PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: THALITA LAYS FERNANDES DE ALENCAR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THALITA LAYS FERNANDES DE ALENCAR
DATA: 12/11/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Sala virtual do Google Meet
TÍTULO: UM MODELO SOCIOCOGNITIVO PARA O AUTOPERDÃO
PALAVRAS-CHAVES: autoperdão; descentração; tomada de perspectiva; modelo sociocognitivo; desenvolvimento humano.
PÁGINAS: 153
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia do Desenvolvimento Humano
ESPECIALIDADE: Processos Perceptuais e Cognitivos; Desenvolvimento
RESUMO: Essa tese propõe um modelo sociocognitivo que estabelece cinco níveis de raciocínio sobre o autoperdão, hierarquizados a partir do nível de descentração teoricamente necessário para alcançá-los. O objetivo central deste estudo é testar empiricamente este modelo, verificando sua adequação aos dados e sua relação com a idade e com a] habilidade de descentração. Para atender tal objetivo, primeiramente é apresentado um capítulo teórico que versa sobre a elaboração do modelo sociocognitivo proposto e sua fundamentação teórica. Em seguida, estudos empíricos que testam o modelo são descritos em dois artigos. O primeiro artigo foi um estudo transcultural com o objetivo de validar a Escala de Raciocínios sobre o Autoperdão (ERA), um instrumento construído para representar os níveis de raciocínio do modelo proposto. O estudo contou com a participação de estudantes universitários brasileiros (n = 309) e portugueses (n = 363). A validade fatorial foi testada em dois estudos nas amostras de cada país. As análises fatoriais exploratórias (estudo 1) indicaram que o instrumento possui uma organização bifatorial que explica cerca de 60% da variância total (α = 0,72 / 0,73). As análises confirmatórias (estudo 2) corroboraram o modelo bifatorial que se organiza em dois tipos de raciocínio sobre o autoperdão: egocêntrico e descentrado. Os resultados mostraram que o instrumento apresenta boas propriedades psicométricas e é apropriado para avaliar o que se destina. A estrutura encontrada sustenta as proposições teóricas sobre a hierarquia entre os níveis do modelo. Também foi corroborada a relação com a habilidade de descentração, através das correlações significativas entre o tipo de raciocínio sobre o autoperdão e as variáveis consideração empática e tomada de perspectiva. O segundo artigo, por sua vez, apresenta os resultados de um estudo buscou verificar o efeito da idade no raciocínio sobre o autoperdão. Participaram 151 estudantes organizados em três grupos de idades: G1 (7-9 anos), G2 (12-14 anos) e G3 (17-19 anos). Os instrumentos utilizados foram: a ERA para avaliar o tipo de raciocínio sobre o autoperdão e a prova piagetiana das Três Montanhas para avaliar a tomada de perspectiva espacial, que representou a habilidade de descentração neste estudo. Corroborou-se a existência de correlação entre essas variáveis, conforme proposto pelo modelo. O efeito do desenvolvimento também recebeu suporte empírico uma vez que os resultados mais robustos das análises de variância seguiram as suposições teóricas do modelo, e demonstraram uma diminuição significativa no raciocínio egocêntrico ao longo do desenvolvimento. Finalmente, nas considerações finais, foi apresentada uma discussão geral dos resultados obtidos nos dois artigos relatados, assim como reflexões sobre estudos futuros. Considera-se que os estudos apresentados atenderam aos objetivos estabelecidos e corroboraram o modelo sociocognitivo para o autoperdão.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1520147 - JULIO RIQUE NETO
Interno - 329304 - CLEONICE PEREIRA DOS SANTOS CAMINO
Externo ao Programa - 1995048 - ELOÁ LOSANO DE ABREU
Externo à Instituição - FÉLIX FERNANDO MONTEIRO NETO
Externo à Instituição - LILIAN KELLY DE SOUSA GALVAO