CCS - PROGRAMA ASSOCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA (PPGFON)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ALLAN DAYNER SILVA LOPES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALLAN DAYNER SILVA LOPES
DATA: 30/09/2025
HORA: 13:00
LOCAL: online via GoogleMeet
TÍTULO: DO RASTREAMENTO AO DIAGNÓSTICO DA PERDA AUDITIVA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO DE ESCOPO E A ANÁLISE DA IDADE DE DETECÇÃO EM ALAGOAS
PALAVRAS-CHAVES: Epidemiologia; Perda auditiva; Saúde Infantil; Diagnóstico Precoce; Atenção à Saúde; Sistema Único de Saúde; Revisão de Escopo.
PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fonoaudiologia
RESUMO: A audição desempenha papel central no desenvolvimento da linguagem oral e da comunicação, tornando a detecção precoce de perdas auditivas e a intervenção oportuna elementos cruciais para garantir trajetórias comunicativas compatíveis com os marcos do desenvolvimento infantil. Esta dissertação reúne dois estudos complementares e interdependentes. O primeiro teve como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico de crianças com deficiência auditiva atendidas em uma rede pública estadual de saúde no Brasil. O segundo buscou mapear as estratégias empregadas para o diagnóstico precoce da perda auditiva em lactentes por meio de uma revisão de escopo rigorosamente conduzida segundo as recomendações do Joanna Briggs Institute (JBI) e reportada conforme o checklist PRISMA-ScR. O estudo epidemiológico, de delineamento observacional e transversal, foi realizado nos Centros Especializados em Reabilitação de Maceió, Alagoas, incluindo 940 crianças atendidas entre 2012 e 2024. Observou-se que a maioria dos participantes era do sexo masculino (53,6%), e a perda auditiva sensorioneural bilateral foi a forma mais prevalente (61,7%). Entre os fatores de risco mais frequentes, destacaram-se: internação em unidade de terapia intensiva neonatal por mais de cinco dias (21,8%), uso de medicações ototóxicas (15,0%) e baixo peso ao nascer (<1500 g; 8,1%). A média de idade ao diagnóstico foi igual ou superior a três anos, o que evidencia atrasos significativos para o início da intervenção auditiva, comprometendo janelas críticas para o desenvolvimento da linguagem. A revisão de escopo incluiu 56 estudos publicados entre 1991 e 2024, selecionados a partir de 10.713 registros iniciais. As publicações contemplaram diferentes contextos geográficos e predominaram os ambientes hospitalares e de terapia intensiva neonatal. Os delineamentos metodológicos mais frequentes foram estudos prospectivos (n=23) e retrospectivos (n=15), com predominância de evidência de nível 3.e, segundo a classificação do JBI. Entre as ferramentas diagnósticas mais utilizadas destacaram-se as emissões otoacústicas evocadas por transiente e produto de distorção, o potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE), seu formato automatizado e, em menor escala, o potencial evocado auditivo de estado estável (PEAEE). Os protocolos mais eficazes foram aqueles baseados em modelos de triagem auditiva neonatal em dois estágios, com rastreio ativo de populações de risco e ações específicas para reduzir a perda de seguimento. De forma integrada, os resultados destacam uma prevalência expressiva de perda auditiva sensorioneural bilateral associada a fatores potencialmente preveníveis, apontando para a necessidade de fortalecer os programas de rastreamento neonatal e aprimorar os fluxos de acompanhamento sistemático. Além disso, os achados reforçam a importância da implementação de sistemas de triagem auditiva neonatal integrados, equitativos e ancorados em estratégias de coordenação do cuidado, assegurando o acesso oportuno à intervenção auditiva e a mitigação de desigualdades, especialmente em contextos de vulnerabilidade socioeconômica.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 058.447.484-92 - ALINE TENÓRIO LINS CARNAÚBA - UNCISAL
Presidente - 1855621 - HANNALICE GOTTSCHALCK CAVALCANTI
Interno - 022.648.784-95 - KARINNA VERÍSSIMO MEIRA TAVEIRA - UFRN
Externo à Instituição - ROBERTA ALVARENGA REIS