PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MICHAEL AUGUSTO SOUZA DE LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICHAEL AUGUSTO SOUZA DE LIMA
DATA: 03/04/2020
HORA: 14:00
LOCAL: sala 508 CCHLA
TÍTULO: CRENÇAS, ATITUDES E PRECONCEITO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE À VULNERABILIDADE EM SAÚDE SEXUAL DE LÉSBICAS
PALAVRAS-CHAVES: Homossexualidade Feminina; Vulnerabilidade; Saúde Sexual.
PÁGINAS: 220
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO: O objetivo geral desta tese foi analisar as crenças, as atitudes e o preconceito de profissionais de saúde frente à saúde sexual lésbicas. Para tanto, parte-se da tese de que existem elementos de cunho individual, como crenças e atitudes de profissionais de saúde; social, como o preconceito e a discriminação; e programático, como a insuficiência e ineficácia das atuais campanhas em saúde, que associados podem refletir no atendimento prestado por profissionais de saúde no cuidado em saúde sexual de lésbicas. Para confirmar esta tese a presente pesquisa foi dividida em quatro capítulos, que correspondem cada, a um estudo. Capítulo I: Tratou-se de um estudo exploratório e descritivo, com design qualitativo, que permitiu identificar e analisar as crenças de médicos(as), enfermeiros(as), técnicos(as) de enfermagem e agentes de saúde que trabalham em Unidades de Saúde da Família acerca das práticas afeito-sexuais de lésbicas. A amostra foi estratificada por conveniência, assim fazem parte do estudo 31 (trinta e um) participantes de ambos os sexos. Para a coleta dos dados utilizou-se de um questionário sociodemográfico e da Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP). Para a análise dos dados utilizou-se os softwares SPSS (estatística descritiva) e IRaMuTeQ (análise de similitude e prototípica). A maioria das palavras evocadas pelos participantes apontaram a possibilidade de existência de crenças positivas sobre as mulheres lésbicas. Contudo, também emergiram evocações que apontaram crenças de desaprovação do comportamento homossexual feminino, considerando esta prática como algo errada, incomum e desviante. Alguns participantes atribuíram a vulnerabilidade sexual de lésbicas à perversão, traição e até mesmo como resultado de castigo divino. Capítulo II: Tratou-se de um estudo exploratório e descritivo, com design qualitativo, que permitiu a investigação e análise das atitudes de médicos(as), enfermeiros(as), técnicos(as) de enfermagem e agentes de saúde que trabalham em Unidades de Saúde da Família acerca das práticas afeito-sexuais de lésbicas. A amostra foi estratificada por conveniência, assim fazem parte do estudo 31 (trinta e um) participantes de ambos os sexos. Para a coleta dos dados utilizou-se de dois questionários, um sociodemográfico e um questionário de atitudes composto por cinco questões. Para a análise dos dados utilizou-se os softwares SPSS (estatística descritiva) e a técnica de Análise de Conteúdo Categorial Temática. Os resultados indicaram a existência de uma dicotomia de atitudes, sendo essas favoráveis e desfavoráveis. Foi possível perceber o quanto elementos de ordem individual podem interferir nos atendimentos prestados, visto que, estes elementos fazem parte constituição da percepção que os profissionais possuem acerca da figura da usuária lésbica, e tudo que está associado a ela, como suas demandas, especificidades, formas de prevenção às IST’s e promoção da saúde. Capítulo III: Tratou-se de um estudo exploratório e descritivo, com design qualitativo, que permitiu a investigação e análise das opiniões de médicos(as), enfermeiros(as), técnicos(as) de enfermagem e agentes de saúde que trabalham em Unidades de Saúde da Família sobre a existência de preconceito e de discriminação contra usuárias lésbicas nos serviços de saúde. A amostra foi composta pelos menos participantes do Estudo II. Para a coleta dos dados utilizou-se de dois questionários, um sociodemográfico e um Priming precedido por um questionário composto por cinco questões relacionadas ao enredo apresentado. Para a análise dos dados utilizou-se os softwares SPSS (estatística descritiva) e a técnica de Análise de Conteúdo Categorial Temática. Os resultados indicaram a existência de opiniões que dividiram os posicionamentos em dois grupo opostos: desfavoráveis e favoráveis à conduta do personagem do médico que negou atendimento médico à personagem Sofia. Conclui-se que o preconceito ainda se faz presente entre os profissionais de saúde, no entanto, é recorrente sua manifestação de forma sutil, já que sua forma explícita seria moralmente e juridicamente reprovável, então, demonstrá-lo de forma sutil seria a forma utilizada por parte dos profissionais que possuem crenças e atitudes desfavoráveis em relação as lésbicas. Contudo, isso não o faz menos danoso para a vítima. Capítulo IV: Tratou-se de um estudo exploratório, transversal e documental realizado com materiais de domínio público disponíveis na internet com o intuito realizar a análise documental de materiais oriundos de campanhas realizadas pelo e/ou em parceria com o governo, elaboradas no Brasil, voltadas para profissionais de saúde e/ou usuárias, para a promoção da saúde sexual de lésbicas. Para localização dos sites foram utilizadas palavras-chave relacionadas ao tema. Tomou-se como referência para delimitação dos documentos a faixa temporal que vai do ano de 2004 até 2019. Localizou-se um total de 7 documentos. Os resultados apontaram que parte dos materiais localizados apresentam orientações superficiais e pouco detalhadas, além de informação imprecisas sobre as necessidades específicas das lésbicas. Deficiências na forma como estes materiais são disponibilizados para os profissionais e/ou para população lésbica também foram percebidas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1497729 - ANA ALAYDE WERBA SALDANHA PICHELLI
Interno - 1024895 - MARIA DE FATIMA PEREIRA ALBERTO
Externo ao Programa - 1093189 - IRIA RAQUEL BORGES WIESE
Externo ao Programa - 3089871 - MANUELLA CASTELO BRANCO PESSOA
Externo à Instituição - ELIS AMANDA ATANASIO DA SILVA