PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, EM NÍVEL DE MESTRADO ACADÊMICO (PPGSC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: EMERSON FERNANDO XAVIER DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EMERSON FERNANDO XAVIER DE SOUZA
DATA: 29/01/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do NESC/UFPB
TÍTULO: Entre vulnerabilidades e resiliências: um olhar trans sobre o cuidado em saúde mental
PALAVRAS-CHAVES: Pessoas Transgênero; Minorias Sexuais e de Gênero; Saúde mental; Violência de gênero; Políticas Públicas Antidiscriminatórias.
PÁGINAS: 84
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: Introdução: Há várias formas de se inserir no contexto psicossocial, mas muitas são suprimidas pela cis-heteronormatividade. A homofobia, a LGBTfobia e os crimes de ódio geram impactos sociais como transtornos socioafetivos, suicídios, traumas e problemas físicos e psicológicos. Objetivo: Esta pesquisa buscou entender o cuidado em saúde mental a partir da perspectiva de pessoas trans e travestis atendidas no Centro de Cidadania LGBT em João Pessoa-PB, enfocando suas experiências e necessidades específicas relacionadas à identidade de gênero e interseccionalidades. Metodologia: Este estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, buscou compreender as percepções, crenças, motivações e atitudes dos participantes. A amostragem foi por conveniência, com entrevistas realizadas com pessoas atendidas ou que chegavam ao serviço, devido à dificuldade de acesso ao grupo. Ao todo, participaram sete pessoas. As entrevistas foram semiestruturadas e conduzidas em um ambiente privado e confortável, com gravações feitas após consentimento. Para garantir o anonimato, os participantes foram identificados por códigos (E1, E2, etc.). Resultados: As entrevistas destacam a saúde mental como um eixo central no processo saúdedoença de pessoas transexuais e travestis, evidenciando desafios como crises de ansiedade, risco de suicídio, dificuldades de acesso a suporte psicológico e a importância da terapia no processo de autoconhecimento e aceitação da identidade de gênero. As entrevistas também revelaram discriminação recorrente nos serviços de saúde, incluindo desrespeito aos pronomes e nomes sociais, além da inadequação de recomendações às necessidades específicas dessa população, apontando para uma falta de capacitação e sensibilidade por parte dos profissionais. Em contraste, serviços especializados demonstraram maior preparo para atender às demandas específicas, destacando a fragmentação do cuidado e a necessidade de melhorias nos serviços gerais. Conclusão: O estudo concluiu que o cuidado em saúde mental para pessoas trans e travestis ainda enfrenta diversos desafios, como preconceito institucional e dificuldades de acesso a serviços adequados. Além disso, há uma necessidade que o atendimento as pessoas trans seja respeitado em toda as esferas básicas de saúde e não só nos serviços especializados. A pesquisa reforçou a necessidade de analisar a efetividade e implementação das políticas públicas voltadas as pessoas trans e travestis na rede de atenção à saúde que garantam o respeito à identidade de gênero e promovam um cuidado integral em saúde.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3149299 - ANSELMO CLEMENTE
Externo ao Programa - 2485937 - DANIELLA DE SOUZA BARBOSA
Presidente - 1860191 - FILIPE FERREIRA DA COSTA
Externo ao Programa - 1030004 - JOSE BAPTISTA DE MELLO NETO
Interno - 1366694 - JULIANA SAMPAIO
Externo ao Programa - 2138635 - SANDRA APARECIDA DE ALMEIDA