PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Teléfono/Extensión
No Informado

Noticias


Banca de QUALIFICAÇÃO: RAFAELA ROCHA DA COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAELA ROCHA DA COSTA
DATA: 29/11/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO: TRAJETÓRIAS E PROJETOS DE VIDA DE ADOLESCENTES E JOVENS EM CUMPRIMENTO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE (PSC)
PALAVRAS-CHAVES: Trajetória de Vida. Projeto de Vida. Prestação de Serviço à Comunidade. Psicologia Histórico-Cultural. Desenvolvimento Humano.
PÁGINAS: 160
RESUMO: O objetivo geral da presente tese é analisar as trajetórias de vida e os projetos de vida de adolescentes e jovens a quem foi atribuída a Prestação Serviços à Comunidade (PSC). Os objetivos específicos são: Apresentar as características biossociodemográficas dos adolescentes e jovens a quem foi atribuída a Prestação Serviços à Comunidade (PSC); Conhecer as situações sociais de desenvolvimento dos adolescentes e jovens antes da atribuição da PSC; Identificar as violações sofridas e políticas sociais acessadas nas trajetórias de vida de adolescentes e jovens a quem se atribui a Prestação Serviços à Comunidade (PSC); Discutir sobre os interesses e necessidades dos adolescentes e jovens a quem foi atribuída a Prestação Serviços à Comunidade (PSC); Identificar as perspectivas dos adolescentes e jovens sobre a Prestação de Serviços à Comunidade (PSC); Conhecer os projetos de vida adolescentes e jovens de a quem foi atribuída a Prestação Serviços à Comunidade (PSC); Refletir sobre o papel da Prestação de Serviço à Comunidade (PSC) para a construção dos projetos de vida dos adolescentes e jovens. A tese é que A Prestação de Serviços à Comunidade (PSC) não tem ênfase nos interesses, sentimentos e necessidades dos adolescentes e jovens, mas no controle punitivo e penal de jovens empobrecidos. Assim, não se constitui em uma ação orientada para construção de projetos de vida que modifiquem a trajetória de violações de direitos, mas para a criminalização e manutenção da exploração desses sujeitos, punindo-os com (re)inserção em atividades precarizadas que não valorizam as potencialidades dos sujeitos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada por meio de entrevistas abertas analisadas descritivamente a partir da Análise de Conteúdo Temática e em processo de uma análise explicativa baseada no Modelo de Equifinalidade das Trajetórias. Além disso, foi utilizado o diário de campo para registros descritivos e reflexivos, com destaque para quatro momentos em que foram conduzidas oficinas temáticas sobre projetos de vida e protagonismo juvenil. Os resultados e discussões desta tese encontram-se em construção e têm como aporte teórico a Psicologia Histórico-Cultural, orientando-se a partir das categorias Desenvolvimento Humano, Trajetórias de Vida, Projetos de Vida e Política Social. Os resultados parciais têm se direcionado para a compreensão de que as trajetórias dos adolescentes e jovens em cumprimento de PSC são marcadas por uma negligência planejada a partir de diferentes expressões da questão social, como a pobreza, violência, homicídio, trabalho infantil e evasão escolar, que mutilam suas potencialidades, seus sentimentos, sua autonomia e perspectivas de futuro. Os serviços e programas acessados – apesar de necessários diante das condições objetivas de vida - não foram capazes de garantir que as situações sociais de desenvolvimento se dessem a partir de vivências de proteção social, mas reproduziram desigualdades que tiveram a medida socioeducativa como consequência. Saem do trabalho infantil e a PSC os coloca no lugar de “trabalhadores socioeducativos”, sendo punitivas - e não pedagógicas - a medida e as metas construídas para o PIA. Considera-se essencial que haja atenção para a trajetória de desenvolvimento desses sujeitos e para intervenções que se orientem para suas necessidades, interesses, sentimentos e para a construção de motivos (dotantes de sentido) para atividades que promovam um desenvolvimento omnilateral. Para tanto, faz-se necessário um projeto de Estado, Sistema de Justiça e de Sociedade que não os invisibilizem, não viole-os e não tornem-os alheios aos seus projetos de vida e de sociedade.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1024895 - MARIA DE FATIMA PEREIRA ALBERTO
Interno - 337973 - ANISIO JOSE DA SILVA ARAUJO
Externo ao Programa - 3220943 - DENISE PEREIRA DOS SANTOS
Externo à Instituição - ILANA LEMOS DE PAIVA