PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: VIVIANE ALVES DOS SANTOS BEZERRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VIVIANE ALVES DOS SANTOS BEZERRA
DATA: 27/11/2020
HORA: 15:30
LOCAL: Ambiente Virtual (Google meets)
TÍTULO: VARIÁVEIS SOCIAIS E AFETIVAS NA DISPOSIÇÃO DE JOVENS PARA AJUDAR PESSOAS EM RISCO DE SUICÍDIO
PALAVRAS-CHAVES: Suicídio; Jovens; Oferta de ajuda; Empatia.
PÁGINAS: 127
RESUMO: Estudos demonstram que a grande maioria dos jovens, quando vivencia situações de intenso sofrimento, como o risco de suicídio, preferem buscar apoio entre indivíduos da mesma faixa etária. Como resultado, estudos têm investigado a disposição de jovens para oferecer suporte a pessoas em risco de suicídio, verificando que variáveis afetivas, sociodemográficas e psicossociais, podem influenciar nessa decisão. Contudo, a maioria dessas investigações focou-se em apenas um dos aspectos mencionados, além terem sido realizados majoritariamente fora do Brasil. Desse modo, o objetivo principal desta dissertação foi conhecer que variáveis são capazes de explicar a disposição de jovens brasileiros para ajudar uma pessoa em risco de suicídio. Para isto, foram conduzidas duas pesquisas empíricas apresentadas em formato de artigos. A primeira buscou adaptar e validar para o contexto brasileiro a Suicide Helpfulness Scale – SHS (Escala de Apoio à pessoa em Risco de Suicídio - EARS), por meio de dois estudos. Do Estudo 1 participaram 206 estudantes, em sua maioria do sexo feminino (51,2%) e com idade média de 16,73 anos, que responderam à EARS e a questões sociodemográficas. Os resultados obtidos apoiaram o modelo original de quatro fatores e verificou-se um alfa de Cronbach de 0,86. Do Estudo 2, de caráter confirmatório, participaram 212 estudantes, predominantemente do sexo feminino (58%) e com idade média de 16,67 anos. Foram testados quatro modelos e os resultados corroboraram a adequação da estrutura tetrafatorial, observando-se indicadores de ajuste meritórios. Concluiu-se que a EARS apresentou características psicométricas adequadas para o contexto brasileiro e podendo ser utilizada em pesquisas que investiguem o quanto os jovens estão dispostos a ajudar uma pessoa em risco de suicídio. Já o segundo artigo, avaliou o papel preditor de variáveis afetivas, sociodemográficas e psicossociais na disposição de jovens brasileiros para ajudar uma pessoa em risco de suicídio, assim como, as diferenças nesta disposição em função de tais variáveis. O estudo contou com 490 jovens brasileiros, majoritariamente do sexo feminino (73,3%) e com idade variando de 18 a 29 anos (M=23,61; DP=3,30. Estes responderam a um questionário sociodemográfico, a Escala de Apoio à pessoa com em Risco de Suicídio (EARS) e à Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI). Na análise de dados, empregou-se os coeficientes de Spearman, de Mann-Whitney e Kruskal Wallis para avaliar as correlações entre as escalas e destas com variáveis sociodemográficas, e uma análise de Regressão Linear Múltipla para atender ao objetivo principal. Os resultados evidenciaram que os participantes com maiores níveis de empatia, as mulheres, as pessoas religiosas e aquelas cujo algum familiar morreu por suicídio, mostraram-se mais dispostos a ajudar uma pessoa em risco de suicídio. A análise principal mostrou que a empatia e o grau de proximidade com alguém que se suicidou foram preditores significativos da disposição para ofertar ajuda. De um modo geral, os achados desta dissertação apontam para a importância de se incluir o desenvolvimento de habilidades empáticas em programas de prevenção do suicídio, a fim de melhorar as respostas ofertadas por jovens às pessoas em risco. No entanto, indica-se que outras variáveis que possam explicar a disposição para ajudar uma pessoa em risco de suicídio devem ser investigadas em estudos futuros.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 329304 - CLEONICE PEREIRA DOS SANTOS CAMINO
Interno - 1520147 - JULIO RIQUE NETO
Externo à Instituição - LEONARDO RODRIGUES SAMPAIO