PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: MICHAEL AUGUSTO SOUZA DE LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICHAEL AUGUSTO SOUZA DE LIMA
DATA: 30/09/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório 1 da Central de Aulas - UFPB
TÍTULO: ANÁLISE DE FATORES DE VULNERABILIDADE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE SEXUAL DE LÉSBICAS
PALAVRAS-CHAVES: Homossexualidade Feminina. Vulnerabilidade. Saúde Sexual.
PÁGINAS: 140
RESUMO: A realidade vivida por grande parte das lésbicas no Brasil, onde precisam diariamente ultrapassar as limitações impostas pela invisibilidade social, preconceitos e discriminação se fazem presentes em diferentes contextos de interação social, dentre eles os serviços de saúde. A ausência de orientação dos profissionais de saúde sobre métodos preventivos às IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis) voltados para as práticas sexuais entre mulheres, associada, muitas vezes, a atitudes discriminatórias, e ao próprio despreparo e falta de conhecimento dos profissionais no atendimento de suas demandas seriam um retrato da invisibilidade dessas mulheres refletido nos serviços de saúde. Assim, o objetivo geral deste estudo é analisar a existência de fatores de vulnerabilidade às Infecções Sexualmente Transmissíveis na promoção e no cuidado da saúde sexual de lésbicas em Unidades de Saúde da Família. Para tanto, baseando-se no modelo de Vulnerabilidade em Saúde, parte-se da tese de que existem elementos de cunho individual, como crenças e atitudes; social, como o preconceito e a discriminação; e programático, como a insuficiência e ineficácia das atuais políticas e campanhas, que associados podem implicar negativamente na qualidade do atendimento prestado por profissionais de saúde no cuidado em saúde sexual de lésbicas. Para confirmar esta tese a presente pesquisa foi dividida em quatro artigos, que correspondem cada, a um estudo composto por amostras independentes mas que se complementam e estruturam a tese. Artigo 1 - Método: Tratou-se de um estudo exploratório, transversal e documental realizado com materiais de domínio público disponíveis na internet com o intuito de elaborar um levantamento acerca de materiais disponibilizados online sobre campanhas brasileiras organizadas pelo/ou em parceria com o Ministério da Saúde, voltadas para profissionais de saúde e/ou usuárias com o intuito de promover a saúde sexual de lésbicas. Para localização dos sites foram utilizadas palavras-chave relacionadas ao tema e elaboradas com auxílio dos descritores em ciências da saúde disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foi tomado como referência para delimitação dos documentos a faixa temporal que vai do ano de 2004 até 2018. Resultados: Foram localizados um total de 6 documentos, sendo: 2 Cartilhas, 1 Caderno de Atenção Básica, 1 Livreto, 1 Campanha e 1 Relatório de Encontro. Os resultados apontaram que parte dos materiais localizados apresentam orientações superficiais e pouco detalhadas, além de informação imprecisas sobre as necessidades específicas das lésbicas. Também foram identificadas deficiências na forma como estes materiais foram disponibilizados para os profissionais e/ou para população lésbica. Artigo 2 – Método: Tratou-se de um estudo exploratório e descritivo, com design qualitativo, que permitiu a análise das crenças de médicos(as), enfermeiros(as), técnicos(as) de enfermagem e agentes de saúde que trabalham em Unidades de Saúde da Família acerca das práticas afeito-sexuais de lésbicas. A amostra foi estratificada por conveniência, assim fizeram parte do estudo 31 (trinta e um) participantes. Para a coleta dos dados foram utilizados um questionário sociodemográfico e a Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP). Para a análise dos dados foram utilizados os softwares SPSS (estatística descritiva) e Iramutec (análise de similitude e prototípica). Resultados: A maioria das palavras evocadas pelos participantes apontaram a possibilidade de existência de crenças positivas sobre as mulheres lésbicas. Contudo, também emergiram evocações que apontaram crenças de desaprovação do comportamento homossexual feminino, considerando esta prática como algo errado, incomum e desviante. Alguns participantes atribuíram a vulnerabilidade sexual de lésbicas à perversão, traição e até mesmo como resultado de castigo divino. O terceiro artigo apresentará um levantamento de atitudes em saúde realizado a partir do uso de um questionário também com profissionais de saúde sobre como estes promovem e orientam sobre o cuidado em saúde sexual das pacientes lésbicas. Por fim, o quarto e último artigo apresentará um estudo onde será realizado um levantamento com o intuito de identificar as percepções dos profissionais de saúde acerca do preconceito e da discriminação contra lésbicas dentro dos serviços de saúde. Ambos encontram-se em fase de conclusão de coleta de dados.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1497729 - ANA ALAYDE WERBA SALDANHA PICHELLI
Interno - 1024895 - MARIA DE FATIMA PEREIRA ALBERTO
Externo ao Programa - 3089871 - MANUELLA CASTELO BRANCO PESSOA