PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: SUELLEN MARY MARINHO DOS SANTOS ANDRADE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUELLEN MARY MARINHO DOS SANTOS ANDRADE
DATA: 18/06/2014
HORA: 08:00
LOCAL: Sala 01 do PPGPS, do CCHLA da UFPB
TÍTULO: Neuroestimulação no Tratamento do Acidente Vascular Cerebral: Ensaio Clínico, Duplo-Cego, Placebo-Controlado.
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: acidente cerebrovascular; estimulação elétrica; ensaio clínico controlado randomizado.
PÁGINAS: 111
RESUMO: O tratamento tradicional após o acidente vascular cerebral (AVC) inclui medicamentos e reabilitação física, sendo esta, geralmente composta por protocolos não sistemáticos, o que dificulta sua replicabilidade. A estimulação transcraniana por corrente direta (ETCC), pode representar uma alternativa terapêutica eficaz para estes pacientes. O objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos da ETCC em pacientes no estágio sub-agudo do AVC. Foi desenvolvido um ensaio clínico, placebo-controlado, duplo-cego e aleatorizado, envolvendo 40 pacientes, com diagnóstico de AVC isquêmico, unilateral, não-recorrente. Os participantes foram randomizados a 02 grupos, um com estimulação ativa e outro com corrente placebo. A intervenção foi aplicada durante 10 dias consecutivos, com corrente de 2mA, sendo o ânodo posicionado sobre o córtex motor primário (M1), ipsilateral à lesão, e o cátodo sobre a região supra-orbital contralateral. Os pacientes passaram por três avaliações de funcionalidade: linha de base (T0), semana 2 (T1) e semana 4 (T2). Testes neuropsicológicos e testes de segurança foram realizados em T0 e na semana T2. Em relação ao total de participantes, 86% (n=35) completaram o protocolo. O dropout foi maior no grupo de ETCC ativa, quando comparado ao placebo, mas esta relação não teve significância estatística (p>0,05). Quanto às características clínicas e sócio-demográficas não foram observadas diferenças entre os grupos. Quanto ao desfecho primário, demonstrou que o desempenho no Índice de Barthel diferiu entre os grupos entre os grupos (F1,38 = 9,46; p = 0,04; η2= 0,19) e em relação ao tempo (F2,38 =166,29; p = 0,00; η2 = 0,81), com interação entre grupo x tempo (F2,38 = 24,33; p = 0,00; η2= 0,39), onde os participantes que receberam estimulação ativa obtiveram melhor desempenho que aqueles tratados com ETCC simulada. Em relação aos desfechos secundários, espasticidade, função dos membros superiores (MMSS) e inferiores (MMII), o padrão foi o mesmo observado em relação à independência funcional, onde maiores escores foram alcançados pelos pacientes que receberão estimulação ativa. No que se refere à segurança, não foram observados efeitos adversos graves, sendo sonolência e vermelhidão as sensações mais frequentemente observadas, e nenhum efeito cognitivo deletério foi apresentado pelos grupos durante o período de tratamento e follow-up. Dessa forma, os dados demonstram a eficácia e segurança da ETCC ativa na reabilitação de pacientes após AVC.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1347318 - NATANAEL ANTONIO DOS SANTOS
Externo ao Programa - 336960 - ELIANE ARAUJO DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - BERNARDINO FERNANDEZ CALVO