PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ALBERT SILAS FREITAS DE MORAES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALBERT SILAS FREITAS DE MORAES
DATA: 30/03/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 1 da Pós-graduação
TÍTULO: A Normatividade do Perdão Interpessoal em Ambientes de Trabalho
PALAVRAS-CHAVES: Perdão, Valorização Social, Normas Sociais
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Relações Interpessoais
RESUMO: Estudos realizados por Aguiar (2018) revelaram que o perdão das injustiças que ocorrem nas relações familiares e de amizade é uma atitude que possui valor social. Portanto, o perdão é afetado pelo contexto no qual as mágoas ocorrem. Considerando isto, esta dissertação teve como objetivo investigar se o perdão das injustiças que ocorrem em ambientes de trabalho é uma atitude que também possui valor social. Para alcançar este objetivo esta dissertação foi organizada em dois artigos que adotaram como referencial teórico e metodológico a abordagem sociocognitiva de estudo das normas sociais (Dubois, 2003; Gilibert & Cambon, 2003). O primeiro artigo investigou a valorização social do perdão em ambientes de trabalho através da desejabilidade e da utilidade social. Neste artigo foram realizados dois estudos experimentais. No Estudo 1 (N = 80), os participantes foram instruídos a responderem uma adaptação da escala de Resolução de Problemas Interpessoais (ERPI) para transmitirem uma imagem pessoal positiva ou negativa deles mesmos. Os resultados revelaram que os participantes se descreveram como pessoas que possuíam uma capacidade elevada de perdoar ao transmitirem uma imagem pessoal positiva e, portanto, desejável aos olhos das demais pessoas. No Estudo 2 (N = 183), foi solicitado que os participantes avaliassem três entrevistas de supostos candidatos a uma vaga de emprego que expressavam diferentes graus de concordância com o perdão: pouco vs moderadamente vs muito. Dois instrumentos foram utilizados para medir a avaliação dos participantes: uma lista de adjetivos (α = 0,81) e um índice avaliativo global (α = 0,95). Os resultados revelaram que candidatos que concordavam com o perdão em graus mais elevados foram mais positivamente avaliados pelos participantes. Em conjunto, os resultados dos dois estudos sugerem que o perdão é uma atitude valorizada (i.e., desejável e útil) em ambientes de trabalho. Além disso, revelam que as pessoas manipulam o seu grau de concordância com o perdão para transmitirem uma imagem pessoal socialmente positiva, o que é uma estratégia eficaz sobre o julgamento das demais pessoas. O segundo artigo investigou a utilização da virtude do perdão em estratégias de diferenciações interpessoais e de autopromoção e a influência do grau de proximidade com o agente da injustiça sobre o grau de perdão em ambientes de trabalho. Neste artigo foram realizados dois estudos experimentais. No Estudo 1 (N = 182), foi utilizado um desenho fatorial 2 (referente: expressar a própria opinião vs responder de acordo com a opinião de um colega) x 2 (alvo: colegas de tralho vs chefes). Os resultados indicaram que os participantes se descreveram como pessoas que perdoam mais do que seus pares as injustiças cometidas por colegas de trabalho. No Estudo 2 (N = 215), também foi utilizado um desenho fatorial 2 (imagem: positiva vs negativa) x 2 (alvo: colegas de trabalho vs chefes). Os resultados revelaram que os participantes se descreveram como pessoas perdoam em graus elevados para, assim, transmitirem uma imagem pessoal positiva e desejável, o que corrobora os resultados do Estudo 1 do primeiro artigo. Além disto, estes resultados reforçam os achados do Estudo 1 deste segundo artigo, que indicam que se perdoa os pares (i.e., colegas de trabalho) em maior grau que perdoam os superiores (i.e., chefes). Em conclusão, os resultados revelam que perdoar é uma virtude socialmente desejável e útil (artigo 1) para aqueles com os quais se têm um maior grau de proximidade (artigo 2). No conjunto, os estudos indicam, de maneira consistente, que o perdão das injustiças que ocorrem em ambientes de trabalho é uma atitude valorizada.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1520147 - JULIO RIQUE NETO
Interno - 2204608 - CICERO ROBERTO PEREIRA
Externo ao Programa - 1995048 - ELOÁ LOSANO DE ABREU