Banca de QUALIFICAÇÃO: THALITA LAYS FERNANDES DE ALENCAR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THALITA LAYS FERNANDES DE ALENCAR
DATA: 09/10/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Sala 1 da Pós-graduação
TÍTULO: UM MODELO SOCIOCOGNITIVO DO AUTOPERDÃO
PALAVRAS-CHAVES: Autoperdão; Descentração; Tomada de Perspectiva; Modelo sociocognitivo; Desenvolvimento social.
PÁGINAS: 100
RESUMO: Essa tese propõe um modelo teórico que estabelece cinco estágios de raciocínio sobre o autoperdão hierarquizados a partir de níveis de descentração teoricamente necessários para alcançá-los. O objetivo para além de apresentar o modelo é testá-lo empiricamente, verificando sua adequação aos dados e a relação com a idade e com a descentração, uma capacidade de tomada de perspectiva do outro (TPO). A tese será estruturada em quatro artigos. O primeiro artigo foi de natureza teórica, e teve como objetivo apresentar o Modelo Sociocognitivo do Autoperdão e discutir os elementos da literatura que contribuem para a sua elaboração. O segundo artigo foi um estudo transcultural com dados do Brasil e de Portugal com objetivo de validar uma Escala de Raciocínios sobre o Autoperdão (ERA) construída para representar os estágios do modelo proposto no artigo 1. Este artigo é composto por dois estudos para os quais participaram estudantes universitários brasileiros (n = 309) e portugueses (n = 363). Os dados foram analisados por meio de análises fatoriais exploratórias (estudo 1) e confirmatórias (estudo 2). Os resultados mostraram que o instrumento apresenta boas propriedades psicométricas e é apropriado para avaliar o que ele se destina. A estrutura encontrada sustenta as proposições teóricas que relacionam a capacidade de TPO e o tipo de raciocínio sobre o autoperdão. O terceiro artigo verificou o efeito da idade e da habilidade de tomada de perspectiva social (TPS) no raciocínio sobre o autoperdão. Participaram 151 estudantes organizados em três grupos de idades: G1 (7-9 anos), G2 (12-14 anos) e G3 (17-19 anos). Foram utilizadas a Escala de TPS e a ERA. Corroborou-se a existência de correlação entre essas variáveis, conforme proposto pelo modelo. O efeito do desenvolvimento também recebeu suporte empírico uma vez que os resultados mais robustos das análises de variância seguiram as suposições teóricas do modelo. Por exemplo, o raciocínio egocêntrico sobre o autoperdão foi significativamente mais elevado em crianças que nas demais idades. Um quarto artigo avaliará de forma qualitativa a adequação do modelo proposto verificando sua relação com a idade, com a capacidade de Tomada de Perspectiva Perceptual (TPP) e TPS. Os dados foram coletados na amostra do terceiro artigo, em que junto com as escalas objetivas foram administradas duas entrevistas semiestruturadas, que avaliaram a capacidade de TPS, o raciocínio sobre o autoperdão, e à Prova das Três Montanhas (Piaget & Inhelder, 1948). Espera-se que esse conjunto de estudos corrobore o Modelo Sociocognitivo do Autoperdão.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1520147 - JULIO RIQUE NETO
Interno - 329304 - CLEONICE PEREIRA DOS SANTOS CAMINO
Externo ao Programa - 1492368 - LILIAN KELLY DE SOUSA GALVAO