 36,9 anos (DP = 9,96), sendo a maioria do sexo feminino (69,7%), mas com maior proporção de mulheres no grupo Folder (87,5%) em comparação ao grupo Treinamento (52,9%). Ambas as modalidades de intervenção — oficina de treinamento e entrega de folder informativo — mostraram se eficazes na redução de sintomas autorreferidos e na melhora dos indicadores de saúde vocal, conforme mensurado pelo ITDV (de 27,3% para 6,1%) e pelo QSHV (mediana de 23 para 26). Contudo, não foram observadas mudanças significativas na qualidade de vida em voz. Conclusão: Há correlação entre distúrbios vocais autorreferidos e a pior percepção de qualidade de vida vocal entre teleoperadores de emergência. Diferenças entre contextos institucionais e carga horária impactam especialmente aspectos físicos da voz. Ambas as modalidades de intervenção — treinamento vocal em grupo e folder informativo — demonstraram resultados significativos na redução de sintomas vocais autorreferidos e na melhora de indicadores de saúde vocal quando comparados pré e pós-terapia de grupo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1890525 - MARIA FABIANA BONFIM DE LIMA SILVA
Externo à Instituição - CHARLESTON TEIXEIRA PALMEIRA
Externo à Instituição - MARIA CRISTINA DE MENEZES BORREGO FERNANDES