PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: CIBELE SHIRLEY AGRIPINO RAMOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CIBELE SHIRLEY AGRIPINO RAMOS
DATA: 19/09/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 404 - B CCHLA
TÍTULO: INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UM ESTUDO LONGITUDINAL
PALAVRAS-CHAVES: Transtorno do Espectro Autista; Inclusão Escolar; Concepções; Interações Sociais; Educação Infantil.
PÁGINAS: 274
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia do Desenvolvimento Humano
RESUMO: Adotando como referencial teorico a perspectiva historico-cultural, aponta-se para a relevancia dos espacos de educacao infantil como promotores do desenvolvimento das criancas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Assim, esta pesquisa teve como objetivo analisar, ao longo de um ano letivo, as interacoes sociais entre criancas com TEA e com desenvolvimento tipico (DT), considerando a mediacao das educadoras, bem como as concepcoes destas, de pais e de pares acerca da inclusao escolar de criancas com TEA, sendo realizada em dois Centros de Referencia em Educacao Infantil (CREI) da cidade de Joao Pessoa-PB. Participaram do estudo tres criancas com TEA, na faixa etaria de 4-5 anos, nove educadoras, 42 criancas com DT, os pais das criancas com TEA e 20 pais das criancas com DT. Foi aplicada a escala CARS de avaliacao, por meio da qual se verificou que uma das criancas com TEA apresentava um nivel grave do transtorno e as outras duas um nivel de leve a moderado. Tambem foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as educadoras, com os pais e com as criancas com DT, no inicio e no final do ano letivo, as quais foram analisadas a partir da tecnica de analise de conteudo de Bardin, alem de observacoes das interacoes sociais em sala de aula, em cinco momentos ao longo do ano. Quanto aos resultados, as educadoras descreveram as criancas com TEA principalmente a partir das suas dificuldades de socializacao e alteracoes comportamentais, caracterizando como insuficiente o apoio que recebiam do CREI para trabalharem com elas e mencionando a internet como principal fonte de informacao. Contudo, ao final do ano letivo, as educadoras de ambos os CREI afirmaram perceber mudancas positivas nos comportamentos das criancas com TEA, o que tambem foi referido pelos pais dessas criancas, embora estes tenham revelado preocupacoes quanto ao ingresso do seu filho em uma escola de ensino fundamental. Em relacao as concepcoes das criancas com DT, foram utilizados termos como “especial” ou “bebe” para caracterizar seus colegas com TEA, o que pareceu estar relacionado ao modo como as educadoras se referiam as criancas com o transtorno. Alem disso, as criancas com TEA foram mencionadas por seus pares dentre os colegas preferidos e, com o tempo, passaram a ser vistas por eles a partir das suas capacidades e interesses. Destacou-se o fato de que, como colegas com quem as criancas com DT nao brincavam, foram citadas outras criancas com DT que apresentavam comportamentos agressivos, indicando rejeicao maior a essas ultimas criancas do que aos seus pares com TEA. Os pais das criancas com DT, por sua vez, afirmaram ser favoraveis a inclusao escolar de criancas com TEA, entretanto, demonstraram desconhecimento em relacao ao transtorno. No que diz respeito a analise das observacoes, realizada a partir da identificacao de episodios interacionais, verificou-se que as criancas com nivel de leve a moderado estiveram envolvidas em interacoes sociais mais duradouras do que a crianca com nivel grave do transtorno, alem disso, enquanto no CREI 1 as interacoes entre a crianca com TEA e os seus pares foram se tornando mais frequentes no decorrer do ano, no CREI 2 as interacoes tiveram mais participacao das educadoras. Dentre os aspectos contextuais considerados favorecedores das interacoes entre as criancas com TEA e com DT, destacou-se, alem do incentivo das educadoras para a participacao das criancas com TEA, o uso de objetos que eram do interesse das criancas com o transtorno. Enfatiza-se a relevancia dos resultados obtidos por oferecerem indicios acerca das interacoes sociais envolvendo criancas com TEA e de como promove-las nas situacoes vivenciadas na educacao infantil, evidenciando as possibilidades interativas das criancas com TEA, mas tambem a necessidade do estabelecimento de estrategias que favorecam tanto as concepcoes quanto as interacoes no contexto da educacao infantil.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLEONICE ALVES BOSA
Interno - 329304 - CLEONICE PEREIRA DOS SANTOS CAMINO
Interno - 1798749 - FABIOLA DE SOUSA BRAZ AQUINO
Externo à Instituição - MARIA LIGIA DE AQUINO GOUVEIA
Presidente - 337201 - NADIA MARIA RIBEIRO SALOMAO